19

409 33 1
                                    

Pitoco 🎭

Avistei do camarote a Isadora toda soltinha na pista dançando sozinha. Comecei a lembrar da nossa época junto. Papo reto, deu mó saudade.

Enchi meu copo de whisky e energético e fui descendo pra pista. Me aproximei dela quando vi um dos vapores chegar atrás dela e a mesma dar condição. Ih, qual foi? Essa aí já tá no meu nome.

- Tá solteira morena? - ouvi o Laranjinha falar.

Pitoco: Tá comigo parceiro. - falei vendo ele se afastar.

Isadora me fuzilou com os olhos e eu não tava nem aí, foda-se. Na minha frente não. Sei que vacilei e que não temos nada, mais porra. É claro que rola sentimento. Eu e ela sabemos disso. É nossa parada!

Ela saiu indo em direção a saída do baile, fui atrás atrás dela e quando já estávamos um pouco longe da quadra eu puxei ela pelo braço.

Pitoco: Vamo conversar, porra. Vai ficar nessa birra pro resto da vida?

Isa: Não tenho o que conversar com você, me solta.- disse tentando tirar minha mão do seu pulso.

Pitoco: Caralho Isadora, o que cê quer? Me fala. - falei me aproximando dela.- Me fala que eu vou fazer de tudo pra te ter de volta, nega.

Isa: Eu só queria o seu amor. Só queria ser amada, mas você preferiu a putaria. Porque Yuri? Porque? - disse com os olhos cheios de lágrimas.

Pitoco: Por que eu não quero me machucar, caralho.

Isa: E pra isso tinha que me machucar? Me destruir? - disse com a voz embargada.

Pitoco: Vamo pra casa trocar uma idéia, pô. Aqui não é lugar nem hora Isadora. - disse olhando ao redor vendo as pessoas olharem.

Ela assentiu e eu subi de volta pra quadra buscar minha meiota. Desci voado e parei do lado dela, entreguei o capacete, ela pegou da minha mão, colocou o mesmo e se apoiou em mim subindo na moto. Desci mais algumas ruas e logo parei em frente da minha casa. Isadora desceu e eu entreguei a chave pra ela abrir a garagem. Entrei com a moto e fui em direção a porta da sala e entrei junto com ela.

Pitoco: Quer água? - disse indo pra cozinha.

Isa: Não. - disse lá da sala.

Subimos pro quarto e conversamos bastante. Isa falou o que tinha pra falar, chorou muito enquanto conversávamos. Não fazia a idéia de que tinha feito tanto mal pra ela, namoral mesmo. Me desculpei com ela por ter sido um filho da puta por tanto tempo!

Pitoco: Então é isso mermo? Tô perdoado? - ri

Isa: Sempre esteve... - falou baixinho.

Levantei ela pelo queixo e iniciei um beijo calmo, cheio de saudade. Terminei o beijo com três selinhos e deitei com ela fazendo carinho no seu cabelo.

Pitoco: Casa comigo? - falei olhando pro teto.

Tava com a maior vergonha, papo reto. Nunca tinha pedido mina nenhuma em casamento. Nem sabia como fazer essa parada irmão.

Ela levantou assustada.

Isa: QUE? - disse me olhando. - Tá falando sério? - os olhos da nega brilhavam.

Se eu soubesse que bastava duas palavras pra fazer ela a mulher mais feliz desse mundo já tinha falado a muito tempo menor!

Pitoco: Papo reto. - sorri me levantando, passei seus cabelos pra trás da orelha. - Eu amo você, namoral. Quando tu ficou com o menor Caio eu fiquei malzão. - puxei ela fazendo a mesma deitar em cima do meu peito.

Isa: Desculpa. - me olhou

Pitoco: Esquece, é passado pô. - fiz carinho no seu cabelo.

Ficamos por mais alguns minutos conversando até pegarmos no sono.

Nos braços de uma bandidaOnde histórias criam vida. Descubra agora