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A quinta-feira não foi nenhum pouco animada. Izuku havia ficado em seu quarto e Shouto desapareceu na mansão. Izuku também não quis papo com seu chefe, pois estava exausto de tentar achar uma explicação para aquela relação, que era estranha mas também estava evoluindo, só que ao mesmo tempo retrocedia. E isso era extremamente irritante.

Na sexta-feira, todos pareceram estar felizes. Izuku acordou tarde e se encontrou com Amélia, que estava com roupas casuais, ou seja, um vestidinho rosa de margaridas que combinava perfeitamente com Amélia. O tempo estava quente, mas ninguém parecia ligar porque a casa ficava com o ar condicionado ligado o tempo inteiro. E por isso Midoriya ficou na sala, assistindo filmes enquanto comia um pote de sorvete.

A diversão acabou às três, quando Shouto retornou mais cedo do trabalho e estragou o dia perfeito que Izuku havia planejado.

— Ei! Daddy! Ei! — Midoriya chamou e saltou do sofá, assim seguindo o seu Daddy pelas escadas. — O que você tá fazendo em casa tão cedo? Daddy!

Shouto virou seu corpo para trás e olhou furiosamente para Izuku, que congelou onde estava.

— Izuku, escute — o bicolor puxou sua gravata pro lado e rapidamente desabotoou sua blusa, Izuku abriu um sorrisinho. — Eu sou dono de uma empresa, eu posso decidir o horário que chego e que saio. O tempo está uma... Uma... Droga! E se você continuar me enchendo o saco saiba que meu humor vai piorar.

— Seu grosso — Midoriya resmungou.

Shouto abriu seus lábios minimamente e arqueou uma sobrancelha. Ele apoiou seu antebraço na parede, se inclinou para frente e olhou no fundo dos olhos de Izuku.

— Grosso mesmo é o meu-

— Shouto — Amélia interferiu na possível briga e caminhou lentamente até eles. — Seu pai quer falar contigo, ele ligará novamente dentro de uma hora.

— Deixe tocar. Não quero atender, não quero que meu dia piore.  — O bicolor foi objetivo e penteou seus cabelos para trás. Seus olhos heterocromáticos se voltaram a Midoriya, que sentiu-se bastante perturbado quando viu Shouto sorrir. — Você disse que iria sair hoje, correto?

— É, vou pagar umas contas.

— Ótimo! Vou contigo! Nos vemos daqui a pouco — Shouto respondeu rapidamente e deu às costas.

Izuku tentou entender o que estava acontecendo, mas falhou. Sua atenção se voltou à Amélia, que parecia totalmente enfurecida e contrariada.

— Esse homem, eu não sei o que se passa nessa cabecinha de vento dele — Amélia resmungou estressada e deu às costas. Ela marchou de volta à sala e deixou Midoriya sozinho, tentando entender o que havia acabado de acontecer ali.

E Shouto, por sua vez, não demorou em seu quarto. Ele tomou um banho relaxante e vestiu roupas leves, assim se encontrando com Izuku na sala e indo diretamente até à portaria, onde um carro já os esperava para levá-los para se lá sabe onde.

Havia uma única coisa que fazia Izuku gostar de sua vida de sugar baby, e dar o cu não era uma delas. Ele amava a carona grátis que sempre ganhava, a comida extremamente deliciosa e as fofocas edificantes que ouvia de Amélia. Ele sentia-se rico, mesmo não sendo. Todoroki não parecia se importar, o que já era uma reação esperada, afinal, ele havia nascido em berço de ouro. Pessoas ricas nunca davam valor ao que tinham e pareciam sentir tesão em gastar sua grana com bobagens.

O carro em que eles estavam parou em frente ao restaurante onde Izuku trabalhava. Eles desceram e marcaram de se reencontrarem ali novamente. Shouto quase desmaiou quando descobriu que teria que andar por minutos, em um calor absurdamente tenebroso para chegar numa lotérica (que provavelmente estaria lotada.) Para ele, seria muito mais fácil mandar um de seus lacaios irem pagar a conta do que ter que fazer isso pessoalmente.

sugar daddy; tododekuOnde histórias criam vida. Descubra agora