02. reencontro indesejado

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capítulo dois, reencontro indesejado
(temp 1, ep 1)

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- Ei, Mia, acorda. - a garota escuta a voz de seu pai a chamando, o cheiro de uísque e cerveja ainda forte por toda a casa. Ela o olhou surpresa e irritada, já que seu pai tinha saído no meio da noite, depois de quebrar a TV, e não havia voltado até bem tarde.

- O que? - respondeu ríspida, não era lá a pessoa mais simpática do mundo quando a acordavam no seu dia de folga.

- Preciso que você venha comigo pegar o carro de volta. - isso foi suficiente pra fazê-la despertar.

- O que aconteceu com o carro? - Johnny entregou pra ela o papel da concessionária LaRusso falando sobre a batida. - Você bateu o carro?! Se machucou? - a garota começou a procurar algum ferimento no pai.

- Não, eu não bati o carro. Bateram no carro, um carro com umas patricinhas, eu não estava no carro na hora. - a menor soltou o ar, menos preocupada e voltando a se deitar. - Por que você tá deitando de novo? Preciso que venha comigo. - Johnny pegou a filha pelos braços, tentando puxá-la pra fora da cama, mas a garota resistia. - Quando sairmos de lá eu pago o almoço onde você quiser.

Isso conseguiu a atenção da menina, que abriu os olhos novamente, interessada.

- Mc Donalds e sorvete?

- Você sabe que sim. Agora vai logo. - e dessa vez ela obedece.



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Johnny entrou quase correndo na concessionária, capuz e óculos colocados. Mia olhava os carros caros e não conseguiu evitar ficar impressionada, teve que quase correr pra acompanhar o pai, que já estava no balcão falando com a moça na frente do computador.

- Não, meu carro não deveria estar aqui. Eu quero transferir pra outra concessionária. - ela chegou a tempo de ouvi-lo dizer pra mulher que parecia confusa.

- Por que? Nós temos a equipe número um do Valley. Cobrimos qualquer preço. Detonamos a competição. - a mulher questionou, simpática.

- É, já ouvi isso um milhão de vezes. Eu apenas prefiro levar meu carro pra outro lugar. - Johnny começou a olhar ao redor e ficar inquieto. - Dá pra acelerar isso ai? Precisamos ir embora.

- Pai, tá tudo bem? - o loiro ia responder mas foi interrompido pela voz da mulher.

- Diz aqui que seu carro está em um dos nossos postos. Vou descobrir qual.

- Quer saber? Nós voltamos amanhã. - Johnny se virou e começou a empurrar Mia pelas costas, pra ela andar mais rápido.

- Será que dá pra explicar o que tá acontecendo? - a garota tentou se virar pra olhar pro pai, mas ele continuou a direcionando pra porta.

- Eu explico depois. - os dois estavam quase na porta, quando uma voz masculina chamou.

- Johnny? - o mais velho congelou no lugar, Mia virou e viu o rosto de seu pai ficar tenso antes de se virar para o moreno vindo com um sorriso no rosto na direção dos dois. - Johnny Lawrence. Sabia que era você. Minha nossa, como você está? - o homem abraçou seu pai e parecia contente em vê-lo, diferente de seu pai que parecia querer sair correndo dali. Mia reconheceu o homem como o dono da concessionária.

- Ei, cara. - Johnny respondeu sem graça.

- Meu Deus, olhe para você. Ainda tem os cachos dourados, hein? - o homem desviou os olhos para a garota um pouco escondida atrás do pai. - É sua filha? 

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐁𝐋𝐀𝐌𝐄 𝐌𝐄 ━━ 𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐤𝐚𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora