-28- SR. MAIS QUE PERFEITO

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Os fogos de artificio espocavam no ar, se juntando as estrelas daquela noite iluminada. Taças de champagne batiam umas nas outras em brindes repletos de anseios de sucesso, dinheiro, saúde e amor. E gargalhadas se misturavam com os estouros dos fogos, cheio de alegrias e o desejo de que o próximo ano fosse ainda melhor.

– Feliz ano novo, Baby! – Sebastian me puxou para perto dele, estava belíssimo com aquele terno branco.

– Feliz ano novo, Sebs! – Segurei seu rosto e lhe dei um beijo longo e doce.

– Ai estão! Olhando daqui percebo que vocês irão ficar belíssimos em seu casamento. – Elizabeth estava parado a dois metros de nós, segurando sua taça e nos observando. – Inclusive, quando será?

– Mais sútil impossível não é mesmo? – Sebastian perguntou rindo e afastando seus lábios dos meus.

– Você sabe que eu adoro casamentos, Sebs! Dos outros. – Elizabeth piscou para mim, provavelmente se referia as histórias que havia me contado sobre os seus casamentos que terminaram em óbitos.

– Feliz ano novo, Elizabeth! – Lhe disse.

– Chega de Elizabeth, já temos intimidade suficiente para você me chamar de Liz.

– Tipo Liz Taylor?

– Sim, ela podia ter o Oscar, mas eu tenho uma bela garrafa de Dom Perignon em minha cozinha. – Liz gargalhou e nos abraçou. – Feliz ano novo, rapazes! É ótimo ter vocês aqui comigo.

– Obrigado por nos receber. – Lhe agradeci.

– Mas... na próxima semana acho melhor voltarmos para casa. – Sebastian comentou e Liz não pareceu contente.

– Ah! Você consegue ser tão estraga prazeres não é mesmo? Sebs. – Bebeu um gole do seu champagne. – Por mim vocês poderiam morar aqui comigo para sempre. Mas não irei força-los a nada. Embora eu bem que poderia. – Ela passou o dedo indicador sobre o colarinho da camisa de Sebastian.

– Acho que já é o momento de voltarmos, se Al...Angel estiver preparado. – Ele hesitou ao dizer meu nome, e me olhou.

– Vocês deveriam mudar daquela casa. Não é legal dormir onde uma pessoa morreu, quando meus maridos morriam eu sempre trocava de casa. Então prefiro não me casar de novo e assim não correr o risco de ter que aguentar mais uma mudança. Já pensaram em morar fora do país? Morei na Ásia por anos, é realmente um lugar incrível. Você iria gostar, Angel.

– Acho que uma mudança assim é meio radical não? – Questionei timidamente.

– A vida só vale a pena se você tomar atitudes radicais, Angel. – Ela apontou a taça para mim e sorriu. – Agora me ajude a voltar ao salão e depois você volta a fazer o que estava fazendo antes de eu chegar, Sebs. – Elizabeth agarrou o braço de Sebastian e o puxou. – Acho que já bebi champagne demais, e sabe o que isso significa?

– Que você precisa dormir? – Sebastian a provocou.

– Não, bobinho. Que eu preciso de outra garrafa. – E juntos foram em direção ao salão, enquanto eu ouvia as gargalhadas de Elizabeth pelo ambiente.

Andei até as escadarias e subi, indo em direção ao quarto em que eu e Sebastian estávamos hospedados, Pongo estava cansado então o coloquei em nossa cama para dormir e resolvi dar uma olhada nele para saber se estava tudo bem. Abri a porta e ele acordou de imediato, balançando o pequeno rabinho e bocejando para mim, passei a mão sobre sua cabeça e ele a lambeu.

BABY, ME CHAME DE MESTREOnde histórias criam vida. Descubra agora