Eight

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Olivia Rodrigo - Los Angeles CA - 20 de fevereiro de 2025

Hoje é um dia muito especial para mim, e vai ser bem cheio.

Para começar, é meu aniversário de 22 anos. E é meio louco pensar que esse é meu último aniversário antes de me tornar mãe.

Em segundo lugar, hoje vou ter mais uma consulta para avaliar a saúde do bebê, então vou aproveitar para passar meu aniversário em Temecula, e que jeito melhor de começar um dia feliz do que vendo meu filho?

Mas a coisa mais empolgante de hoje vai ser dizer para a minha família toda que estou grávida.

Sim, minha família ainda não sabe do bebê, decidi esperar até o dia de hoje para contar a novidade, já que vamos nos reunir para o meu aniversário.

As únicas pessoas que sabem da gravidez por enquanto são: meus pais, meus melhores amigos que estavam junto comigo quando eu descobri, George, e a mãe e o irmão dele.

Decidimos contar só para essas pessoas por enquanto, mas isso acaba hoje, já que vou falar para a minha família e depois George vai fazer o mesmo com a família dele, e nós também vamos contar para alguns amigos próximos em breve.

Ainda não pretendemos espalhar na internet, não sei quando realmente vou me sentir confortável para falar abertamente. Mas tenho certeza que pelo menos o primeiro trimestre vamos manter em segredo, isso já é mais uma questão de segurança para mim e o bebê.

As únicas coisas capazes de deixar meu dia ruim começaram a se manifestar logo que saí da minha cama: enjoos, tonturas e mudanças de humor por qualquer suspiro que dou.

Essa era uma parte da gravidez que estava sendo horrível, e é estranho ver que quase ninguém fala sobre isso, sobre como o corpo e a mente reagem com a gravidez no primeiro trimestre.

Todas as pessoas querem mostrar o glamour e toda a parte mágica de uma gravidez, o que eu até entendo, gerar uma vida é realmente incrível, mas como tudo tem um preço, existe esse lado de uma gestação.

Eu simplesmente estava odiando passar por tudo isso, todo santo dia passava mal, as vezes não tinha disposição para levantar da minha cama e praticamente o dia todo meus hormônios estavam à flor da pele.

Tudo bem que tudo isso depende do organismo de cada mulher, mas me deixem ser um pouco dramática com a questão do meu corpo estar reagindo da pior forma possível.

Já perdi as contas de quantas vezes me peguei chorando sem motivo algum, e de repente estava feliz de novo, aí ficava com raiva de tudo e todos, e depois começa a sentir outra coisa nada haver, e tudo isso enquanto estou sempre enjoada.

Eu estava bem despreparada para passar por tudo isso, e agora estou tendo que lidar com tudo na marra, mas faz parte do processo, e não vejo a hora de tudo acabar e principalmente de finalmente ter meu filho comigo.

(...)

Eu e George acabamos de chegar na clínica que estou fazendo meu acompanhamento gestacional, e antes de descer do carro, estava retocando minha maquiagem, porque para variar eu estava chorando agora pouco, e meu rosto tinha ficado todo borrado.

Pelo menos agora tenho um motivo para chorar: quando George ligou o rádio, começou a tocar uma música que sempre me faz chorar, e que agora que estou grávida ganhou mais sentido.

O nome da música é Light, do Sleeping at Last. É incrível como eu sempre choro demais com essa música.

- Que ódio! Preciso parar de escutar essa Sleeping at Last e principalmente essa música - digo guardando as maquiagens que acabara de usar na minha bolsa.

My Destiny - Olivia Rodrigo [EM HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora