almas gêmeas;

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O mês passou bem lento para o casal. Izuku cuidou de seu homem por todo esse tempo e o deu todo o carinho necessário. O único evento que os fez sair de casa fora o Carnaval, onde o esverdeado levou seu britânico de estimação para comemorar de uma forma bem brasileira.

Eles convidaram Amélia e Melissa, que aceitaram viajar e se divertiram. As mesmas também tiveram que aguentar ver o casal trocando beijos em cada parada daquela viagem. Talvez aquela houvesse sido a primeira vez que Midoriya beijou um homem em público, o que foi algo novo.

Amélia havia ficado interessada no guia turístico, mas Shouto estragou tudo quando chamou a mulher de "mamãe" e quase rosnou para o guia turístico. Aquilo rendeu boas risadas e um sermão de Lia.

O carnaval e o mês de março passaram voando, assim chegando em abril, início das aulas da faculdade de ciência linguista, ou como conhecido popularmente, Letras. Shouto se recuperou e começou a se exercitar com observação médica, agora ele havia melhorado e já conseguia fazer tudo sozinho.

Mas essa era a parte ruim. Izuku havia se acostumado a mimar seu noivo e ficar falando com voz de bebê, mas agora ele havia voltado a ser um homem independente, que tinha um trabalho e uma vida. E não tinha mais um dodói.

As chuvas e trovões se tornaram algo comum, mas isso não impediu Izuku de preparar uma surpresa inesquecível para o seu homem.

Aquele dia não estava diferente dos outros. A chuva forte caía no telhado e deixava a casa escura e bastante fria. Shouto havia ficado em casa pela parte da manhã, pois a própria instituição cancelou as aulas para a segurança dos alunos, e Izuku aproveitou para ficar abraçado com seu homem, dando beijinhos na bochecha dele.

Na verdade, isso é o que deveria ter acontecido, mas a realidade foi bastante dolorosa. Todoroki Shouto passou a manhã trancado em seu escritório, trabalhando. Izuku ficou na cama, abraçado com Lúcifer e assistindo série. É claro que casar-se com um rico muito influente na cidade tinha os seus prós e seus contras, e não ter a presença de seu noivo metade do dia era um contra.

Mas o caso era, Shouto realmente deveria trabalhar no sábado? Se sim, por quê? Ministrar aulas era a sua paixão, mas ninguém deveria trabalhar nos sábados. E além do mais, ninguém deveria sair de casa na chuva para ir em uma reunião na universidade à tarde.

Izuku se sentiu totalmente abandonado, mas aguentou aquela sensação, por que aquela era o mal de estar casado com um gostoso inteligente.

— Dias de chuva são terríveis, você não acha? — Cheryl disse repentinamente, sua voz amarga fez com que o esverdeado voltasse à terra. — Está com saudades do patrão?

— O quê? Eu não — Midoriya respondeu corado. Ele não queria admitir que realmente estava com saudades de seu homem.

— Sr. Todoroki, você realmente o ama, não é? Faria de tudo pelo... Senhor Todoroki — ela falou nenhum pouco interessada no assunto, mas aquela pergunta fez com que Izuku pensasse um pouco.

— A senhora não precisa se referir a mim como um Todoroki, Cheryl. Não sou casado com o Shouto. — Midoriya sorriu calmo.

Ainda. Você ainda não é casado com aquele bastardo — uma terceira voz surgiu na sala e os dois outros olharam para a entrada, onde Amélia estava. Ela estava ensopada, seus cabelos cacheados estavam grudados em seu rosto e um semblante assustador a tomava.

— A chuva está péssima — Cheryl observou.

— E bota péssima nisso — Amélia soltou as sacolas de supermercado no chão e tentou se arrumar. — Sério, eu vim correndo porque não tinha um guarda chuva na portaria. Tommy também está trazendo um monte de coisa. Seu noivo deixou para fazer as compras de fim de mês justo no dia em que deus mandou um dilúvio pra terra, já tinha até velho construindo uma arca de tanta chuva!

sugar daddy; tododekuOnde histórias criam vida. Descubra agora