sugar daddy; tododeku

baile, daddys & beijos;

O horário da festa havia chegado e Midoriya estava tão nervoso que sentia que quando chegasse no local ia se cagar inteiro.

Era a sua primeira vez numa festa da "realeza" com pessoas absurdamente ricas. Ele não estava preparado para aquilo.

Shoto estava com um terno preto e uma máscara da mesma cor, mas com detalhes prateados. Ele usava um relógio de ouro que refletia em seu pulso. O Daddy não parecia animado para comparecer ao evento, só que não desistiu de ir.

Midoriya, por sua vez, estava usando um terno branco, sua máscara era da mesma cor e possuía detalhes dourados, ele tinha um relógio prateado em seu pulso e usava seu colar que Shouto lhe dera. Seu cabelo havia sido finalizado com bastante luta e estava cacheado e cheiroso.

Os dois estavam no carro, compartilhando do silêncio ansioso que aos poucos crescia e parecia estar prestes a explodir. Izuku sentia que algo estava pronto para dar errado, que eles acabariam batendo o carro, explodindo a mansão, ou qualquer coisa que estragasse aquela noite.

— Izuku — Shouto o chamou, sua expressão não era uma das melhores. — Escute, lá terá muitos homens que trabalham como sugar daddy, e você é um baby jovem e bonito, isso pode chamar bastante atenção. Então não saia do meu lado. Não fale com estranhos, não aceite bebidas e nem dê liberdade.

— Isso é ciúmes?

— Não, é um aviso anti-estupro. Esses homens não se importam com o seu prazer, apenas com o prazer deles. Se você acabar dando liberdade vai fazer com que eles achem que está tudo bem te levar para o quarto e transar com você o resto da festa — ele continuou.

— Não posso nem dançar com outros caras?

— Não. Estou te alertando de antemão porque você é ingênuo e se impressiona facilmente.

Izuku se sentiu levemente ofendido, mas não ignorou aquele aviso. Sua ansiedade também não sumiu, mas fora substituída pelo medo de acabar sendo violado por um idoso. Ele estava preparado para grudar em seu chefe feito um chiclete ressecado.

A viagem demorou longos minutos, o cenário começou a mudar e quando o esverdeado se deu conta já estava em uma estrada sinuosa fechada por árvores altas. O farfalhar das folhas e o barulho das corujas pareciam um aviso de mau agouro. Izuku chegou a conclusão que se morresse ali ninguém iria os encontrar. Um enorme portão de ferro surgiu em frente ao carro e se abriu para possibilitar a entrada do veículo. O motorista seguiu até chegar na entrada da mansão.

O casal saiu carro e Izuku sentiu-se totalmente abobado com tudo. Haviam muitos canteiros com rosas e uma fonte colorida por leds. Parecia um lugar de época.

— Vamos? — Todoroki disse repentinamente e estendeu seu braço, Izuku, que ainda estava levemente atordoado, pegou no braço e foi levado até a escada balaustrada.

Eles subiram e juntos chegaram a um salão enorme, onde pessoas riam e conversavam. Metade dos convidados eram homens, enquanto uma pouca parcela eram mulheres. Se Izuku não houvesse vendido sua liberdade com certeza flertaria com todas as mulheres.

Shouto os guiou até um salão na esquerda, eles entraram na primeira sala à direita e encontraram um lugar escuro, que também era iluminado por luzes de festa. Lá dentro estava lotado, então eles precisaram se espremer para conseguir entrar. Mais ao fundo havia um barzinho e algumas mesas confortáveis, ao fundo tocava alguma música eletrônica — e isso surpreendeu o esverdeado, que estava esperando ouvir música clássica o resto da noite.

Todos dançavam ou se beijavam loucamente. Aquilo parecia mais uma balada do que uma festa com ricos conservadores que traem a esposa.

— Acho que não vamos dançar valsa — Midoriya notou e Todoroki suspirou e levou ambos até uma mesinha.