Minhas mãos arfavam aquele tecido suave e macio debruçado sob meu corpo, meus olhos encaravam um teto branco que se iluminava com um lustre arredondado que espalhava sua luz alva sobre mim, meus pés cobertos por meias se tocavam um ao outro buscando conforto entre si, minha cabeça doía como se houvesse sido perfurada por um dos quartzos transparentes que costumava encontrar em meu antigo quintal, meus lábios pareciam ressecados, e minha mente apenas se perdia nos medíocres detalhes daquele lugar.
Sabia onde estava, havia reconhecido no momento exato em que abri os olhos, dessa vez não houve um momento de delírio ilusório de pensar que estava sendo engolido por luzes incandescentes do céu. Ainda não havia sido morto, estava apenas jogado sobre a cama de Sebastian, e isso significava dizer que minha fuga anterior havia falhado.
– "Que surpresa." – Disse a mim mesmo.
Tendo consciência disso meu corpo se recusava a agir, não havia sentido em levantar, em me mexer, ou respirar. Só desejava ficar ali, olhando para o teto níveo. Para sempre.
– Você acordou. – Pude perceber em seu modo de falar que aquilo não era uma pergunta, mas mesmo se fosse eu também não teria respondido. – Me desculpe. – Sebastian se deitou ao meu lado.
Senti seu braço sendo jogado sobre minha barriga, e sua perna acima das minhas, ele me abraçou com delicadeza, me aconchegando em seus braços. Sua respiração próxima ao meu ouvido, assim como seus lábios.
– Não devia ter feito aquilo... – Eu continuava a ouvir, sem vontade de reagir.
– Entendo você estar bravo comigo, acabei me descontrolando. Perdi o controle quando lhe vi na porta, e você... Você às vezes é realmente difícil, Alec. Fiz de tudo para essa noite ser boa, e a sua única intenção era usá-la para me deixar. Mesmo sabendo das chaves meio que torcia para você não busca-las, e mesmo quando eu soube que as pegou, tive certa esperança de você desistir de usá-las após o jantar. – Podia sentir seu perfume intenso novamente, tão próximo a mim. – E acredito que ambos nos descontrolamos essa noite, mas...
Antes que ele continuasse a falar simplesmente virei meu rosto em sua direção, nossas faces se tornando extremamente próximas uma da outra, vi seus lábios rosados e seus olhos escuros e perversos me encarando, tentando parecer dóceis e não cruéis, sem seus óculos para conturbar minha visão de seu olhar. Segurei seus cabelos, eram tão macios. Toquei neles da mesma forma que havia tocado o lençol anteriormente, sentindo suas mexas deslizarem por entre meus dedos. Ele havia parado de falar.
Meus lábios encontraram os dele, e logo minha língua invadiu sua boca. Minha cabeça doía, mas minha mente parecia não importar com a dor. A língua de Sebastian não correspondia a intensidade da minha à altura, parecia confusa com o contato repentino. Empurrei seu corpo de modo que ele se deitasse de frente para o teto, sem tirar meus lábios dos seus, minhas duas mãos agarraram seu pescoço, meus dedos se controlavam para não estrangula-lo. Seus olhos ainda estavam abertos, tão confusos quanto sua língua.
– Você está machucado, é arriscado... – Novamente não deixei ele concluir sua frase.
Minhas mãos desceram até sua cintura, abrindo seu cinto, depois desabotoando sua calça, puxando seu zíper, e então invadindo sua cueca, sentindo seu membro apático largado ao lado esquerdo, que mesmo naquela circunstancia parecia ser grande demais para minha mão conseguir segura-lo por inteiro. Sua língua pareceu finalmente ganhar vida, e passou a brincar com a minha. Seus lábios macios umedeciam os meus, suas mãos foram para trás do meu corpo e seguraram meu quadril com força, logo em seguida invadindo a parte de dentro de minha roupa.
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BABY, ME CHAME DE MESTRE
RomanceAlec Sutcliff é um típico garoto do ensino médio, tomado por inseguranças e traumas advindos do passado, que acabará de se mudar para uma nova cidade. Durante uma noite, voltando de um encontro com seus novos amigos, Alec é abordado por um desconhec...