Vitinho 💲
Acordei era 9:43 am. Bufei quando vi que tinha dormido mais que a cama. Levantei indo pro banheiro. Entrei no box e tomei uma ducha rápida. Sai com a toalha enrolada na cintura e escovei meus dentes. Abri o guarda-roupas e peguei uma cueca da Calvin Klein, uma bermuda de tactel da Nike, uma camisa e boné da Lacoste. Me vesti, passei desodorante e borrifei meu perfume 212 Vip. Peguei minha corrente de ouro 18k com o pingente da cruz e coloquei no pescoço. Peguei meu celular, radinho e glock colocando os mesmos na cintura.
Desci pra sala vendo minha coroa colocando o café da manhã na mesa.
Keila: Bom dia, filho. - me deu um beijo na testa.
Vitinho: Bom dia, minha rainha. - disse me sentando na mesa.
Keila: Você está bem? - disse me servindo café. - Como tá a Lívia?
Vitinho: Pô.. - disse dando um gole no café. - Vou passar lá no hospital pra vê ela, hoje mermo.
Keila: Cuidado Victor, por favor. Você sabe que não pode ficar dando mole no asfalto. - disse sentando na mesa.
Vitinho: Relaxa. Tá tega. - disse olhando pra porta vendo Pitoco entrar com uma bolsa nas costas. - Qual foi? Isadora te mandou ralar e agora vai ficar aqui? - ri.
Pitoco: Se liga. É umas roupas pra Isa. - disse me entregando a bolsa. - Já que vai piar no hospital leva pra ela pô.
Isadora e Pitoco agora moravam juntos. Fico feliz pelo meu parceiro. Eles se amavam e era nítido ver isso. Até um cego perceberia. Sai dos meus pensamentos quando ouvi meu celular apitar. Peguei o mesmo desbloqueando e entrando no whatsapp. Era um número desconhecido e não tinha foto. Abri a conversa e baixei a foto que tinham me mandado.
Vitinho: Caralho! - disse passando as mãos na cabeça. - Papo reto, Pitoco. Eu já sabia que essa desgraça ia acontecer. Eu avisei, porra! - disse entregando meu celular ao Pitoco.
Olhei pro mesmo que balançava a cabeça em negação. A mensagem era uma foto da cabeça do Menor ao lado do seu corpo. Não conseguia nem raciocinar direito. Minha mente estava a milhão e eu só conseguia pensar em como a Lívia ia ficar, papo reto! Ela tinha acabado de passar por toda aquela merda e agora teria que ser forte mais uma vez. A mina não tinha um dia de paz!
Pitoco: Porra. - disse pegando o radinho e acionando. - Neguinho, na escuta? - apertou o botão.
Neguinho: Fala patrão. - respondeu na mesma hora.
Pitoco: Alguma novidade do Rodo?
Neguinho: Marca um 10 aí, pô! Vou dar uma sondada pra vê se descubro alguma fita, jae?
Pitoco: Demoro. Mais quero esse papo pra hoje. Desenrola aí. - disse por fim. - Pedi os vapores pra ficar de olho em tudo que rolar por lá. - disse se sentando na mesa.
Vitinho: Vou sair de quebra, qualquer coisa joga no radinho. - disse pegando minhas chaves. - Fé coroa. - fiz toque com Pitoco que já estava tomando café e dei um beijo na minha mãe.
Keila: Tchau meu filho, se cuida. - disse acenando pra mim.
Sai pela sala calçando meu chinelo da Oakley, fui em direção a garagem e peguei minha CB 1100X, abri o portão, peguei meu capacete, coloquei o mesmo, subi na moto e liguei ela saindo de casa, apertei o botão e vi o portão fechar. Desci a favela devagar buzinando pros moradores. Quando passei da barragem no pé do morro acelerei mais rápido e fui em direção ao hospital.
Cheguei no mesmo indo em direção ao estacionamento. Desci da moto travando o guidão. Tirei meu capacete e ajeitei meu boné. Entrei no hospital e fui direto a recepcionista.
Vitinho: Bom dia. - sorri. - Vim visitar a Lívia Cunha.
- Bom dia, só um momento. - disse mexendo no computador. - Assine aqui, por favor. - disse me entregando um papel. - Quinto andar, vip 2. - disse pegando o mesmo de volta.
Vitinho: Valeu. - disse saindo em direção ao elevador.
Entrei no mesmo apertando o botão. Fiquei esperando descer.
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Nos braços de uma bandida
FanfictionApós a morte de seus pais, Lívia precisa assumir uma enorme responsabilidade: o tráfico do Complexo da Rocinha. "Vivendo longe de negatividade, sendo minha própria luz..."