Tessa
Ter o corpo adormecido junto dos ferimentos foi uma mão na roda.
Até eu saber que era temporário e que eu teria de sentir a dor depois.
— Inferno! -exclamei dolorida.
Eu desviei da mão de Damon que tentava por uma pasta de ervas em meus ferimentos.
— Cacete, fica quieta. -ele disse.
Eu desviei de novo.
— Esse caralho dói. -praticamente gritei de dor.
— Fica quieta, porra. -ele também xingou.
— Não me xinga não seu filhote de urubu! -lhe acertei um tapa na nuca.
— Seu dragão, ranzinza, cuspidor de fogo. -ele disse enquanto noz estapeávamos.
— Está doendo. -falei.
— Se me deixar ajudar não vai mais doer tanto! -ele rebateu.
Eu bufei, parando, deixando ele pôr o remédio, porém, xingando em mil línguas a cada arder dos ferimentos.
Eu encarei no espelho ao lado, eu estava péssima.
— Estou cheia de manchas rochas. -falei, olhando as manchas negras em meu corpo.
Ele ergueu a cabeça, analisando.
— Estou vendo, está parecendo uma vaquinha do prado. -ele disse, segurando a risada.
Eu lhe acertei um tapa na testa e ele xingou.
— Queria ver se fosse você, idiota. -bufei.
— Essas manchas são a prova de que você venceu, os ferimentos mais ainda, Tessa, então nenhum arranhão é atoa, lembre-se. -ele disse.
Eu suspirei.
— Merda. -xinguei quando ele pôs o remédio no corte em meu supercílio.
Ele levou o remédio ao corte em meu lábio, enquanto eu segurava uma compressa de gelo e ervas no olho esquerdo.
— Ser humana é uma completa merda. —murmurei— esses hematomas mostram que não somos para esse mundo repleto de bestas furiosas.
Ele parou.
— Proteja o seu coração humano, Tessa. —ele disse, uma pausa— seja misericordiosa com aqueles que não possuem um.
Eu o encarei, piscando.
— Uma humana foi prevista a quebrar a maldição, essa mesma humana foi raptada, trazida ao mundo das fadas, ela escapou, traçou seu caminho, derrotou três feéricos hoje, uma humana fez tudo isso. —ele retornou a passar o remédio— me pergunto se a mãe quer que você não só nos salve como também abra os nossos olhos, e nós faça entender que todos somos iguais, e todos temos força e capacidade.
Ele passou o líquido ardente no pequeno corte na lateral de meu rosto.
Eu olhei em seus olhos por longos e demorados segundos, e de repente nada doía mais.
Ele ergueu os olhos para mim.
— Por que sempre olha tanto em meus olhos? Mi corazón. -ele questionou rouco, concentrando-se agora nos ferimentos.
Se ele soubesse as coisas que eu vejo em seus olhos.
— Seus olhos são como o Sol que não nascerá mais para mim depois que tudo acabar. -falei.
Ele me encarou.
— Terminou? -questionei.
Ele assentiu.
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Feita De Sombra Até Os Ossos | O Retorno Dos Imortais
FantasyNo México onde o dia los muertos estava a se passar, Tessa, uma jovem de dezoito a anos estava se preparando para deixar seus sentimentos e suas palavras no túmulo de sua mãe, mas algo aconteceu, um fantasma a perseguiu e ela não sabia como raios po...