4 - Blood (editado)

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— Merda! — Changbin sussurrou o palavrão, se movendo lento e cauteloso até estar na frente de Josh, o protegendo com o próprio corpo.

O garoto pareceu grato por ao menos não ver totalmente o perigo em sua frente, mas não o deixava realmente relaxado. Além dos mal encarados também haviam alguns infectados saindo do supermercado e atacando pessoas ali perto, logo poderiam acabar os pegando também. Josh sabia estarem cercados, apenas aumentando um pouco mais a já tão grande chance de morte. Tal fato o consumia cada vez mais a cada segundo na qual sua ansiedade enviava pensamentos negativos onde em todos eles o fim era um só: todos morreriam.

E seria violento.

— Será que eles vão embora se notarem o sangue em você? — Perguntou apavorado, tentando encontrar algo para se agarrar na esperança de chegar vivo no fim do dia.

Changbin analisou os recém chegados, era um grupo formando por cinco homens, todos traziam algo em mãos; dois deles com pés de cabra e os outros com tacos de beisebol. Mas o pior era notar que absolutamente todas estavam manchadas de sangue.

Quatro dos homens possuíam muitas tatuagens pelos braços e pescoço, Changbin percebeu que apesar de reconhecer algumas como marcas de gangue, eles não pareciam de fato pertencer a alguma.

A pistola estava carregada na cintura do Seo, pronta para servir o seu propósito de salvar a vida daquele que tirava outras, isso se Changbin não estivesse preocupado em não ser rápido para dar fim em todos os cinco de uma vez e Carlos morrer antes de poder voltar para a esposa e filha. Ele sabia que elas não sobreviveriam sozinhas com tão pouca experiência com o caos, não ainda.

— Eu acho que eles parecem bem mais assustadores, garoto. — Olhou de leve para o mais alto. — Olha as tatuagens, a sujeira nas roupas... melhor torcermos para os outros serem bons de briga ou a gente já era.

Ele não foi o único a perceber os possíveis significados das tatuagens, Carlos entendeu a mensagem que elas passavam e pegou a pistola Colt Python que tinha escondida no bolso interno do casaco bege que vestia:

— Se não quiserem levar um tiro, é melhor irem embora!

O líder deles gargalhou com a frase, logo sendo acompanhado dos outros homens, todos com deboche brilhando nos olhos perversos.

— Escuta, vovô, se você não quiser apanhar é melhor entregar tudo o que tem e ficar caladinho.

O mexicano firmou a mão na pistola, apontando para um dos homens atrás do líder e atirando no pé dele. O som estrondoso se fez presente, alastrando-se por muitos metros de onde estavam, abafando também o grito de dor.

O maior problema viria mais tarde, quando notassem as desvantagens de uma arma tão barulhenta.

O ferido caiu no chão após o grito de dor, assim como os outros recuaram brevemente em surpresa com a ação. Aquele que parecia ser o líder fechou a expressão risonha de antes, suas mãos agora seguravam o taco de beisebol com mais firmesa.

— Vão embora ou o próximo vai ser no peito!

— Só tem mais cinco balas, chicano de merda, será que tem mira para usar uma pra cada sem errar? Eu duvido.

— Quer descobrir? — Carlos ameaçou.

A tensão aumentou entre eles, ninguém estava disposto a se render.

Josh segurava a blusa de Changbin com força, se escondendo cada vez mais daqueles que lhes encaravam. O coreano respirava pesado enquanto olhava mortalmente todos a sua frente, seu braço ardia e sangrava, gotejando gotas vermelhas pelo chão de cimento do estacionamento. A perda de sangue começava a lhe afetar cada vez mais, causando certa fraqueza no braço e resto do corpo, e pioraria se não o fechasse logo.

World kinda dead - ChangLix  !Hiatos!  Em Edição!Onde histórias criam vida. Descubra agora