Capítulo 13

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À noite, não tinha sido fácil pra Lucero e definitivamente para Manuel também não. Eles queriam mais. Queriam matar a saudade e o desejo que os corroíam a semana. Mas com essa história de esconder dos filhos, para não confundi-los, estavam deixando os encontros as escondidas, cada vez mais difíceis e complicados. Então no dia seguinte...

Lucero levantou cedo, enviou uma mensagem para o Manuel:

"Sr. Morán,

Gostaria de almoçar comigo?

Esteja hoje, apresentável, as 14h na minha casa."

Aproveitando que os filhos estariam na casa dos primos, e querendo colocar os desejos em dia, resolveu fazer uma surpresa para o Manuel. Dispensou a Mari, e foi no salão arrumar o cabelo e fazer as unhas. Quando voltou, percebeu que a Lucerito já tinha saído e, portanto, a casa estava vazia.

Na volta pra casa, Lucero passou no seu restaurante favorito e compra uma salada e carne com batatas. Organizou a mesa, colocou o vinho e se arrumou. Decidiu colocar o colar que Manuel a presentou nos primeiros anos de casados, vestiu uma lingerie rendada e por cima, um vestido na cor salmão, se maquiou, e esperou o amor da sua vida tocar a sua porta.

Manuel chega no horário combinado, toca a campainha e espera até que a porta abre:

- UAUUUUUU! Isso tudo é pra mim? – diz Manuel impressionado e com um sorriso no rosto.

- Não, para o seu sobrinho! – responde ela rindo – Entra Manuelito.

Ele estava elegante também, com uma roupa apropriada para a ocasião e como sempre, muito perfumado. Manuel entra na casa, e quando Lucero fecha a porta, ele rapidamente dá um beijo nela, presando seu corpo contra a porta fechada.

- Que saudade! – Ela diz parando o beijo.

Manuel: Me morro para te ter em meus braços. – Dizendo isso, volta a beija-la, lento e delicadamente. Um beijo longo, cheio de saudade, com muito desejo. Ele, desliza as mãos pelo corpo dela, subindo ate a nunca onde segura a cabeça dela. Eles param o beijo recuperando o fôlego.

- Spaw, venha ver a surpresa que eu te preparei.

De mãos dadas caminham até a sala de jantar onde havia uma mesa posta e uma garrafa de vinho. Manuel parecia impressionado... a abraça por trás e agradece ao pé do ouvido dela.

- Obrigada Reinis! Está perfeito!

- Então vamos sentar. Por onde quer começar? – Diz se desvinculando do abraço de Manuel.

- Pela sobremesa – responde com a voz rouca de desejo.

Ele a puxa de volta para sí, colando os seus corpos e começa a beija-la com tesão. Ele, vai guiando a até o quarto. No caminho, ela perde os sapatos, e ele a camisa. Chegando lá ele a deita na cama, e vai deitando por cima dela. Era uma confusão de mãos.... ele começa levantar o vestido dela, e ela o impede. Gira, ficando por cima dele. Ela abre a calça dele a tira, deixando-o só de cueca. Ela volta a distribuir beijos pelo corpo dele.

De repente, ela tira debaixo do travesseiro uma algema com pelúcia, e em um movimento rápido, ela prende uma das mãos dele na cabeceira da cama.

- Lucerito, o que é isso?

- Você não queria começar pela sobremesa? Então, essa é mais uma surpresa que preparei para você. Vi em um filme.... e achei perfeito para me vingar por você ter decidido tudo da entrevista sem me consultar.

- Lucero para com isso. Me solta.

Ela sentada em cima dele, com uma perna de cada lado do quadril dele diz:

- Não. Você precisa entender que quem manda aqui sou eu. E você pertence somente a mim, e a ninguém mais, porque eu sou sua dona.

Manuel dá um sorriso de lado. Ele amava quando ela manda nele, então ele só acena a cabeça fazendo que sim.

Ela volta a beijá-lo, desce as mãos pelo corpo dele e chega ao cóz da cueca e quando ela ameaça tirar, escuta alguém tocando a campainha.

Lucero para e olha para Manuel.

A campainha volta a tocar insistentemente.

- Deve ser o porteiro, vou dispensar e já volto. – Disse levantando da cama e indo em direção a porta.

- Lucero não, me solta e vemos juntos.

Mas Lucero parece não ouvir o que Manuel disse.

- Já vooou – Grita.

A caminho da porta, Lucero confere o seu cabelo, que estava todo bagunçado. Arruma seu batom borrado. E abre a porta.

- Micho?? O que está fazendo aqui?

Seu ex namorado estava parado na porta com um buque de flores.

- Que bom que você está pronta! Eu disse para o Alex que viria as dez para as duas, mas acabei atrasando. Vamos? – Michel diz entregando as flores para ela.

Lucero achou estranho e sem entender nada, responde: - Vamos pra onde? – Ela estava em choque e completamente sem reação.

- Para de graça Lucero. Para onde mais? Para o casamento, lembra? Confirmei a nossa presença no começo do ano, quando ainda estávamos juntos, você disse que iria. Os noivos ficaram tão felizes! Obrigada por me acompanhar. Vamos, que já estamos atrasados, e isso não fica bom em um evento social, sendo você uma celebridade.

Dizendo isso, Michel começa a empurrá-la para fora da casa, guiando-a. Lucero não consegue processar a informação direito, deu um branco na mente, e se foi o avião. Tanto que perdeu a noção do que estava fazendo. Quando de repente e se lembra:

- Espera! Estou descalça. – Diz meio aflita.

Michel, entra na casa e pega as sandálias douradas que estavam jogadas na sala, e entrega nas mãos dela. Ele bloqueia a passagem dela, não permitindo que ela voltasse para a casa. Pega no braço dela e a guia até o seu carro.

Manuel, escutou uma voz masculina, mas não estava certo de quem era e não conseguiu entender o que eles estavam falando. Quando a porta bate, ele espera alguns minutos a Lucero voltar para o quarto. Despois de longos minutos que pareciam eternos, ele grita por Lucero, mas não ouve a resposta dela.

Manuel então, tenta se soltar da cama, mas é inútil.

- Droga de algemas Lucero! – Pensa – Eu achava que essas coisas eram fracas.

Manuel tenta quebrar a cabeceira da cama, a algema, tenta de todas as formas se desvencilhar, mas seu pulso começa a machucar. Ele então tem a ideia de ligar para a Lucero, ou para outra pessoa que possa socorrê-lo, mas o celular estava no bolso da calça, que Lucero jogou longe e ele não alcançava.

- Que ideia foi essa Lucero?? QUE RAIVAAA – pensava. Se eu gritar, e vierem me socorrer, vamos cair na boca do povo. Mas se eu não gritar, vou ficar aqui p sempre! – Mamuel pensava.

- Quem é será esse homem que veio aqui? Será um sequestrador? AI MEU DEUS!!! Roubaram a MINHA MULHERRRRRR! – Manuel pensava com a cabeça a mil.

- Não. – Manuel tentava se acalmar dizendo para si mesmo. O nosso condomínio é seguro. Além disso, essa voz parece conhecida.... – ZAS! Cai a ficha de Manuel.

- Só pode ter sido o Michel?? – Pensa com os ciúmes o corroendo. Aquele Filho da mãe! Só pode ser ele! Ele é conhecido e o porteiro não avisou. Esse desgraçado não vai roubar a minha mulher de novo não. FODA-SE, que o mundo inteiro saiba que ela é minha mulher e que a gente voltou.

- SOCORROOOOOO!!! – Manuel gritou, mas ninguém o escutou.

Manuel passou muito tempo gritando, até que desistiu e acabou pegando no sono.

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