Capítulo 56

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1 semana depois

~Yasmin on~

Olho para o teto branco soltando um suspiro totalmente cansada.

Uma semana sem ver ninguém, sem saber o que tá acontecendo, ou cadê todo mundo. Uma semana totalmente no escuro.

Eu estava cansada de ficar aqui, estava preocupada, e com saudades de todo mundo.

Também estava chateada por nem se quer terem a consideração de vim aqui me contar o que tá acontecendo.

- Seu café da manhã- a mulher se aproxima com a bandeja e eu faço careta.

Comida de hospital é horrível.

Yasmin: Quando vou poder sair daqui?- pergunto me ajeitando na cama olhando pra máquina que marcava meus batimentos.

- Ainda está em observação- arqueio a sombrancelha, óbvio que eu já sei disso- não sei quando exatamente vai sair- respiro fundo fazendo um biquinho e olho pra minha comida.

Ela saí sem falar mais nada e eu faço outra careta.

Essa era a enfermeira mais rabugenta que eu já conheci, credo.

Coloco a colher de gelatina na boca achando super saudável esse café da manhã.

Enfio outra na boca não sentindo gosto de nada e mastigo fazendo cara feia enquanto olho pra parede a minha frente.

A TV do meu quarto tinha queimado, isso fazia com que eu não tivesse nada pra me distrair aqui. Totalmente entendiante.

Me assusto ouvindo a porta abrir de novo, a rabugenta mal deixou minha comida e já tá vindo buscar? Credo.

Paro de comer quando vejo o Serpente entrando com a arma apontada na cabeça da enfermeira que me olhava assustada.

Reparo nele que tava com uma expressão cansada, além de olheiras.

Serpente: Bora Yasmin- fala seco e eu arqueio a sobrancelha olhando pra baixo.

Yasmin: Com uma recepção dessas- sorrio falso pra ele desconectando os negócios do meu corpo- poderia soltar ela pra ela vir me ajudar?- ele calado dá um empurrãozinho nela que anda na minha direção de vagar.

Ela me ajuda desconectar tudo sem falar nada e eu desço da cama com cuidado pra não abrir os pontos.

Sinto a mão do Serpente no meu braço me puxando pra fora rápido.

Tento acompanhar seus passos tropeçando o tempo todo.

As pessoas me olham com medo, e logo me lembro do Serpente com a arma. Nego com a cabeça puxando meu braço da sua mão fazendo ele parar de andar e se virar pra mim.

Yasmin: Tá achando que é assim? Eu ainda estou machucada, com fome e não tô entendendo a sua pressa até agora- cruzo os braços andando devagar só pra irritar ele.

Serpente: Eu não tô brincando Yasmin- me assusto quando ele fala alto e me afasto um pouco olhando pra ele- bora logo- fala andando na frente.

Apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora