twenty-five

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Já assistindo em frente ao enorme telão, as lágrimas desciam por meu rosto sem pausas. Várias pessoas estavam comovidas ao ver all migth dar tudo de si na luta. Izuku estava tremendo e chorando muito, nosso herói estava em uma forma diferente, magro e com uma fumaça saindo de seu corpo.

Um homem desconhecido começou a gritar: "All migth!" Todos ao redor entraram na onda em uma forma para motivar nosso herói.

Acho que isso o ajudou, e quando a luta já havia chegado ao fim, o símbolo da paz estava de joelhos no chão e falou a seguinte frase.

- Da próxima vez... - o herói apontava para a câmera. - da próxima vez, será você.

Todas as pessoas reagiram normalmente a frase, deviam ter achado que é para algum vilão ou algo do tipo. Mas eu vi a maneira que meu irmão reagiu a isso.

Peguei na mão de izuku e o levei para casa, mamãe estava na porta aos prantos chorando. Depois de um tempo ela conversou com nós dois e falou o quanto anda sendo difícil ver os filhos nessa situação, sem saber se irão voltar bem para casa ou não.

Eu tentei consolá-la, aliás esse é o trabalho de um herói. Nunca se sabe mesmo se voltaremos em segurança, mas o importante é que tudo isso é um movimento em prol da segurança dela mesma.

Tomei um banho gelado tarde da noite, sentia meu corpo queimar quando a água fazia contato, os ferimentos estavam sangrando levemente, me limitei a apenas vestir um pijama e me deitar na cama. De princípio pensei na cena que tive mais cedo com katsuki, parando pra pensar ele está mais legal. Mas logo foquei no incidente com all migth.

Minha cabeça não parava, tudo que conseguia pensar era sobre o que teria acontecido se eu não tivesse sido capturada. All migth ainda teria sua forma forte?

Passei a aceitar o fato que era culpa minha, acabei sendo inútil novamente. A frase que escutei muitas vezes "todos ao seu redor pagarão pela sua inutilidade" nunca fez tanto sentido quanto agora.

Levantei da cama tentando ter coragem pra falar com meu irmão, logo comecei a chorar.

- Izuku. - bati na porta, minha voz já estava rouca de tanto chorar.

- Oi. - ele abriu a porta e notou que eu estava chorando. - o que foi?

- É minha culpa, não é? - ele me encarou ainda absorvendo o que eu havia dito. - O all migth, é culpa minha ele estar... - ele me interrompeu.

- Nada disso. - o garoto me abraçou. - ele já estava assim por conta de um acidente. Você não tem culpa de nada.

Ele repetiu isso várias vezes, mas nada importava. Eu realmente tinha ao menos uma fração de culpa pelo o ocorrido. Voltei ao meu quarto e na cama decidi mexer no meu celular.

Rodando o feed do instagram todas as postagens eram de fãs emocionados com a vitória do antigo símbolo da paz. Até que de repente um número desconhecido me mandou mensagem.

"Oi, você está bem?" - o número sequer tinha foto de perfil.

"Olá, quem é?"

"Como assim quem é? Você tem meu número, porra!" - a agressividade até pra digitar, talvez já tenha uma idéia de quem seja.

"Katsuki?" - ele enviou um emoji de um dedo confirmando. Eu não tinha salvo seu contato ainda.

"Kirishima me disse que você pediu a algumas semanas atrás." - isso é verdade, mas eu realmente esqueci de o adicionar "Bom, você não respondeu minha pergunta."

"Eu estou bem sim. Aliás, por que está falando comigo essa hora da noite?"

"As vezes faço caridade. Eu sei que está mentindo então me fale a verdade."

𝐈 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔, katsuki bakugou Onde histórias criam vida. Descubra agora