2-New People

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Após aceitar passar a noite no restaurante, Changbin foi levado para a casa da família que ficava no andar de cima, a filha do casal lhe trouxe roupas limpas do pai e o mostrou onde o banheiro ficava, em seguida indicou o quarto de hóspedes e o deixou sozinho.

Dentro do banheiro bem arrumado, o Seo analisou cada detalhe observável, desde a porta de madeira que tinha um porta toalhas até o azulejo do box. Estava desconfiado, conhecia bem demais o caráter humano para deixar seus instintos de lado, não confiava em desconhecidos ou em sua bondade pura e altruísta.

Era cria do mundo, sabia como continuar vivo.

Seus olhos vão para o espelho médio acima da pia bege, ele vê seu estado de aparência atual; Cabelos curtos oleosos e bagunçados, pele também oleosa e com sujeira muito evidente, seu corpo coberto de suor tinha manchas mais escuras, não havia nem mesmo um mínimo centímetro de pele limpa. Estava tão imundo que mal se reconhecia.

Pegou uma escova de dentes nova no pequeno armário abaixo da pia, colocou o creme dental e se pôs a limpar os dentes, sentindo um grande alívio em finalmente poder ter um hálito agradável na boca. Depois ele tirou as roupas, primeiro a camiseta de mangas longas, na qual escolheu para esconder os braços pintados de tatuagens, depois tirou as botas militares e por fim a calça e cueca.

Agora sem roupas, o homem se dirigiu ao box, ligou o chuveiro e deixou um longo suspiro satisfeito sair quando a água respingou sob sua pele. Inclinou a cabeça para trás, deixando os jatos de água baterem no centro dela. De olhos fechados Seo aproveitou o momento, tocando o próprio corpo suavemente, espalhando sabonete pelos membros sujos, removendo junto da sujeira as emoções e memórias traumáticas do último mês.

Depois de lavar o corpo com cuidado, não deixando nenhum resquício de impureza em sua pele morena, lavou os cabelos lisos varias vezes, até que a espuma saísse branca. Secou-se com a toalha rosa bebê sem pressa, depois vestiu a calça moletom cinza por cima da cueca nova, e por fim uma brusa de mangas  curtas também preta.

O moreno penteia os fios escuros em frente ao espelho, onde pelo reflexo via a tinta desenhada em seus braços fortes, algumas em preto, outras em vermelho. Tinha orgulho de cada uma delas, no entanto, certas marcas representavam sua vida fora da lei e isso podia gerar problemas para si, iria pedir uma peça que as escondesse. Alejandra parecia uma mulher boa, e mais importante; que não percebia quem Changbin era.

O coreano cobre os braços com a toalha, deixando apenas as mãos para fora, juntou as roupas sujas e se dirigiu pra fora do banheiro. Seguiu pelo caminho até o quarto onde vai passar a noite, guardou na mochila roubada as roupas e deixou as botas ao lado da mesma.

Com as tatuagens escondidas o homem vai para a sala de estar, no cômodo havia uma mesinha para a tv, um sofá médio e um pequeno de cor marrom, algumas cadeiras de madeira e uma decoração bem sutil. Era estranho para Changbin pois parecia triste e sem personalidade, como numa casa alugada na qual se vive apenas por um tempo.

Na cozinha que ficava ao lado da sala, Paola preparava mais um pouco de comida enquanto a filha secava alguns pratos e Carlos conversava com os homens na mesa. Com o som de seus passos, a atenção se volta para si.

— Obrigado, eu realmente precisava de um banho. — Começou educado, sorrindo um pouco para mostar sua gratidão. — Se não for incômodo, gostaria de pedir uma blusa de mangas longas. Eu sinto muito frio.

Paola sorriu divertida, confiando completamente nas palavras do jovem. Era uma senhora inocente, de índole muito boa para o mundo onde vive, com pouca perspectiva de maldade. Era uma das razões pela qual Carlos sempre desconfiava de tudo, para garantir que a esposa não seria enganada ou machucada, ainda assim, suas atitudes com os outros não podia ser justificada.

World kinda dead - ChangLix  !Hiatos!  Em Edição!Onde histórias criam vida. Descubra agora