-8- SCHIZOPHRENIA, 1983

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O cheiro de hortelã vagava pelo ar, da mesma forma que as mãos de Sebastian percorriam pelo meu corpo, sentia ele se aproximando cada vez mais, enquanto seu membro continuava a me tocar por trás. Me puxou para mais perto e nossos corpos se colaram um ao outro, sentia seu quadril se movimentar, fazendo seu membro subir e descer friccionando em minha pele.

Seus braços foram para frente do meu corpo, praticamente me abraçando, e sua mão direita desceu até meu falo, Sebastian sentiu que ele estava rígido assim como o seu, e pude ouvir uma risadinha escapando de sua boca, próximo ao meu ouvido. Minha mente não queria aquilo, e se sentia estranha com a situação, mas meu corpo queria, pois ele estava a semanas sem ser tocado e dias sem se tocar.

Sebastian passou a fazer um vai e vem com sua mão em mim, enquanto me apertava com força contra seu corpo, sua mão esquerda tocou em meus lábios e dois dos seus dedos passaram a querer invadir minha boca.

– Chupa. – Ouvi ele dizer, quase sussurrando.

A abri e seus longos dedos entraram, molhados, tocando minha língua e tentando alcançar minha garganta, logo percebi que estava prestes a alcançar meu clímax se ele continuasse a me tocar daquela forma. Sebastian iria me fazer gozar. Meu sequestrador me faria gozar.

Meu sequestrador.

– Não. Não estou preparado para isso. – Disse ao retirar seus dedos de minha boca e afastar meu corpo de perto dele.

Pude ouvir Sebastian soltando um ar pesado sobre mim, ao ponto de sentir a corrente de ar tocando minha nuca. Suas mãos ainda estavam em meu corpo, eles as retirou.

– Tudo bem. Me desculpe. Entendo que você precise de tempo. Vou deixar você terminar seu banho. – Ele terminou de se enxaguar e saiu do chuveiro, ficando do lado de fora do box, com a toalha enrolada em sua cintura, aquela enorme protuberância desenhada nela, desesperada por satisfação própria.

Fechei meus olhos e deixei minha mente limpar todas as cenas que ela havia presenciado até aquele momento, passei a sentir um pouco culpado por ter me excitado por um instante com os toques de Sebastian, o homem responsável por me sequestrar, me afastar de meus familiares e amigos e me trancar em um quarto abaixo da terra. Mas tentava convencer a mim mesmo que ele apenas havia se aproveitado de uma fraqueza do meu corpo, e tinha evitado que ele continuasse. Sendo assim, poderia me auto declarar uma pessoa forte.

Quando terminei meu banho, e meu corpo conseguiu deixar sua ansiedade para trás, olhei para Sebastian esperando que me entregasse uma toalha. Ele a pegou e levou até mim, sequei meu corpo e o cobri com ela, fomos ambos para o quarto no vestirmos. Sebastian parecia ainda um pouco excitado.

– Me desculpe, é difícil me controlar vendo você assim. – Ele olhava meu corpo nu, ao perceber que notei sua excitação.

Virei meu rosto timidamente para o outro lado.

– Minha roupa? – Perguntei.

– Aquela ali. – Sebastian apontou para as roupas que eu deveria vestir. – Espere. – Disse ao me ver levando minhas mãos até elas. – Use antes. – Ele apontou para os cremes que perfumes que haviam ali.

Perfumei todo meu corpo com um dos frascos, era um aroma fresco, que me dava a sensação de ter tomado um banho frio em uma banheira cheia de ervas aromáticas. Em seguidas comecei a me vestir.

Uma camisa branca folgada de botões pretos, o tecido era leve assim como a camisa anterior que vesti na noite passada, um short preto que ia até metade das minhas coxas, um cinto que o envolvia, meias pretas que iam até meus joelhos, sapatos da mesma cor, e baixos.

BABY, ME CHAME DE MESTREOnde histórias criam vida. Descubra agora