-24- PARABÉNS, MESTRE!

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Perdido em meus pensamentos encarava o grande quadro que havia sido colocado no centro da parede da sala de jantar, nele era possível observar um garoto sorridente, parecendo verdadeiramente feliz consigo e com a realidade ao seu redor. O garoto sentará na grama do que parecia ser um campo ou talvez um quintal, era possível ver as árvores floridas logo atrás dele. Em seu colo estava um dálmata, assim como o garoto, parecia também feliz, me perguntava se ele havia comido um enorme filé de salmão para estar tão alegre assim. Ele parecia gostar de salmão. As cores da encantadora pintura me puxavam para dentro do seu universo repleto de amarelo e violeta.

– Ainda admirando a pintura? – Sebastian apareceu carregando a sobremesa que eu havia feito naquela manhã.

– É a primeira vez que alguém me pinta.

– Desde que lhe conheci eu queria lhe pintar.

– Eu nem notei que você o estava pintando. Como eu não notei?

– Eu costumava pinta-lo quando estava no escritório. Primeiro eu fiz você, mas quando Pongo chegou aqui vocês dois criaram uma ligação muito harmoniosa. Então adicionei ele a pintura.

– Ficou simplesmente... perfeito. – Sorri para ele.

– Fico feliz em saber que consegui lhe dar um presente de aniversário apropriado. – Ele sorriu de volta.

– É incrível seu talento para pinturas. – Ainda olhava admirado para a tela.

– Obrigado, Baby! – Sorriu alegremente para mim.

– Agora que me recordo.... Você numa me falou sobre o seu aniversário.

– Ele já passou.

– E você não fez nada? – Perguntei, incrédulo. Sempre convencia meus amigos a fazerem suas festas de aniversário, mesmo que eu não gostasse da ideia de fazer festas para os meus.

– Não acho necessário.

– Que dia foi?

– 31.

– Oh, meu Deus! Não tem nem um mês. – Ele riu ao ver minha animação.

– Não.

– Quantos anos você fez?

– 38.

– Uau!

– Insinuando minha entrada para a vida senil novamente? – Sebastian questionou me encarando meticulosamente com um sorriso provocativo no rosto.

– Você será um vovô bonitinho, fique tranquilo.

– Serei? – Riu ao perguntar.

– Uhum. – Levei uma fatia de cheesecake de limão até a boca enquanto o encarava e erguia uma das sobrancelhas.

Depois que passei a me permitir ter o comportamento que Sebastian ansiava tanto para que eu tivesse, algumas coisas mudaram em nosso cotidiano, como exemplo o fato dele que ele não ia mais para o escritório todos os dias, e agora passava mais tempo trabalhando em casa, por isso tinha transformado outro quarto da casa em um escritório, assim poderia ficar diariamente e constantemente próximo a mim.

Tanto tempo em casa me fez desenvolver alguns talentos, um deles foi a criação de doces. Sebastian havia me comprado todas os utensílios existentes na cozinha de um confeiteiro, desde fuás até bicos de confeitar bolos e cupcakes. Dessa forma eu costumava passar a tarde construindo bolos, cheesecakes, cupcakes, ou seguindo qualquer receita existente nos vários livros de culinária que Sebastian havia me dado.

BABY, ME CHAME DE MESTREOnde histórias criam vida. Descubra agora