Capítulo 20

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Quando eles se viraram, para ir cada um pra sua casa, o carro parou, e a Lucerito gritou de dentro do carro.

- Má, pega a Runa que ficou na casa do meu pai, xfa? – Gritou a menina.

- Pode deixar que eu peço a Mari para pegá-la!

- Má, a Mari já foi. – Disse Jos. – Eu disse q ela podia ir, porque teve um problema na casa dela.

- Tudo bem, então. – Lucero concorda tentando não deixar transparecer a sua irritação. – Pode deixar que eu a buscarei.

O carro voltou arrancar, e Lucero começou a caminhar ao lado do ex-marido, em direção a casa dele, em silêncio. Manuel, por mais irritado que estivesse com a Lucero, não suportava vê-la em silêncio. Aquilo doía muito nele.

- Lucerito.... o que você queria me falar antes do programa começar? – Pergunta Manuel querendo puxar assunto, enquanto chamava o elevador.

- Ah, você não quis ouvir aquela hora.... é melhor deixar pra lá. – Respondeu suspirando fundo.

- Acho que agora é uma boa hora e que devemos conversar. – Ele insiste.

- Ah Manuel, estou muito cansada agora. Já tentei de explicar e você não quis me ouvir. Vou só pegar a Runa, e....

PLIM, o elevador abriu a porta, e Lucero entrou, seguida por Manuel. Ele apertou o botão e o elevador começou a se movimentar.

- Então você escreveu "No pudiste amar así" de ardida? – Manuel disse isso dando um sorriso de lado.

- Ah Manuel, qual é a graça? Como se você não soubesse que foi pra você. – Lucero seguia irritada. – E não sei porque você não admite logo que "Si me tenías" foi pra mim. Não gosto dessa música, eu não te traí Manuel. Nem naquela época e nem agora.

Manuel então por impulso aperta o botão do elevador e o para um pouco antes de chegar ao andar da sua casa. Lucero vira pra Manuel:

- O que você está fazendo? – ela pergunta.

- Você me confunde o tempo todo. – Manuel diz olhando no fundo dos olhos dela. – Eu te amo, mas não quero sofrer mais. É doloroso pensar que tenho alguma chance com você, e de repente, suas atitudes me levam a pensar que sou um idiota, que estou iludido e que sou apenas um brinquedo em suas mãos.

- Parece que você não me conhece... 34 anos, e você não me conhece. Quem você pensa que eu sou? Pensa que uma hora estou na cama com você e na hora seguinte estou nos braços de outro? Como você pode pensar isso de mim? – Uma lágrima escapa dos seus olhos, juntamente com a indignação que transparece o tom de sua voz.

- É claro que eu te conheço. – Ele vai se aproximando dela, deixando-a encurralada em um canto do elevador. – Eu te conheço bem demais! Conheço o seu perfume, a maciez da sua pele, o seu tom de voz irritado como agora, a sua falação quando está empolgada com alguma coisa, e quando está feliz, saltita... esse seu gosto brega de vestir algumas roupas, o seu sorriso forçado que aparece até a gengiva.... eu te conheço... eu conheço essa Lucero.

Ela olhava fixamente pra ele...

- Mas não conheço a Lucero dele, a Lucero da caça, a Lucero forçada... e também não conheço a Lucero desses últimos 10 anos que se manteve ao lado de um homem como ele. A Lucero sem amor próprio, que colocou um homem na frente dos filhos, da carreira. Uma Lucero que tem medo de me assumir. – Ele continuou.

- Eu não tenho medo de te assumir, só não acho que seja o momento... e muito pelo contrário... tenho medo de... medo de.... de perder você. – Disse essas últimas palavras entre lágrimas e mais para si do que para Manuel.

Então em um impulso, Manuel a beija desesperadamente. E ela corresponde ao beijo.

O beijo é intenso. A saudade e a paixão fazem com que ambos percam a noção de tempo e espaço. Se esquecem que estão dentro do elevador, que está parado em um dos andares, e intensificam cada vez mais o beijo. Até que, Manuel possuído de um imenso desejo, abre a camisa de Lucero, e os botões saltam para todos os lados.

- Manuel... estamos... estamos... – Lucero tentava dizer.

- Ninguém vai nos ver, relaxa. – Disse ele.

Então ele voltou a beijá-la, pressionando seu corpo contra o dela, que por sua vez, estava encurralado no canto do elevador. Lucero passou os braços ao redor do pescoço do Mijares, intensificando o beijo, enquanto sentia a ereção dele na sua perna.

Manuel deslizou uma das mãos por debaixo do sutiã, acariciando-a e excitando. E a outra mão, passou pela perna direita, levantando-a, para encaixar melhor, trilhando um caminho até chegar ao bumbum dela e apertar. Sem descolar os lábios, Mijares desabotoa a calça de Lucero, e nesse momento ela para.

- Spawli, aqui não... é perigoso. – Diz Lucero.

- Reina... – Ele fala beijando o pescoço dela – Não é excitante fazer isso aqui? Te necessito.

- Mas spaw...

- Shiuuuuuuu.... – Ele a cala com o beijo, abre o zíper da calça dela, e enfia a mão, esfregando o ponto de prazer.

Lucero não resiste e cede ao momento de prazer. Depois, de alguns segundos em que o é dedilhada por Manuel, Lucero também abre a calça dele, puxa o membro para fora e começa a massagear-lo. Então, quando ele já está no ponto, Manuel começa a abaixar as calças dela junto com a peça íntima inferior. Ela, retira apenas uma das pernas da calça, abre as pernas, dando bastante espaço para que ele a penetre. Manuel assim o faz. Primeiro com os dedos, e logo com o seu membro.

Lucero, desliza as mãos, nas costas dele, por baixo da camisa e o arranha, tentando segurar. Ela estava apoiada no corrimão do elevador, apenas em uma das pernas no chão, e a outra estava levantada, circulando o quadril do Manuel, buscando equilíbrio. Lucero conseguia ver o seu reflexo no espelho do elevador, com a perna levantada e as costas másculas, ainda que vestida, do seu ex-marido.

Depois de algum tempo nessa posição, Manuel a gira, de costa para ele, e de frente para a parede do elevador. Ele levanta o sutiã dela e a segura pelo peito com uma mão. Com a outra, volta a dedilhar o seu ponto de prazer, e a penetra novamente. Nesse momento, Lucero sente um de seus mamilos, o que não estava coberto pelas mãos do Manuel, encostar na parede gelada do elevador, o que dá a ela mais prazer.

Então, Lucero começa a perder as forças de se manter em pé, enquanto ele continuava a amá-la com mais força. Ela estava a ponto de se perder em uma explosão, quando no último movimento, Manuel ele chega ao ápice. Ainda ofegante, sem se retirar, Manuel continua a dedilhar e a beijar a nuca dela, até que ela, segundos depois, também se explode de prazer.

Os batimentos cardíacos estavam descompassados, as respirações ofegantes e o brilho nos olhos. Mais uma vez Manuel amou a sua mulher, a sua alma gêmea. Ele se retira dela e satisfeito, a volteia para beijá-la mais uma vez. Mijares olha no fundo dos olhos de Lucero que sorrindo, o beija lentamente.

- Spawli, isso foi maravilhoso. Insano, mas maravilhoso – Disse ela.

- Reina, você foi...

Tac, Tac, Tac ... - Tem alguém preso aí? – Perguntou o porteiro do condomínio.

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