alguém do passado;

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Izuku havia informado ao seu noivo sobre a festa de Ochako, e o britânico concordou em ir junto a ele porque Kaminari estaria lá. E ele precisava ficar atento. Midoriya não se prolongou sobre o porquê aquilo tudo era babaquice, ele deixou com que seu noivo fosse, mesmo ainda estando sob observação.

— Tudo bem, não vou beber, vou ficar de olho em você para que você não piore — Midoriya comentou, ele pegou algumas mochilas e arrumou as roupas de ambos.

— Você está muito preocupado comigo, vou ficar bem. Você pode beber, eu que vou dirigir mesmo — Todoroki comentou um tanto irritado com a situação em si. Ele odiava a forma com que seu noivo estava o tratando.

Óbvio, ele havia tomado um tiro, mas não estava tão debilitado assim. Izuku não respondeu, ele ajeitou as roupas de ambos e pôs tudo o que fosse necessário ali dentro das mochilas, toalhas, desodorantes, roupas, tudo o que fosse vir a calhar.

— Ah é, podemos passar no mercado? Precisamos levar carne e cerveja — Mid disse, de repente ele parou o que estava fazendo e olhou sobre o seu ombro, assim olhando para o bicolor que estava sentado na cama, o observando. — Vamos na sua Lamborghini? Você vai dirigir?

— Sim. Eu falei isso.

Izuku suspirou pesadamente e voltou a arrumar a bolsa.

— Não podemos ir em outro carro que tenha piloto automático? Você vai adoecer se dirigir.

— Porque você odeia tanto o meu carro? Ele é o meu bebê — o bicolor fez bico

— Pensei que eu fosse o seu bebê.

O fato era que Izuku não estava tão preocupado com o machucado, mas sim com o que iriam falar sobre ele. Como um cara comum vai da água pro vinho em um mês? Como que ele conquistou um cara rico? Às vezes nós nos iludimos pensando que as pessoas não se importam com nossa vida, mas a verdade é que elas se importam, e muito.

É claro que ele não deveria se preocupar, Shouto era o seu noivo, então eles podiam compartilhar carros, mas algo ainda o preocupava.

— Estou preocupado porque as pessoas falam bastante, nunca gostei disso. Eu fico bem... desconfortável quando falam sobre mim — o menor murmurou e fechou o zíper da bolsa, ele levantou e voltou seu olhar ao bicolor.

— Eu sei que fica. Gosto de te observar, por isso notei que ontem você estava desconfortável com a sua mãe. Mesmo você tentando esconder, era bem notável. Sweetheart, deixe com que as pessoas falem, não dê ouvidos a elas — Todoroki respondeu gentil e deu tapinhas no espaço vago ao seu lado. Izuku se aproximou lentamente e sentou próximo ao seu homem. — Não se preocupe sobre isso, entendido?

— Às vezes parece que somos dois inseguros que estão fazendo o possível para darem certo. Obrigado por cuidar de mim, Daddy. Eu amo você — ele sorriu enquanto encostava sua cabeça no ombro do maior, que também sorriu corado com aquilo. — Você está bem para ir? Caso se sinta desconfortável é só me falar, okay?

— Está tudo bem. Vamos logo — Shouto murmurou enquanto suspirava exausto. Ambos se levantaram da cama, pegaram as coisas e saíram do cômodo onde estavam. O bicolor pegou as chaves de seu carro e saiu da casa junto a Izuku.

O tempo estava agradável, haviam algumas nuvens no céu e nenhum sinal de chuva. O que era algo ótimo.

O carro do bicolor estava um pouco empoeirado e isso deu espaço para que as crianças da rua usassem os vidros como um tipo de quadro branco. Várias carinhas felizes e frases do tipo "me lave!" Decoravam os vidros do automóvel. Pelo visto, os pirralhos da rua realmente não perdoavam um descuido.

Todoroki xingou em inglês aquele infortúnio enquanto Midoriya ria baixinho com aquilo. De fato, aquilo era algo bem comum no Brasil, também era algo que o bilionário deveria se acostumar o mais breve possível, tendo em vista que ele não voltaria para o seu país de origem tão cedo.
O casal entrou no carro e o bicolor pôs as informações do local no GPS. Izuku ficou apenas olhando, um pouco encantando com a tecnologia que tinha naquele veículo.

sugar daddy; tododekuOnde histórias criam vida. Descubra agora