Nos braços de uma bandida

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Menor 🃏

Encerrei a ligação com a Lívia e já fui guardando o telefone na cintura.

Vitinho e Pitoco estavam juntos comigo esperando a Lívia chegar.

Acendi um cigarro, dei um trago e fui trocar idéia com os caras.

Menor: Ela vai ficar pistola. - disse dando mais um trago no cigarro.

Pitoco: Não quero nem ver o estrago. - disse olhando pra porta onde a Lívia entrava toda sorridente.

Menor: Já fumou o primeiro de hoje? Tá toda feliz. - disse fazendo os moleques rirem.

Lívia: Tá todo engraçadinho né? Menos mil no teu salário no fim do mês. - disse rindo e entrando na sua sala, em seguida eu e os moleques entramos.

Menor: Tá tirando em. Pode nem brincar mais. - disse tirando minha glock da cintura e sentando no sofá.

Lívia: Fala qual é o problema. - disse sentando.

Eu olhei pro Vitinho e Pitoco.

Não queria ser a pessoa que daria essa notícia ela. Tá maluco, Lívia já era estressada sem motivo. Imagina com um, dos grandes.

E a nega estressada... Sai de perto!

Lívia: Fala logo porra.

Vitinho: A polícia apreendeu uma carga que vinha de Minas Gerais.

Lívia: Perdemos quantos? - já dava pra ver que a nega tava queimando de raiva por dentro.

Vitinho: 20 fuzil, 2 toneladas de maconha e 1 tonelada de cocaína. - disse coçando a cabeça.

Lívia: Desgraça! - disse levantando e batendo a mão na mesa. - Eu pago aquele filho da puta do Roberto pra quê nesse caralho? - disse andando de um lado para o outro. - Pitoco liga pra esse cara e desenrola o papo com ele. Quero saber porquê não fui avisada que minha carga ia ser apreendida.

Pitoco: Jae. - disse saindo da sala.

Lívia: Vocês dois bora trabalhar. Qualquer coisa passa radinho. - Vitinho levantou saindo da sala, e antes mesmo da Lívia sair eu puxei ela pelo braço. - Que foi? - ela pergunto confusa.

Menor: Você tá bem?

Lívia: É claro que não. Olha o prejuízo que a gente tomou.

Menor: Você sabe do que eu tô falando Lívia, paga de doida não. - disse fechando a porta.

Lívia: Eu tô de boa Henrique. - disse sorrindo e saindo.

Ficava doido quando ela me chamava pelo meu nome. Parada íntima!

Na boa? Eu gosto demais dessa nega, por mim eu casava com ela aqui e agora mesmo.

Sentei no sofá e enrolei um baseado acendendo o mesmo em seguida.

Fiquei fumando e pensando na vida. Melhor dizendo, pensando na Lívia.

Conheço ela desde menorzinho pô. Brincamos juntos e crescemos juntos.

Desde que me entendo por gente eu sou apaixonado nessa maluca.

Quando tínhamos 16 anos aconteceu nosso primeiro beijo. Papo reto, ali eu já tava de quatro por ela.

Mais a nega não é fácil não. Ela só quer minha amizade. Pra mim isso já basta, ficar perto e poder cuidar dela.