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1 mês atrás...

VL 💸

Tantos anos se passaram desde a última vez que vi minha família, tinha muitas saudades da minha mãe, do meu pai e principalmente da minha irmãzinha!

Desde os 10 anos sendo criado e treinado pro tráfico, pro crime, pro comando vermelho... Infelizmente eu e Lívia não tivemos opção de escolher como nosso futuro seria, desde o início já éramos fadados a viver no errado.

Encostei na sacada da varanda e acendi meu baseado, fiquei pensando em várias fitas. Penso muito em voltar pra Rocinha, encontrar minha irmã, contar pra ela que ela ainda tem uma família, mesmo sendo um irmão todo errado, um irmão que abandonou ela ainda pequena... Queria poder ajudar ela em tudo que ela precisasse, ensinar ela o que nossos pais me ensinaram...

Mais infelizmente eu não posso abandonar tudo isso que meu pai confiou à mim. Não posso deixar meu comando e nem a família que eu construí aqui, tenho uma mulher e um filho lindo!

Quando completei 10 anos fui mandado pra uma cidade vizinha do Rio de Janeiro, no interior, pra ser treinado pelo sub-gerente do Comando Vermelho e com os 14 anos eu já comandava a porra toda! À uns anos atrás tivemos um conflito com os PCC, perdemos e também matamos muitos, mais infelizmente nessa guerra perdemos nosso irmão Rogério, e a partir daí escolheram o melhor soldado pra assumir, e claro que fui eu. Eu sou nascido, crescido e treinado pra isso!

E com isso veio toda fama, luxo e poder que eu sempre quis desde menorzinho, mais também atraí muito olho gordo e inveja.

Depois de 11 anos eu já conquistei o respeito de todos na nossa família CV, hoje em dia eu vivo como eu sempre quis. A única coisa que queria o meu lado que ainda não posso ter é minha irmã! Mais mermo com toda essa saudade, não quero colocar ela no meio de toda essa merda que é meu trabalho, não quero meus inimigos usando ela pra me atingir.

Sai dos meus pensamentos quando me acionaram pelo radinho.

- Chefe, cola aqui no galpão, vai ter uma reunião. - peguei meu radinho e apertei o botão.

- É isso, tô colando. - botei meu radinho na cintura e apaguei meu baseado.

Joguei minha camisa da lala nos ombros, peguei minha glock colocando a mesma na cintura, desci as escadas e fui em direção a garagem. Entrei no meu SUV da Renault, todo preto, insufilmado, meu xodó. Comecei a guiar pro galpão que ficava no asfalto mesmo, aqui em Angra dos Reis. Liguei o som e coloquei Filipe Ret, peguei outro baseado no porta luvas e taquei fogo.

VL: E os invejosos querem me ver fudido, todas as mais lindas só querem me ver fudendo, ela se amarra no jeito de bandido, cabelo na régua e com a camisa do flamengo... - cantarolei enquanto jogava fumaça pro alto.

Depois de alguns minutos chego no galpão, estaciono o carro e entro fazendo toque com a família. Puxo uma cadeira e sento em volta da mesa. Nessa reuniões do Comando Vermelho, só participa os principais, que fazem nossa família ir pra frente e evoluir! No caso eu que sou o chefe, meu braço direito, o gerente e o sub-gerente.

VL: Qual é a boa família? - pergunto enrolando outro baseado.

CH: Pô meu irmão... - percebi que tinha algo de errado quando eles começaram a olhar entre si.

VL: Desenrola a ideia, meu parceiro. - acendi o baseado, independentemente do que for quero estar anestesiado dessa notícia. Já vi que não é das melhores.

CH: Sapinho pegou tua irmã, mandou até foto pá nois família! - falou de uma vez, indignado. Eles já sabiam que essa porra ia mexer comigo!

VL: E? - disse passando o baseado pro CH.

Lele: Ficamos vigiando por dias os planos do Sapinho, assim que ele começou a por em prática, nois já sabia que ia dar errado.

VL: Hum... Mais o que? - eu não precisava falar muito, todo mundo aqui já sabia como eu era. Quero que venha me trazer os problemas e junto a solução!

Lele: Assim que os vapores da sua irmã invadiram o sítio que ele tava mantendo ela presa, nois colocamos o nosso plano em prática... - disse pegando o baseado e dando um trago. - Fechamos a única saída que Sapinho poderia fugir e pegamo o safado!

CH: Já foi pro saco, chefe. Tá tudo de boa!

VL: E minha irmã?

Lele: Ficou bem machucada, mais já foi levada pro hospital.

VL: Quero que dobrem a segurança dela a partir de hoje. - levantei dando um soco na mesa. - Essa porra toda não era pra ter acontecido, caralho! Tá ouvindo? - todos assentiram. - Eu pago esse bando de filho da puta, pra que porra? Eu pago pra minha irmã ficar em paz. Não importa o que vocês façam, o quanto gastem, não quero mais ter que ser chamado aqui pra ouvir que ela foi machucada. Ouviram bem? - todos assentiram novamente.

Sai do galpão só o veneno, queria descarregar um pente de 30 em qualquer filho da puta!

Entrei no carro guiando pra casa, lá era o único lugar que eu teria calmaria e paz, com minha família.

Minha irmã pode não saber, mais eu amo ela pra caralho! Odeio ter que praticamente esconder ela e mesmo assim uma desgraça ou outra descobrir e usar isso pra me atingir. Fico só o ódio! Acendi outro baseado enquanto dirigia. Só assim pra mim ficar em paz!


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+100

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Eu demorei mais voltei gente kkkkk
Confesso que senti muita falta de escrever er, e vou tentar postar mais capítulos a partir de hoje.
Ver os comentários de algumas leitoras me incentivou a dar mais prioridade meu livro, espero que vocês estejam gostando!
Obrigada pelo carinho.❤

Para as leitoras que já acompanham a fic voltem no capítulo 21, pois mudei o personagem do irmão da Lívia, acho que vou agradar vocês. Beijo 💋

Nos braços de uma bandidaOnde histórias criam vida. Descubra agora