𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐁𝐋𝐀𝐌𝐄 𝐌𝐄 ━━ 𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐤𝐚𝐢

20. alunos novos

capítulo vinte, alunos novos
(temp 2, ep 4)

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- Queridos, estou em casa! - Mia exclamou enquanto entrava no dojô.

- E ai, perdedora. - Miguel se aproximou e eles fizeram o toque especial.

- Ah por favor, você sabe que numa luta de verdade você perde.

- Chega mais, loirinha, sensei Kreese está contando umas histórias de quando ele servia no exército. - Falcão deu um selinho na namorada.

- Eu vou só me trocar e já venho. - ela foi até o vestiário e colocou seu kimono.

- Quantos você matou?

- Você conta cada formiga que esmaga? - foi a resposta do homem e os olhos da loira se arregalaram.

- Sinistro. - Falcão parecia impressionado e Aisha, que estava ao lado dele, assustada.

- Eles tinham menos armas, e nós, menos homens. - Kreese continuou. - Estou dizendo, Ruanda não foi brincadeira.

- Não era Somália? - Miguel questionou. - Mogadíscio fica na Somália, Ruanda é outro país. - Kreese pareceu se abalar um pouco, o que fez Mia e Miguel trocarem olhares desconfiados.

- Claro, Somália. - ele riu sem graça. - Passei tanto tempo naquela região que tudo se mistura, sabe? - Miguel continuou desconfiado, mas Mia deu um crédito ao homem, afinal ele já era idoso e sua mente não era mesma de quando era jovem.

- Atenção! - Johnny entrou no salão. - Temos novos recrutas. - os garotos se levantaram com pressa. - Em formação! Em fileiras e linhas organizadas.

Mia, Miguel, Falcão e Aisha tomaram seus lugares de costume.

- Hora de saber o que vocês sabem. - o homem começou a andar entre as filas. - Coluna reta, irmãos ferrugem. - o homem disse para os dois ruivos novatos, Mia e Falcão seguraram as risadas. - Desculpe, pais não podem ficar. É uma questão de seguro.

- Não sou pai. Eu estou aqui pra descer o cacete, senhor. - os quatro da frente viraram pra olhar o homem que havia falado.

- Já te conheço?

- Sim, vendi aquele espelho pra você. A gente trocou ideia sobre bandas de rock.

- Olha, você está meio velho e a aula é para adolescentes.

- Eu posso com eles. Não tenho medo de crianças.

- Ha! Certo. - Mia não se segurou, Johnny a calou com um olhar, mas no fundo segurou uma risada.

- E minha mãe não cobra aluguel de mim, então tenho muito dinheiro pra gastar. - o homem entregou um bolo de dinheiro para Johnny, que pegou da mão dele.

- Considere isso um teste. - o sensei voltou para a frente da classe. - Achei que meu último grupo era patético. Mas, se fizerem tudo que eu mandar, podem até virar lutadores. Mas, pra fazerem isso, tem que lutar. Então... Quem tem coragem de enfrentar os campeões? - todos olharam para Mia e Miguel.

- Eu luto com ele. - uma voz feminina se sobressaiu ao fundo da classe e todos viraram para olhar. Mia sorriu ao ver de quem se tratava.

- É mesmo? - Johnny duvidou.

- Vi a apresentaçãozinha de vocês no festival. Foi um belo show. Ela sabe lutar, mas e ele? - Mia sorriu convencida quando a loira apontou pra ela.

- Me parece um desafio. - o homem parou frente a frente com a garota.