Tessa
Escuridão, era tudo tão vazio.
Mesmo eu não tendo medo do escuro, pois nele vivi por tanto tempo.
Mas mesmo assim, era vazios, frio.
O fagulho de luz no fim daquela escuridão cintilou para mim, se aproximando mais e mais, cada vez mais, até a escuridão ser expulsa e ao meu redor tudo não passar apenas de luz cegante.
Eu abri os olhos. Piscando para a claridade, a visão turva tomando seu foco aos poucos, as imagens que tremeluziam agora se mantinham quietas no lugar. Eu pisquei algumas vezes, encarando o teto, e então tudo a minha volta.
Eu havia desmaiado.
A minha cabeça doeu levemente quando tentei puxar pela memória.
Tribunal das sombras, veneno..
Eu ergui meu tronco, encarando ao meu redor, eu estava em um quarto.
— Não se levante. —uma voz ecoou— ainda precisa repousar um pouco antes de tentar dar os primeiros passos.
Meu olhar disparou para o lorde que estava sentado em uma cadeira ao lado da cama onde eu estou.
— Tivemos muita sorte de não termos perdido você. -ele disse com alívio.
— O veneno..
— Foi expulso do seu corpo, não há mais um resquício dele em você. -ele garantiu.
Eu sacudi a cabeça, então ergui o meu olhar.
— Damon...
— Está sendo cuidado, também está em uma cama, por mais que esteja querendo quebrar o meu tribunal para vir ver você. -ele disse.
Eu suspirei aliviada.
— Damon me contou o que houve no templo, pelo menos na parte de fora onde ele estava. -ele disse.
Eu suspirei, bagunçando os curtos cabelos.
— O miserável do rei me acertou com magia, eu não consegui manter a esfera comigo, ele a pegou. -falei.
Eu fechei os olhos inspirando fundo.
— Nem mesmo conseguir pegar a droga de uma esfera eu pude fazer, ele está certo do fato da mãe ter errado a escolhida para salvar todos vocês. —falei— eu só não estou morta por sorte.
— Não diga isso. —ele disse— olhe até onde você chegou, a mãe não errou em escolhê-la, Tessa.
— Eu não vi ao menos o rosto do miserável. —murmurei— mas eu vou matá-lo, essa promessa agora é pessoal, eu irei matar aquele infeliz.
Ele segurou o meu ombro.
— Não vai desistir agora. -ele disse.
Eu neguei.
— Não, os meus amigos estão presos a mercê dele, eu vou fazer isso. —murmurei— não vou desistir agora, sofri e fui quebrada demais para chegar até onde estou. E não foi sorte nessa, fui eu.
— É assim que se fala. -ele sorriu.
Eu encarei um cobertor no braço da cadeira.
— Você... Você dormiu aí? -pisquei.
Ele piscou, tossindo de forma envergonhada talvez.
— Alguém tinha que ficar por perto para ter certeza de que você não teria alguma recaída em meio ao sono, você ficou em observação. -ele explicou.
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Feita De Sombra Até Os Ossos | O Retorno Dos Imortais
FantasyNo México onde o dia los muertos estava a se passar, Tessa, uma jovem de dezoito a anos estava se preparando para deixar seus sentimentos e suas palavras no túmulo de sua mãe, mas algo aconteceu, um fantasma a perseguiu e ela não sabia como raios po...