Capítulo 28

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- Mamá? – Chamou Lucerito.

- Hummmm....

Lucerito passou o dedo no nariz da mãe, tentando acordá-la. Tira uma mecha do cabelo do seu rosto.

- Má... já são meio dia... não vai levantar?

Lucero nem se movia, dormia profundamente, toda relaxada na cama.

- Má.... o que tinha nesse vinho??? – disse a menina mais consigo mesma do que com a mãe. – Má, acorda! – A menina fala delicadamente, mas é insistente.

- Hummmmm... – Lucero parecia não querer se levantar.

- Papai ligou e...

- Que??! – Lucero acordou. Ao mesmo tempo que respondeu a menina, percebeu que falou alto demais, porque logo sentiu uma pressão na lateral da cabeça. Entquanto sentava na cama, franziu o cenho, e sem nem conseguir abrir os olhos direito, ela tentou corrigir. – O que ele disse? Quero dizer, como que ele está? – Perguntou rapidamente.

- Parece que bem... – Disse Lucerito erguendo uma sobrancelha involuntariamente, meio que desconfiando de algo, coisa que herdou da própria mãe. – Ele disse que já falou com o Palilo, que vai levar ele para o estúdio do programa e...

- O que?? Mas por que ele não vai com a gente? - Perguntou Lucero tentando controlar o tom de voz.

Nesse momento sentiu o quarto rodar, e se controlou para não fazer feio na frente da filha. Colocou a mão na boca, respirou fundo, e aguardou a resposta da filha.

- Não sei... ele falou com a Maria, eu só estou passando o recado... você tá bem, má?

- Aham... não se preocupe... vou tomar banho. - Disse Lucero tentando disfarçar para não preocupar a filha.

- Tá bom!! Posso ir com você no programa hoje? EU adoroooo aquele lugar! – Disse a menina

- Claro... Mas acho melhor você ir com o seu pai, porque ele pode precisar de ajuda com as muletas. Mesmo porque acho que ele deve usar cadeiras só lá na televisa. Então, ele deve precisar de apoio para andar, né? – gritou de dentro do closet, já se despindo.

- Vou ligar pra ele então. – Disse a menina saindo do quarto.

Ao ouvir a porta do seu quarto batendo, Lucero não conseguiu se controlar e correu para abraçar o vaso sanitário. – Ai Manuel, que ódio!! Você ainda me pagar por tudo isso que está fazendo... por se afastar de mim de novo... e por me fazer beber tantoooo – Lucero Pensou.

Depois do banho, Lucero desceu para cozinha, comeu uma coisa leve e começou a se sentir melhor. Como hoje seria apenas sessão de fotos para o programa e algumas chamadas, as gravações seriam mais tardes. Por isso, Lucero ligou para o Alex para saber onde ele estava.

- Alô, Alex? Tudo bem? Onde você está?

- Oi Lu! Tudo bem! Estou saindo da concessionária, deixei o seu carro aqui para a revisão. Lembra que estava agendado? – Perguntou o funcionário de confiança.

- Ah, certo! Vai dar tempo de chegar e me levar para o programa? – Ela perguntou como quem não quer nada.

- Claro Lu! Já estou a caminho... chego aí em uns 40 minutos. – disse Alex.

- Ahhhhh sim??... É que eu precisava ir ao mercado também.

- Lu, não sei se dá tempo de ir ao mercado não. Do que você precisa? Posso comprar no caminho... ou melhor, a caminhonete branca está em casa, porque você não vai lá enquanto eu volto para casa? Assim agiliza.

- Não sei... eu prefiro que você dirija nessa cidade louca. – Disse Lucero.

- Então me diz o que você precisa e eu compro.

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