Menor 🃏
Encostei na boca com os moleques e olhei no relógio já era 01:57 am. Chamei no radinho os vapores que iam pra missão com nois. No total era 24 cabeça! Não sabia o que ia acontecer e nem quantos tinham lá. Por mim eu levava muito mais. Pitoco falou legal na minha orelha que era muito soldado e que não tinha necessidade. Claro que tinha. Era a Lívia, porra. Eu não vou me perdoar nunca se aconter algo com minha nega.
Fomos arrumando as bolsas com as ponto 40, glock e fuzil. Colocamos munição e granada suficiente pra uma guerra, papo reto! Os vapores entraram nas duas vans que estavam estacionadas em frente a boca, enquanto eu, Vitinho e Pitoco fomos de carro.
Hoje a noite tínhamos descido pro asfalto e metido um assalto. Pegamos as duas vans e um carro pro resgate da Lívia. Depois íamos ter que nos livrar dos veículos pra não deixar nenhum rastro pra trás. Fomos seguindo o GPS do carro pro endereço. Porra, mostrava no painel do carro que ia levar 2h17min nosso trajeto.
Vitinho: Lá aonde Judas perdeu a bota mermão. - falou coçando a cabeça e dando partida no carro.
Começamos a descer o morro e eu já fiquei mó felizão só de pensar que faltava pouco pra mim ter minha nega nos meus braços de novo. Sentia saudades do cheiro dela, do corpo, da boca e do seu toque.
Pitoco: Por sorte tamo na madruga. Se fosse ao dia nunca que nois ia chegar nesse lugar hoje.
Menor: Temos que ficar atividade. Lá tem vários ponto de fuga. - disse.
Eles assentiram e fomos seguindo nosso caminho. Conseguimos fazer 1h34min de viagem. Vitinho sentou o pé no acelerador, papo reto. Chegamos na estradinha de terra e automaticamente todos desligaram seus faróis. Andamos mais ou menos uns 3 km e estacionamos no meio da mata mermo. Saímos todos dos veículos e fizemos uma rodinha pra repassar o plano.
Menor: Não é pra deixar ninguém vivo, é pra matar todo mundo sem dó, família! - eles prestavam atenção. - Os únicos que saem daqui vivos são a Lívia e o Sapinho. - assentiram.
Vitinho: Sapinho não pode morrer de jeito nenhum, pô. Ele vai pra favela sofrer tudo que a patroa tá sofrendo aí.
Pitoco: Todo mundo entendeu o que é pra fazer então? - todos assentiram com a cabeça. - Então vamo avançar. - fez sinal com a mão indicando pra qual lado cada um iria.
Nos dividimos em 8 grupos de 3. Cada um iria entrar por um lado, metendo bala sem dó em qualquer um que aparecesse. Cada um dos 24 pegou um fuzil e duas ponto 40 e 2 glock. Estávamos armados até os dentes, idéia verídica!
Eu, Vitinho e Pitoco íamos pela frente. Olhamos por fora e não tinha movimentação nenhuma na casa. Vitinho deu um chutão na porta arrombando a mesma e em seguida jogou quatro granadas. Quem tivesse ali ia literalmente se explodir. Foda-se, queria que todo mundo tomasse no cu. Só queria minha nega bem de volta ao meu lado!
Nós três corremos se escondendo da explosão atrás das árvores, depois que a fumaça abaixou ouvimos vários tiros vindo das janelas de cima da casa. Acertei três enquanto o Vitinho e Pitoco abatia os outros cinco que apareceram. Era tiro pra todo lado, granada, fumaça, neguinho gritando e morrendo. Tava pior que cena de filme. Papo reto, a gente tava avançando com força. Ninguém tava passando batido de nois!
Sapinho não esperava por essa. Ele achou mermo que nois não ia vim atrás da Lívia? A segurança dele tava fraca demais. Nosso pessoal era o triplo do dele. Dei graças a Deus por isso. Fiz sinal da cruz e entramos na casa depois de abater os seguranças fora da casa. Entramos fácil demais já que todos os seguranças vieram pra fora tentando eliminar a gente. Mas não deu certo não, pô. Aqui era a Rocinha, porra! Mesmo se morrermos todos aqui, no dia seguinte vinha mais.
Subimos as escadas atividade, enquanto os outros vapores ficaram lá fora vigiando a casa.
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Nos braços de uma bandida
FanfictionApós a morte de seus pais, Lívia precisa assumir uma enorme responsabilidade: o tráfico do Complexo da Rocinha. "Vivendo longe de negatividade, sendo minha própria luz..."