-10- A MULHER NO BANCO DE TRÁS

1.5K 123 41
                                    

– Me chamo Tom, e esse é o...

– Jerry? – Jenny perguntou, rindo.

– Não. – Sebastian riu simpaticamente para ela. – David.

– Prazer, Tom e David. Vocês não imaginam o quanto me ajudaram me tirando dali. Sério, as pessoas simplesmente não paravam o carro.

– É difícil você conseguir que alguém pare por aqui, normalmente as pessoas têm receio que estejam dando carona para algum maníaco.

– Podem ficar tranquilos, que eu juro que não sou um. – Ela gargalhou animadamente. – E então... vocês estavam fazendo um passeio entre pai e filho?

– Você acha que ele é meu filho? – Sebastian perguntou olhando pelo retrovisor, enquanto eu olhava para ele.

– Meu Deus! Me desculpe. Eu sou muito intrometida. – Ela voltou a gargalhar. Parecia rir até mesmo pelo fato do ponteiro de velocidade aumentar.

– Tudo bem. Acho que qualquer um pensaria que o David é meu filho, ele parece ser bem novo mesmo. – Sebastian olhou para mim e sorriu, eu ainda me sentia estático.

– Nossa... agora que notei, seu rosto não me é incomum. Acho que já te vi em algum lugar. – Ouvi Jenny dizer quando virei meu rosto para ela. Talvez estivesse certo a respeito dos cartazes

Sebastian me encarou e acelerou o carro e então tudo em minha volta aconteceu como em um sonho.

Soltei meu cinto de segurança e me joguei em cima do volante o virando para todos os lados ao mesmo tempo, ouvi Jenny gritar no banco de trás, e Sebastian rosnar. O carro foi parado bruscamente, deslizando na estrada, o barulho alto do pneu derrapando foi extremamente alto devido a velocidade do carro, senti ele girar na pista e então parar.

– Meu nome é Alec! Ele me sequestrou! – Eu gritava enquanto batia em Sebastian e ele se protegia com suas mãos, depois me joguei de volta em meu banco para abrir a porta, mas ela não se abriu, mesmo com toda a minha força sendo direcionada as minhas mãos. Estava travada.

Virei meu rosto de volta para ele, me sentindo desolado e sabendo que aquele seria meu fim, seu braço estava esticado e em sua mão a arma engatilhada apontava para alguém, mas esse alguém não era eu.

– Se você continuar com esse seu chilique eu atirarei na cabeça dela e farei você limpar cada gota de sangue que jorrar nesse carro.

Jenny estava paralisada, sem dizer nada, e com os olhos arregalados olhando para a ponta da arma apontada para o meio de sua testa.

– Não atire, por favor. Me desculpe, Sebastian. Me desculpe! – Comecei a falar desesperadamente, com medo de que ele realmente atirasse.

– Você! Senta lá no fundo. – Ele me encarou parecendo estar tomado por ódio e decepção. – E você! Vai dirigir. – Se virou para Jenny.

Sebastian retirou a chave da ignição e saiu do carro, dando a volta nele.

– O que faremos? – Jenny perguntou sussurrando, sem mexer qualquer outra parte do seu corpo que não fossem seus lábios, enquanto olhávamos Sebastian caminhar em volta do carro. Lagrimas já escorriam pelo seu rosto.

– Não sei, mas estamos em maioria, precisamos pensar e agir com cautela dessa vez. – Também sussurrei.

– Chega de conversa. – Sebastian apareceu na porta de passageiro e se sentou ao lado de Jenny. – Não mandei você ir dirigir?

Jenny pulou para a cadeira de motorista.

– Agora vem para cá. – Ele abriu o braço para que eu me sentasse ao lado dele.

BABY, ME CHAME DE MESTREOnde histórias criam vida. Descubra agora