25

386 32 4
                                    

Vitinho 💲

Passamos pela sala e eu vi o estrago que tinha feito, tinha 2 corpos ainda pegando fogo por causa da granada. Fomos direito pro único cômoda da casa que estava fechada.

Pitoco: Bota a cara, Sapinho. Tá com medo de morrer? - disse rindo e abrindo a porta

Logo saquei minha arma junto com Menor e fomos entrando no quarto. Não tinha mais ninguém na casa. Fiquei mó confuso. Se a Lívia não tá aqui, que porra esses seguranças estavam fazendo? Uma distração talvez?

Menor: Vamo revirar essa casa de cima pra baixo, a Lívia tem que tá aqui, porra. - disse nervoso andando de um lado pro outro.

Fomos olhando cada canto da casa inclusive o chão, vai que tinha um porão ou uma saída secreta, algo do tipo, sei lá. Me lembrei de não ter visto o banheiro da casa. Fui a procura do mesmo. Quando entrei, na minha garganta se fez um nó quando vi a cena. A Lívia estava jogado no chão em cima de uma poça enorme de sangue. Rapidamente me aproximei dela verificando seus batimentos. Estavam bem fracos mais ela ainda poderia viver. Comecei a gritar pelos moleques e peguei ela no colo carregando a mesma pelos meus braços.

Ela estava completamente encharcada de sangue. Desci as escadas correndo e entrei com ela no carro ainda nos meus braços. Menor ligou o carro saindo voado enquanto o Pitoco xingava pra caralho!

Ela não ia aguentar mais 1h34min. Tivemos que parar em um hospital mais próximo no asfalto. Entrei com ela gritando por um médico e vieram com uma maca, deitaram ela na mesma e levaram ela pro centro cirúrgico. Menor e Pitoco entraram logo atrás.

Vitinho: Caralho, puta que pariu, merda! - gritei batendo no balcão enquanto todos me olhavam.

Pitoco: Vou ligar pra Isa vir ficar com ela, tá ligado que nois não pode ficar aqui. - disse pegando o celular e indo pra um lugar reservado.

Menor: Eu vou atrás do Sapinho. Eu vou matar aquele filho da puta! - disse - Vitinho, cuida dela. Eu sei que tu ama ela do mermo jeito que eu! - disse fazendo toque e saindo.

Vitinho: Não faz isso não, Menor. - fui atrás dele. - O que eu falo pra ela quando acordar? Que tu foi em direção a morte? Ela te ama. Vai sofrer pra caralho!

Menor: Se acontecer o pior diz pra ela que foi necessário. E fala que amo ela muito mais do que minha própria vida. Por isso mermo vou atrás dele. Não posso deixar esse desgraçado por aí a banguela. - disse entrando no carro e batendo a porta. - Ele tem que pagar pelo o que fez! - disse e saiu acelerando.

Voltei pra dentro do hospital e fui chamado no balcão pra fazer o check-in da Lívia. Paguei por tudo particular, queria que ela tivesse o melhor dos atendimentos. Pitoco veio se aproximando com o celular na mão encerrando a chamada.

Pitoco: Tudo certo? - perguntou e eu assenti que sim com a cabeça. - Vamo pro morro. Tão precisando de nois! Isa daqui a pouco já vai colar!

Fomos saindo do hospital em direção ao estacionamento, roubamos duas motos e subimos voado pro morro. Enquanto eu acelerava pensava no que o Menor tinha dito.

"Vitinho, cuida dela. Eu sei que tu ama ela do mermo jeito que eu!"

Será que eu amava? Não podia ser! A gente se envolveu uma vez só. Era impossível. Não tinha como! Mais então porque eu me importava tanto com ela? Me dispensei desses pensamentos e colei do lado do Pitoco. Cortei de giro do lado dele e o mesmo entendeu o recado. Chamei pra uma racha. Fui acelerando cortando os carros enquanto Pitoco tentava me acompanhar. Fui de quebra e puxei pra um grau. Abaixei a moto e acelerei mais ainda, olhei no painel e eu já estava mais que 150 km/h. Essa sensação de adrenalina era muito boa, papo reto!

Nos braços de uma bandidaOnde histórias criam vida. Descubra agora