Suki desu, baka || AsuMari ⚢

Capítulo 17 - They Don't Know About Us

POV. ASUKA

Eu fui enviada para casa e os dois primeiros dias foram difíceis. Ainda que eu me sentisse melhor tendo a presença da minha mãe e a de Mari por perto, eu não consigo me livrar de todos os sentimentos ruins.
No primeiro dia, não demorou muito para que eu procurasse algum remédio e quando não achei, apelei para o xarope de tosse. Sei que se eu bebê-lo em grande quantidade, eu posso ficar fora de mim ou até morrer.

Mas Mari me pegou no flagra e não pensou duas vezes antes de agarrar o recipiente para jogar fora. Depois ela me dedurou para minha mãe que não brigou comigo, mas tentou entender o que eu estava sentindo.
Eu passei aquele dia todo sendo vigiada pelas duas, recebendo algumas visitas e tomando apenas sopa.
No segundo dia, alguns daqueles sentimentos desesperadores foram desaparecendo, entretanto eu não conseguia comer nada por conta própria. E então, minha mãe me forçou delicadamente a comer coisas sólidas devagar.

Mari me fez um bolo de baunilha e trouxe até o meu quarto toda feliz para me ver experimentar. Mas na primeira mordida, eu senti o gosto horrível.
Eu tento engolir e apenas dou um sorriso com o bolo ainda na boca.
Minha namorada primeiro se animou e depois percebeu que eu não engoli.

- Está ruim, não é?

- Quatro-olhos, você não tem costume de cozinhar, certo? - Eu falei de boca cheia e engoli o bolo a força.

Ela sentou ao meu lado.

- Sabia que estava ruim.

- Ei, olha pra mim! Eu estou feliz por você ter pensado em mim e cozinhado para mim - Eu acaricio o rosto dela.

Okay... Mari realmente me deixa diferente.
Se fosse qualquer outra pessoa, eu cuspiria tudo e falaria que nem o diabo conseguiria comer aquilo de tão terrível que está.
E não estou exagerando, já fiz isso com o Shinji.

Minha namorada deu um sorriso fraco e eu a abracei, Mari me escondeu em seus braços.
Odeio que ela seja mais alta, mas isso tem seus benefícios.

Acabamos dormindo agarradas, algumas horas se passaram e a minha mãe já estava em casa.
E me surpreende que ela não tenha vindo separar nós duas e mandar Mari ir deitar em outro canto.

Porque minha mãe já deixou claro que não permite Mari e eu ficarmos muito tempo sozinhas no quarto. E desde ontem na hora de dormir, mamãe vem dormir comigo e a Mari na cama dela em outro quarto.

Mari se levantou da cama e foi até a cozinha, aproveitei para ligar o videogame para distrair a cabeça. Após uns bons minutos jogando, me dei conta que a Quatro-olhos não voltou.

Meu Deus, será que a minha mãe a matou por estar dormindo agarrada comigo?

Caminhei até a porta do quarto e me deparei com a minha mãe ensinando e ajudando Mari a fazer outro bolo.
Minha mãe sorria e era paciente com a minha namorada que olhava atentamente para ela.
O meu coração acelerou e estremeceu, mas dessa vez de felicidade.
Nos meus lábios, um sorriso involuntário surgiu e dos meus olhos, lágrimas.
O meu corpo aqueceu e explodiu de alegria.

Eu iria voltar para o quarto em silêncio, mas Mari percebeu a minha presença e veio até mim.

- O que foi, Princess? Você está chorando? Você está bem?

- Oh, não se preocupe! Caiu um cisco no meu olho. Pode voltar a cozinhar com a minha mãe - Eu tento disfarçar.

- Tem certeza? - Mari me olhou.

- Sim, eu te amo - Dou um selinho nela - Eu te amo, mãe.

Minha mãe esticou o pescoço para olhar.

- Eu também te amo, filha.