O quarto de Noah continua do mesmo jeito, como sempre foi. Não que eu venha aqui com muita frequência, mas, pela as poucas vezes que entrei aqui, me recordo de que esse quarto é sempre do mesmo jeito. Muito bem decorado e tudo bem arrumado.
Assim que ultrapassei o batente da porta a primeira coisa que vi foram os origamis pendurados por barbantes no seu teto. Origamis de várias cores e tamanhos diferentes, mas todos em apenas duas formas, ou gatinhos, ou baleias. São representações dos seus pais, como ele já havia me dito antes.
Sorri comigo mesmo enquanto olhava o teto, assistindo eles balançarem com o vento que vinha da janela aberta.
Joguei minha mochila num canto perto da sua cama e fechei a porta atrás de mim.
Noah caminhou até sua mesa de estudos ao lado da janela e depositou sua mochila ali em cima. Demorou mais do que o necessário para se virar e então, sorrir pra mim com aqueles olhos brilhantes e lindos.
Ficamos nos encarando, nenhum dos dois com intenção alguma de desviar o olhar do outro, mas ao mesmo tempo receosos em abrir a boca e falar alguma coisa.
Que tensão é essa toda? Por que eu sinto que ele está meio...desconfortável comigo aqui? Não gosto disso.
ㅡ Então, está com fome?
Pisquei lentamente na sua direção e sorri, mas neguei apressado com a cabeça.
ㅡ Comi bastante na feira de talentos. Tô cheio de doces dentro de mim.
ㅡ Diabetes lá no alto.ㅡ ele comentou, rindo baixinho.
E eu ri junto, pois ele acabou de fazer uma brincadeira comigo com um comentário engraçado, e isso nunca tinha acontecido antes.
Rimos juntos por um tempo, então ele se recompos e mordeu o lábio inferior, saindo de onde estava e se sentando na sua cama.
O mais incrível foi ele dando dois tapinhas no colchão ao seu lado, como se estivesse me chamando, me convidando a sentar ao seu lado.
Ele está estranho. Está mais...receptivo, mais aberto comigo. Parece muito mais confortável na minha companhia, e não nervoso como sempre fica. Ainda não descobri se isso é bom ou ruim.
Me apressei a me sentar ao seu lado quando ele deu mais batidas ao seu lado, já que eu hesitei de primeira.
ㅡ Eu...
Virei meu olhar para o seu, e ele estava de cabeça baixa, fitando suas mãos unidas em cima do seu colo.
ㅡ É que...
Franzi o cenho e me aproximei mais, juntando nossas coxas e tocando seu ombro de leve. Ele se sobressaltou e me encarou. Lhe lancei um sorriso reconfortante, o incentivando a continuar a falar o que estava dizendo.
Ele expirou com força, então soltou o ar pela boca e fechou os olhos. Segundos depois, os abriu e me olhou com mais nada além de determinação.
Então, proferiu:
ㅡ Eu gostei do que fizemos lá no colégio.
Minha expressão deve ter transparecido bem a minha confusão.
ㅡ Do que fizemos..?ㅡ indaguei, buscando na minha memória tudo o que rolou nesse dia. Quando enfim me toquei sobre o que ele falava, abri a boca num perfeito "o" e assenti com a cabeça repetidas vezes.ㅡ Está falando dos amassos que a gente deu na despensa?
Seu rosto inteiro ficou vermelho na hora. Mas por incrível que pareça, ele não desviou o olhar do meu, nem abaixou a cabeça como sempre faz quando fica com vergonha. Tudo o que ele fez foi balançar a cabeça pra cima e pra baixo, numa afirmação lenta.
ㅡ Certo.ㅡ o respondi, sorrindo devagar.
Desviei o olhar do seu e fitei os origamis acima das nossas cabeças, balançando e girando juntos.
Senti sua mão pousar na minha que estava em cima da minha coxa e voltei minha atenção total para ele. Depois desci meu olhar e encarei seus dedos se enroscarem nos meus com delicadeza. Virei minha mão aberta pra cima e entrelaçei nossas mãos de uma vez, sentindo sua pele quentinha e macia.
Mas foi quando vi uma movimentação de soslaio e, de repente, um beijo sendo depositado na minha bochecha com pressa, que eu arregalei os olhos e o fitei de novo.
Noah ainda estava completamente vermelho, mas um sorrisinho pequeno adornava seus lábios.
ㅡ O q-que...
Ele soltou uma risadinha fraca com a minha confusão, adorando me ver todo desconcertado nesse momento.
Não foi o beijo em si que me deixou mexido, e sim o ato. Foi ele quem se aproximou de mim e me beijou. Foi ele quem pegou na minha mão e entrelaçou na sua. Foi ele quem tomou a iniciativa, e é exatamente por isso que fiquei cabulado. Meu Deus, eu adoro ele.
O vi morder o lábio inferior com força e me encarar esperançoso, como quem espera uma reação minha.
Certo. Então eu irei reagir. Mas do meu jeito.
ㅡ Não morda a porra desse lábio desse jeito leãozinho...ㅡ sussurrei, o vendo arregalar os olhos e engolir a seco.
Mas nem dei tempo pra ele reagir mais, porque logo me vi avançando sobre si e capturando seu lábio inferior com meus dentes e chupando ele com força, ouvindo ele soltar um som esganiçado do fundo da garganta, mas não me afastar nem um pouco.
Me aproximei mais do seu corpo e levei a outra mão livre até os seus ombros, o forçando a abrir a boca e enfiando minha língua dentro dela, o beijando com necessidade. Em poucos segundos ele conseguiu se recompor e retribuiu o beijo, me deixando quase que devorá-lo por inteiro.
Todos os pensamentos impuros que eu estava tendo com ele lá embaixo na sua sala de estar estão voltando com tudo agora, e isso só me fez ansiar por mais dele. Então quando soltei nossas mãos entrelaçadas e o empurrei com meu próprio corpo o dele para trás, o forçando a deitar de costas no colchão e subindo em cima do seu corpo, sem parar o ósculo, me fez soltar um gemido fraco contra sua boca e ouvir um suspiro longo da boca dele.
Enfiei minha perna entre as suas abertas e desci minha mão até sua cintura, dando um aperto forte e o sentindo arquear a coluna pra cima, na minha direção, fazendo nossos corpos se juntarem mais ainda e o beijo ficando mais intenso a cada segundo.
Foi quando eu ouvi um gemido sair do fundo da sua garganta e, logo em seguida, suas mãos descerem pelo os meus braços e pararem na barra da minha camisa, ameaçando levantar ela, que eu finalmente me toquei do que estava acontecendo aqui, tão de repente e com tanta pressa.
Então eu me forçei a me afastar de si, mesmo ansiando pra colar mais ainda nossos corpos. Isso está indo longe demais, está errado. Não quero que ele se arrependa de nada quando se tocar do que estamos fazendo.
Quando eu ia fazer menção de levantar de cima de si e parar com tudo o que estávamos fazendo, ele fez o contrário. Noah prensou suas pernas ao redor da minha cintura e apertou, me impedindo de sair daqui. Em seguida, levou seus braços ao redor do meu pescoço e puxou meu rosto de encontro ao seu, fazendo nossas bocas se roçarem de leve.
Por fim, quando eu ia relutar, ele soltou baixinho e aos suspiros contra a minha boca:
ㅡ Por favor. Não pare...por favor...continue.
.
.
.volteikk
mais uma vez, a escola me ferrando nesse aplicativo 😔
as aulas presenciais estão um saco de cansativa e acabo ficando sem tempo para postar.
vocês devem estar de saco cheio de tanto esperar, e eu entendo. mas à vocês que continuam aqui, lendo e esperando pelos capítulos, eu agradeço muito, são vocês que me fazem tirar esse tempinho para vir aqui e atualizar essa fanfic que eu amo, vou tentar deixar ela mais ativa para vocês não desistirem dela, ok? ❤beijos e até a próxima! ♡
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐓𝐡𝐞 𝐛𝐨𝐲 𝐨𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐫𝐢𝐝𝐠𝐞 ⁿᵒˢʰ [PAUSADA]
Fiksi PenggemarQuando você se depara com uma pessoa em pé em cima de uma ponte, numa plena madrugada, prestes a se jogar dela, o que você faria? Ignora? Ajuda? Foi por essa situação pela qual Josh passou. E ele está convicto de que irá ajudar aquela pessoa, cust...