Capítulo 18

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Capítulo 18

Enquanto isso....

Lucero, depois de contar o ocorrido pra mãe e receber aquele sermão. Subiu para o quarto, tentando contactar com Manuel de todas as formas possíveis. Lucero nunca foi uma mulher de esperar. Sempre foi ansiosa. O celular do Manuel já não entrava chamada. Então ela decidiu, passou pelo quarto da filha, disse que ia sair e já voltava, sem dar maiores explicações. Lucero desce as escadas, pega as chaves e sai de casa.

Durante o trajeto, Manuel acabou pegando no sono, e dormiu. Palilo, estaciona o carro e o acorda.

- Manuel, chegamos. Quer que eu te ajude? – Pergunta Palilo.

- AAAAAAAh, não precisa. Estou bem. De verdade. – Responde Manuel. – Obrigado, mas pode ir. Preciso que você ajeite a data do dueto com a Yuri pra mim, ok?

- Pode deixar... mas você não me disse o por que da mudança da data... sabe que com as gravações do programa vai ser um pouco difícil. Mas eu posso tentar. – Já responde Palilo achando estranho o olhar do Manuel.

- Só veja isso pra mim, ok? Desculpa pelo trabalho... pode levar meu carro, depois quando eu voltar eu pego na sua casa. – Disse Manuel. – Obrigado.

Manuel desce do carro, ainda meio zonzo pela bebida, e pelo sono... Entra no aeroporto e caminha em direção ao balcão das companhias aéreas.

Enquanto isso, Lucero que não gosta de dirigir o seu carro, passou em frente aos lugares que Manuel ia quando estava chateado, passou em frente do asilo onde a sogra mora, em frente a casa da Pilar, em frente a casa dos amigos do Manuel, e até em frente a casa da Mayte ela passou, tudo procurando o carro de Manuel que não estava na garagem da casa dele. Por fim, era tarde e acabou ficando sem opções de onde procura-lo. Então ela decide voltar para casa.

Quando estaciona no condomínio, ela resolve subir direto para a casa do Manuel.

- Mesmo que o carro não esteja na garagem, pode ser que Manuel esteja em casa. – Pensou Lucero – Ai que burrice!

Chegando no apartamento de Manuel, Lucero percebe que a porta não estava trancada. Ela nem precisou usar as suas chaves, e já foi entrando. O som, estava ligado apesar de não estar tocando musica nenhuma. Vê o copo em cima do piano e o celular dentro. Tudo aquilo angustia ainda mais a cantora. Então, ela vai no quarto dele, pega uma camisa, sente o perfume. Uma lagrima escorre pelo seu rosto. Caminha pela casa lembrando de tudo o que viveu ali nos últimos dias.... no sofá, no chão, o aperto que passou com a Lucerito, enquanto eles tentavam se esconder... Chega na sala, ainda abraçada com a blusa do Manuel e resolve espera-lo.

- Mah! – Chamou Jos. - Mah, acorda?

- Hum?? – Disse Lucero abrindo os olhos, tentando acordar, e entender onde ela estava. – Filho? O que você está fazendo aqui??

- Mãe, eu que te pergunto. Passou a noite aqui? E por que? – Disse o jovem – Essa blusa é do meu pai?

- Ai Jos, por que tantas perguntas?? Que horas são? – Pergunta Lucero, sentando e desconversando.

- São quase 11h da manhã. A Lucerito me ligou hoje cedo, por que estava sozinha em casa, não sabia onde você estava. Fiquei preocupado voltei. – Disse Jos.

- Eu vim aqui pegar uma caixa de amêndoas e castanha, por que lá em casa acabou, e acabei... ei Jos, tem notícias do seu Pai? – Pergunta Lucero, lembrando que não sabia nada do Manuel.

- Palilo me chamou ontem e disse que meu pai foi para Acapulco, e que volta para a gravação na terça. Disse também, que meu pai está sem celular – Respondeu reparando o celular mergulhado no copo de uísque – Aconteceu algo entre vocês? Meu pai não é de viajar assim, e você dormindo aqui na casa dele, com a cara toda inchada...

- Tá inchada porque dormi demais. – Disse – Vamos pra casa? Tenho que umas coisas a fazer.

Lucero até ligou para a casa de Acapulco, mas Manuel não a atendeu. Ela sabia que ele não queria falar com ela, e quando ele estava assim, era melhor esperar o tempo dele. Manuel era um bom homem, e justo, iria dar a oportunidade para Lucero se explicar.

Os dois dias seguintes, foram longuíssimos. Lucero tentou ocupar a mente como pode, até que terça-feira chegou.

Pela primeira vez, desde o início das gravações do programa, Lucero se dirigia a Televisa, sem a companhia do Manuel. Isso porque Manuel, iria direto do aeroporto para os estúdios onde era gravado o programa. Lucero estava ansiosa por que era a primeira vez que iria conversar com Manuel depois do ocorrido. Chegou na televisa acompanhada da mãe e da filha, e foi direto para o seu camarim. A Mamá Lucero, já havia percebido que a filha não estava bem, durante os últimos dias...

- Nena, filha, não quer acompanhar a vovó para ver os participantes do programa de hoje? – Pergunta a Mamá Lu para Lucerito. – Vamos deixar a sua mãe se arrumar em paz.

- Claro vó! Adoro ver esse pessoal chegando aqui... – Diz Lucerito já saindo do camarim.

- Aproveita a deixa, procure e converse com você sabe quem. – Disse a velha, dando uma piscadela para filha, e deixando-a só.

Manuel chega no camarim, e quando abre a porta, vê uma figura feminina, que tanto conhecia sentada no sofá esperando-o.

- O que você está fazendo aqui? – Pergunta Manuel, entrando e fechando a porta.

- Acho que precisamos conversar. – respondeu Lucero. – Você fugiu de mim.

- Você não pensou que eu ficaria algemado na sua cama, te esperando voltar, sei lá deus de onde, com seu namorado, não é?

- Manuelito, escuta, eu não tive a intenção de... - Começou Lucero.

- Não vamos falar sobre isso Lucero. Não, Lucero. Não. – Respondeu Manuel, já um tanto quanto alterado.

Lucero o ignora e insiste.

- Você sabe que eu fiquei louca te procurando? Eu preciso te explicar que aconteceu – Disse Lucero – Eu fiquei surpresa quando o Michel apareceu na minha casa, e me foi o avião.

- Não quero falar sobre isso agora. Vamos gravar o programa – Disse Manuel bastante sentido nesse momento.

- Spaw – disse ela já chorando – me escuta. Eu não tenho nada, eu juro, nada com ele... é só que...

Batem na porta.

- Lu, o maquiador já está no seu camarim. Temos 40 minutos para te maquiar e pentear. – disse o Alex, que viu quando Lucero entrou no camarim do Manuel.

- Tá, já vou. – Respondeu ela. – Spaw, eu...

Manuel abriu a porta e fez o gesto com o braço para ela sair. Lucero entendeu o recado e saiu do camarim dele. 

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