11 - Not That Lonely (editado)

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Changbin ainda ouvia os chamados de Felix ao longe, entretanto, tudo o que seus olhos arregalados viam eram mais e mais infectados agressivos se acumulando ao redor de si. Haviam homens e mulheres, todos com pelo menos uma marca de arranhão ou mordida, roupas sujas de sangue seco, alguns com grandes pedaços de carne faltando nos membros, além de olhos amarelados e bocas nojentamente vermelhas com uma leve espuma branca nos cantos dos lábios pálidos.

Era uma imagem assustadora, vinda de todos os ângulos possíveis, sem intervalos os avisos para preparar o estômago. Se via diante da loucura que precedia a morte nessa nova realidade.

Restando apenas mais dois disparos, e sabendo que jamais daria conta de tantos infectados com tão pouco, Changbin por um segundo cogitou a possibilidade de mirar a própria arma na têmpora e puxar o gatilho, no entanto, é o rosto de Felix que surge em sua mente como um alerta de que o garoto ainda precisava de si, e por isso ele decide lutar com tudo o que tem. Tudo por uma chance, apenas isso, era tudo o que pedia a qualquer

Só lhe restava dois projéteis, os punhos e o medo de morrer. Para um sobrevivente, aquilo bastava.

— Filhos da puta! — Gritou ao acertar um soco no rosto de um homem doente em sua frente.

Changbin se afastou para dentro da loja de conveniência na qual invadiu, os infectados seguindo-o tal qual um faminto implora por comida.

Atrás de si, o balcão do caixa se tornou a primeira tentativa de escape, então ele pulou para o outro lado e atirou pelas últimas duas vezes, matando dois dos doentes que tentaram atravessar também.

— Porra, que azar do caralho! — Ele guardou a pistola na cintura outra vez, depois agarrou a caixa registradora e a usou para bater na cabeça dos infectados. Eram muitos e logo Changbin perdeu seu meio de defesa. — Argh, eu odeio esse vírus de bosta!

Changbin se viu sem opções, os mortos o cercaram. Seu corpo não sabia o que fazer, pela primeira vez em anos, ele apenas parou de lutar e deixou seu corpo entrar em pane, suando como um louco e pouco reagindo aos toques dos infectados em seu corpo gelado.

Changbin travou de medo depois de se afundar em corpos deteriorados, pútridos em cada célula, fétidos em todos canto. Como lutar contra aquilo?

Em sua mente tudo de mais caótico acontecia, ele não conseguia assimilar coisa alguma, havia apenas a sensação de falta de ar, e os pontos pretos que avisavam o futuro desmaio.

Era seu fim.

Seo Changbin seria morto, sem sequer ter resistido com tudo que tinha.

Estando tão assustado, apenas desistiu.

Suas costas bateram contra a prateleira atrás de si, suas pernas cederam e ele foi de bunda no chão. Segundos depois os mortos se jogaram por cima do balcão, derrubando tudo, rosnando de forma assustadora com dentes batendo de acordo com o abrir e fechar faminto de suas bocas.

— Desculpa, loiro. — Changbin fechou seus olhos, esperando a dor lhe tomar os sentidos. — Eu falhei com você também.

Uma mão agarrou sua perna esquerda com força, uma boca se aproximou veloz de sua carne, e então um estrondo aconteceu do lado de fora, depois uma buzina começou a tocar insistente e barulhenta.

Seja quem for, Changbin levou como um sinal de que sua vida não acabava alí.

Ele agarrou a cabeça da mulher prestes a morder-lo com as duas mãos, ficando de joelhos para bater o crânio dela contra o piso azulado do estabelecimento. O osso rachou com as pancadas, deixando o piso com uma poça vermelha somada à pedaços de cérebro tomando sua parte naquela pintura horrenda e visceral.

World kinda dead - ChangLix  !Hiatos!  Em Edição!Onde histórias criam vida. Descubra agora