meu namorado;

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O dia começou bastante interessante para Shouto, que quase não trabalhou. Ele passou o dia conversando com Melissa e até mesmo teve o (des)prazer de conhecer dois de seus funcionários que pareceram bastante interessados na empresa. Shouto estava de bom humor, então aproveitou aquele humor para liberar todos mais cedo, ele voltou para casa com um sorriso em seus lábios e decidiu não dar trabalho aos seus empregados. Ele mesmo limpou seu escritório e organizou seus livros.

Às seis horas ele desceu para se encontrar com Amélia, na sala de estar. Midoriya chegou na mesma hora, ele não falou absolutamente nada quando surgiu na porta, isso não surpreendeu o bicolor, que havia educado seus funcionários e os ensinado a ficarem em silêncio até que alguém os desse permissão para falar. Aquilo era uma regra terrível, mas seus pais nunca gostaram que pessoas da classe "inferior" falassem ou pensassem que tinham liberdade.

— Boa noite. — Shouto disse enquanto tentava soar gentil. Midoriya o ignorou e passou por ele feito um furacão. Tudo o que se pôde ouvir vindo do andar de cima foi a porta do quarto do esverdeado batendo com força.

— O que houve? — Amélia questionou com o cenho franzido. Ela lia uma revista sobre fofoca de famosos enquanto tomava chá.

— Suponho que alguém chegou de mal humor — ele respondeu de um modo lento e despreocupado. — O jantar está pronto?

— Não sei, pergunte à Kevin. Não estou sendo paga o suficiente para ficar te bajulando.

— 20.000 ainda é pouco para você? Oh, você sabe que irá ficar com minha herança quando meus parentes me matarem, não seja tão fria comigo. — Ele respondeu enquanto esboçava um sorriso cínico.

Amélia apenas revirou os seus olhos e suspirou, ela voltou sua atenção para a revista, mas acabou dando olhada na escada que levava ao segundo andar.

— Você sabe o que aconteceu com ele?

— I should?

Amélia o fitou, dessa vez com a sobrancelha arqueada. Ela repetiu o que ele disse, só que com uma voz de deboche e ironia.

— Todoroki Shouto, você é um daddy, deveria ser mais amoroso com os seus baby's e prestar atenção no que eles sentem. — Ela foi objetiva. — Levante esse seu rabo branco e vá descobrir o que aconteceu com o Midoriya.

— Não.

— Eu vou te dar dois minutos.

Shouto não levantou da cadeira. Ele olhou para o seu relógio e depois para Amélia, que sorria cínica. Ele não podia deixar com que ela mandasse nele, mas ela tinha esse poder. Amélia não era uma simples funcionária, ela era a Amélia. E qualquer pessoa naquela casa preferia tomar um tiro do que desafiar aquela mulher ou contrariá-la.

O bicolor soltou um suspiro pesado e levantou do sofá, ele caminhou até às escadas e as subiu com pressa, assim chegando na porta do quarto de Izuku. Ele se preparou para bater na madeira, mas nem precisou, pois seu submisso a abriu rapidamente e o encarou.

— Oi — disse Izuku.

— Oi.

Eles ficaram se encarando por alguns segundos. Shouto observou seu submisso com um pouco mais de atenção, ele notou que os olhos do menor estavam vermelhos e seus olhos inchados. Ele estava chorando.  Seus cachos estavam levemente molhados, provavelmente ele havia tomado banho.

— Podemos transar? — Midoriya perguntou lentamente, seus olhos estavam marejados. Shouto achou aquilo um pouco estranho e levantou uma sobrancelha, seus lábios se retorceram em um sorriso de escárnio.

sugar daddy; tododekuOnde histórias criam vida. Descubra agora