Capítulo 28

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Tessa

Sentia falta de Damon. Demais, não percebi o quanto ele me fazia falta até ele decidir ir embora.

Eu encarei o horizonte estrelado.

— Damon. -sussurrei.

Eu fechei os olhos, uma lágrima caindo.

Ele faria falta, sim ele faria.

Mas eu não poderia deixar de seguir em frente por sua ausência, agora mais do que nunca eu devo lutar.

Eu fechei as minhas mãos em punhos.

Alta Lady do tribunal das sombras, alta Lady, alta senhora, alta soberana.

Eu tenho o poder para destruir um mundo.

Eu saí da sacada do meu quarto, andando pela casa.

— Elijah. -chamei.

O macho em poucos minutos surgiu diante de mim.

— O que deseja? Senhora. -ele questionou.

— Quero que me ensine a voar. -falei.

Ele piscou.

— Voar?

— Sim, voar. -assenti.

— Tem certeza? Senhora. -ele me encarou.

— Tenho. -falei.

— Podemos começar amanhã...

— Agora. -balancei a cabeça.

— É noite. -ele disse.

— Sei bem, eu quero distrair a minha mente por um tempo. -declarei.

Ele assentiu.

— Venha comigo. -ele acenou com a cabeça.

Eu o segui, ele então segurou com delicadeza em meu pulso nos atravessou.

Uma rajada de vento atingiu o meu rosto e encarei engolindo em seco. Estávamos em cima do teatro, e ele... É enorme.

Mudei de ideia, tenho medo de altura.

— Você já consegue convocar as suas asas. -ele refletiu.

Eu assenti, e em um estalar de poder, as asas surgiram em um explodir de sombras.

— São como as minhas. —ele murmurou— porém suas asas são maiores, muito maiores.

Realmente, apenas um palmo para elas chegarem ao chão.

— Suas asas são diferentes das dos outros guerreiros, as suas e as do Íam, são de morcego e as dos outros..

— São de dragão. —ele assentiu— eles são Draconianos puros. Houve uma época em que também fomos, mas...

Eu o encarei, a espera de que continuasse.

— Mas perdemos nossas asas na guerra, não só nós, a elite de assassinos e o nosso general, também perderam. —ele disse— então, quando nosso lorde estava em seu ápice de poder, ele conjurou estas asas para nós, ele nos presenteou com novas asas, não como as de antes, era impossível reparar, mas ele nos deu parecidas, com o animal que é um dos símbolos deste tribunal.

— O morcego. -completei.

Ele assentiu.

— Também são as mesmas asas da besta interior que o nosso senhor portava, então, ele nos presenteou, e seremos gratos a ele até o fim de nossas vidas. -ele disse.

Feita De Sombra Até Os Ossos | O Retorno Dos ImortaisOnde histórias criam vida. Descubra agora