27. as consequências

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capítulo vinte e sete, as consequências
(temp 3, ep 1)

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- Faz duas semanas que no Colégio West Valley ocorreu o que pode ser descrito como um vale-tudo de caratê, que surpreendeu alunos e docentes e aterrorizou o Vale. Mais cedo, os alunos fizeram uma reunião pacífica com orações e músicas. Esta noite, o colégio fará uma reunião com a comunidade para prestar esclarecimentos e acalmar os ânimos. A polícia ainda procura por Robby Keene, que fugiu após empurrar o colega Miguel Diaz do parapeito do 2° andar, fazendo com que caísse nesta escada. Keene foi expulso desde então. Diaz continua em coma no Hospital de West Valley.

- Pode desligar isso, por favor? - Mia pediu a Cecília, sua colega de trabalho ao ver a foto de Miguel na tela.

- Claro. - a garota desligou. - Você pode cuidar da mesa três? Já estou com duas mesas.

- Sim, sem problema.

- Obrigada, Mia. - loira se dirigiu a mesa para atender os clientes.

As últimas duas semanas foram equivalente a dois anos para Mia Lawrence. Ao voltar da sala de exames e não encontrar Johnny, ela mal pode acreditar que ele havia deixado ela ali sozinha, sabendo o quanto a ideia de um hospital a deixava assustada. A fratura no pulso e uma costela quebrada resultou em uma semana de repouso e usar um gesso no punho por pelo menos 15 dias, depois uma tala por pelo menos um mês.

A primeira semana ela passou na casa do namorado, onde Falcão e a mãe dele cuidaram dela, até que se recuperasse. Logo que foi liberada do repouso, ela voltou para casa, apesar dos diversos protestos da família Moskowitz, que se preocupavam com ela. Mas Mia odiava ser um fardo pras pessoas ao seu redor, ela havia sido responsável por si mesma desde sempre, não iria mudar isso agora.

O celular dela começou a tocar, ela pegou o celular, achando que era Falcão avisando que havia chegado para buscá-la. O garoto se recusava a deixar a namorada voltar para casa sozinha tarde da noite depois de seu turno no seu novo emprego.

- Cecília, eu preciso... - ela pegou o celular e viu o número desconhecido.

- Vai atender seu príncipe, está tudo tranquilo por enquanto. - a morena sorriu pra ela.

- Valeu, Ceci. - a loira foi até a parte de trás do restaurante e atendeu. - Alô?

- Mia?

- Johnny? - ela franziu o cenho, fazia duas semanas que não falava com ele.

- Oi, garota. - ela não precisava vê-lo pra saber que ele estava bêbado, ela podia quase sentir o cheiro do álcool através do telefone. - Eu sei que você deve estar brava comigo mas eu fui preso no bar e...

- Você só pode estar brincando comigo, Johnny. - a loira quase gritou, mas segurou a raiva dentro de si, estava ficando cada vez melhor em guardar o que estava sentindo. - Quer saber? Estou trabalhando, resolva seus problemas sozinho, como o adulto formado que você é.

- Mia... - ela desligou a ligação antes que ele pudesse terminar de falar. Johnny bateu o telefone da delegacia na cabeça, o que ele poderia esperar dela naquele momento? Não acharia estranho se ela nunca mais falasse com ele de novo.

Mia secou agressivamente uma única lágrima que desceu de seu olho. Ela não tinha tempo pra isso. Depois que voltou para casa, Johnny não apareceu em casa durante toda a semana. Mas mesmo com tudo que estava acontecendo, as contas não deixavam de chegar, a geladeira não se enchia sozinha e as contas médicas não seriam pagas como mágica.

𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐁𝐋𝐀𝐌𝐄 𝐌𝐄 ━━ 𝐜𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐤𝐚𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora