Tessa
Eu fiquei em um quarto no andar de cima do palacete do medo que por incrível que pareça estava até que em um bom estado.
O quarto não estava tão destruído e a cama de casal até que estavam em bom estado.
Eu nunca pensei que estivesse com tanto sono, só o percebi quando caí naquela cama e dormi feito uma pedra.
Eu acordei quando os raios de sol atravessaram as cortinas pouco rasgadas de cor vinho. Os leves raios mornos, mesmo lá fora estando o breu em pessoa, parecia que a maldição deixava o sol dar sinal de vida apenas pela manhã, para que as criaturas sombras soubessem que havia amanhecido.
Eu soltei um longo bocejo, esfregando os olhos e o rosto, um movimento meu e eu soltei um gritinho baixo, minhas costas doíam ao ponto de eu me mexer e ter a sensação de estar ragando minha pele em tiras.
Eu ergui o meu olhar, olhando em volta do quarto pouco escuro, havia uma porta, eu sabia que era um banheiro, com dificuldade eu me forcei a sair da cama, me arrastando nos pés com cuidado até ela, minha mão tocou a maçaneta e eu abri a porta, adentrando o banheiro que estava da mesma forma da casa.
Eu inspirei fundo, ficando diante da pia, eu abri a torneira e água limpa dali saiu, eu lavei meu rosto e por incrível que pareça eu consegui tomar um banho, xingando até a mãe acima quando a água entrava em contato com os meus ferimentos.
Eu vesti a mesma roupa, não havia outra, eu saí do quarto devagar, me segurando nas paredes, eu desci as escadas que rangiam e gemiam de forma assombrosa.
Agora entendo do porque se chama palacete do medo.
Eu cheguei até a cozinha com esforço, até onde os quatro fantasmas pareciam discutir.
— Como a gente vai cozinhar algo para a coitada da Tessa? Nossa mãos atravessam. -Akila acertou um tapa na testa.
— Pelo menos ontem conseguimos trazer comida, estávamos sólidos. -argumentou Raj.
— Gente. -chamei.
Eles se viraram de imediato.
— Vocês... Por acaso não tem nada para curar feridas, tem? -questionei envergonhada.
— Está machucada? -questionou Dumas flutuando até mim.
— Os ferimentos das chicotadas estão doendo, acho que inflamaram. -murmurei.
Ele xingou.
— Desculpe, princesa, eu não me toquei. -ele disse.
Eu acenei em pouco caso.
— Mama Inês pode curar para você, se ela estiver de bom humor. -disse banzai.
— Se pedir com jeitinho ela faz. -disse Akila.
— Dá pra aguentar? -questionou Dumas com preocupação.
Eu assenti.
— Olha, trouxemos comida ontem enquanto você dormia, só que não conseguimos cozinhar. -disse Akila.
— Vocês não comem? -fiz uma pergunta idiota.
Eles riram.
— Não sentimos fome, porém em toda lua cheia onde ficamos sólidos nós nos damos ao luxo de comer algo bom. -disse banzai.
Eu me segurei no armário destruído enquanto me arrastava devagar até os pães e ovos.
— Pela mãe, cara, ela não consegue nem andar. -Akila murmurou para Dumas.
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Feita De Sombra Até Os Ossos | O Retorno Dos Imortais
FantasyNo México onde o dia los muertos estava a se passar, Tessa, uma jovem de dezoito a anos estava se preparando para deixar seus sentimentos e suas palavras no túmulo de sua mãe, mas algo aconteceu, um fantasma a perseguiu e ela não sabia como raios po...