Tessa
Não sabia o porquê, mas estava conversando com o lorde Eidan sobre governos.
Ele é uma pessoa agradável de se conversar, poderíamos falar de cores de tintas e o assunto não ficaria desinteressante, ele parecia ter o dom de deixar o ambiente confortável.
— O que acha sobre guerras? -ele me perguntou.
Eu me remexi na cadeira onde eu estava, pensando pouco.
— Um ambiente devastado a caos onde pessoas lutam por algo que elas acham ser importante, o que causa perdas irreparáveis, tanto materiais, quando perdas de vidas, inocentes principalmente. -falei.
Ele assentiu.
— Bom, e o que faria se fosse uma governante em meio a uma guerra? -ele me testou.
Eu inclinei a cabeça.
— Faria aliados, tiraria vantagem de cada aliança de meios diferentes, seja com fornecimentos ao meu território e braços a mais na guerra. Tentaria vencer pelo o meio da inteligência e não brutalidade. -falei.
— E como o faria?
Eu pensei.
— Atacando nos pontos mais fracos do meu inimigo, arrumaria um jeito de descobrir cada fraqueza dele e armaria uma estratégia para o ataque, de forma que ele não descobrisse que eu estou atacando onde dói mais. -falei.
Eu parei.
É isso.
Eu ergui o olhar e o lorde soltou um risinho, percebendo o que eu percebi.
— Você tem uma mente brilhante, Tessa, estava escondendo demais ela em seu mundo. -ele disse.
Eu dei de ombros.
— Usava apenas quando necessário. -falei.
— Entendo.
Ele me encarou.
— Você já controla totalmente seu poder? -ele perguntou curioso
Eu assenti.
— Foi um pouco difícil, mas já estão em rédeas curtas. -falei encarando o céu do fim da tarde.
Eu suspirei pesadamente, aquele mesmo peso incomodando as minhas costas.
O lorde arqueou uma sobrancelha para mim.
— Quer conversar um pouco? Não sobre guerras, sobre como ele está. -ele apontou para o meu peito, o coração.
— Estou bem.
— Quantas vezes teve que repetir isso para si mesma sendo que não estava? -ele questionou.
— Muitas. -confessei baixinho, baixando o olhar.
— Então me conte o que sente. -ele disse.
— Vontade de morrer, a cada segundo, de ir sem ter para onde ir. —encarei o horizonte reflexiva— é triste a sensação de ter algo te corroendo, e ninguém para te puxar.
— Não está sozinha. -ele disse.
Um riso meu sem emoção.
— Estou desde que a minha mãe se foi. -murmurei.
— A morte não é o fim, Tessa, tenha certeza de que ela está olhando para você das estrelas. -ele disse.
Eu encarei a noite engolir os resquícios da tarde, o Sol sumir e a Lua subir, juntamente das belíssimas estrelas.
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Feita De Sombra Até Os Ossos | O Retorno Dos Imortais
FantasyNo México onde o dia los muertos estava a se passar, Tessa, uma jovem de dezoito a anos estava se preparando para deixar seus sentimentos e suas palavras no túmulo de sua mãe, mas algo aconteceu, um fantasma a perseguiu e ela não sabia como raios po...