CAPÍTULO 57

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Miguel



Tentei dormir mas nada de novidade, fiquei como um zumbi acordado... minha mente não aguenta mais pensar em nada, é como se ela estivesse tão cheia que parece está vazia.


Estou tomando café na cozinha e sinto uma presença atrás de mim... e óbvio é a Maya.



- Bom dia - falo e ela fica em pé do meu lado.



- A gente pode conversar?



- Pode sim, senta aqui - falo batendo na minha perna.



- Eu queria te pedir desculpa, ontem eu fui muito egoísta e infantil... eu anulei sua dor e so olhei pra mim, eu sei o quanto você está sofrendo com tudo isso e assustado, e eu sei que você é mais delicado que eu... que não grita ou endeioda e coloca a raiva e frustrações todas pra fora.
Eu te entendo, na verdade demorei alguns anos pra entender... mas eu so queria te pedir desculpas por está de cabeça cheia ontem e agir daquela forma, e que te amo muito.



- Eu sei meu amor, eu também estava de cabeça quente ... mesmo que não pareça - ela sorrir - nossa vida está uma loucura e eu consigo te entender, mas vamos conseguir resolver isso e ser feliz juntos e ter quem sabe uns dez filhos por ai, e passamos anos lutando por a gente e não vai ser esses povo maluco querendo me matar que vai nos separar... eu te amo como um maluco e você sabe disso - ela sorrir e me dar um selinho.



- Obrigado - ela começa me encher de beijo, e ela sempre faz isso quando está feliz - o que você vai fazer agora em?



- Eu vou la no hospital ver como eles estão e depois não sei.


- Você sabe onde eles estão?



- Sim, o Thiago me informou pra onde levaram eles.



- Você quer que eu va com você?



- Não precisa, o Christian vai ficar aqui com vocês e um dos homens dele vai comigo.



- Porque ele não vai com você?



- Eu confio nele e prefiro que ele fique com vocês.


- A Isa vem pra ca hoje.



- Ta certo, eu vou tomar banho e ir la ta certo?



- Ta bom, te amo e cuidado.



Estou a caminho do hospital e super nervoso...


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- Como ela está? - pergunto pro médico.



- Não está nada bem, ela teve uma hemorragia intensa após o parto.



- Ela vai ficar bem?



- Ainda não podemos afirmar isso senhor, mas sempre temos esperança.



- E o bebê? Como ele está?



- Ah esse está ótimo, so precisa ganhar um pouquinho de peso, mais ja ira ganhar alta.



- Claro que sim, vamos.



Quando entramos no berçário vejo uma coisinha pequena... tão inocente, tão vulnerável, nem parece ser filho daquela louca.
Eu não tive a oportunidade de pegar a Sófia assim que ela nasceu, e ver meu filho assim pequeninho na minha frente é muito emocionante.



- Agora você não pode pegar ele ainda, mas a senhorita Caroline quer falar com o senhor.

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- O que você quer Carol? - ela está toda cheia de aparelhos.


- Cuida do meu filho, minha vó vai querer ficar com ele... se ela procurar você, der ele pra ela porfavor.



- Você vai cuidar dele Carol, nos vamos né... o filho é nosso.


- Eu não vou conseguir Miguel, eu sei que não vou aguentar.



- Vai aguentar sim e cuidar do ...



- Théo... assim como o meu avô.



- Você vai aguentar e cuidar do Théo, você não queria tanto esse filho?



- Eu não queria, eu queria porque assim você ficaria comigo... e não deu certo né.



- Eu amo a Maya, eu sempre amei ela.



- Eu sei, infelizmente.



- E seu pai me odeia Carol, não sei o porque dessa paixão maluca por mim e eu tenho quase certeza que seu pai quer me matar.



- Meu pai nunca quis matar você, ele te odeia mesmo - vejo ela tentando dar um sorriso - mas te matar nunca.



- E quem quer me matar?



- Não é meu pai é o... - ela começa a ficar com falta de ar e o painel começa a apitar.



- Fala Carol porfavor.




- Conceição Costa - ela diz em um sussurro.


- O hospital? - assim que pergunto vários enfermeiros entram na sala.



- O senhor precisa sair - por que ninguém fala as coisas claras, so em entrelinhas.


Saio da sala e vou pro hospital Conceição Costa pra entender o que ela quis dizer com isso... esse hospital fica bem distante do centro da Cidade, mas é bem renomado.



- Bom dia quem o senhor procura?



- Vocês tiveram alguma transferência ou algum paciente recente?



- Aqui é um hospital senhor, sempre tem transferências e pacientes
recentes - é claro né... o que eu iria perguntar? Eu nem sei o que estou procurando.



Me afasto do balcão e fico observando e tentando lembrar de alguma coisa qie me ligue a esse lugar.



- O senhor Antônio Bernard ja está de alta Doutor? - um enfermeiro pergunta discretamente ao médico.



- Sim, eles falaram que vinha um homem buscar ele... vou ligar pra eles e avisar.



- Não precisa, ja estou aqui - esse é o momento de colocar meu talento de mentiroso em cena.



- Você é o homem que vai levar ele? Sozinho assim?



- Eu não estou sozinho - aponto pro parceiro do Christian, ele me observa dos pés a cabeça.



- Ok, fala pro seu chefe que quero meu dinheiro o quanto antes, se não ele ja sabe.



- Pode deixar doutor.



Finalmente tivemos a autorização de entrar no quarto.



- Miguel? - ele Pergunta e faço sinal de silêncio com os dedos.



- Vamos, precisamos ir.



- O que você está fazendo aqui? - ele pergunta susurando.



- Eu também não sei, adianta e vamos embora logo.



Conseguimos sair daquele hospital e estamos indo em direção a minha casa.



- Você é maluco, você sabe o perigo que correu vindo aqui... como conseguiu em?



- Eu também sei usar o dom que todo homem tem ; a mentira - falo.



- É... temos mesmo, mas só os maus homens usam - ele ajeita sua roupa e reparo algo que me assusta.



- Cadê seu dedo?

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