Capítulo Quarenta & Três: Lar

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Lar.
Segundo o Google, lar é onde se encontra a sua casa, habitação ou domicílio familiar, entretanto, essa definição, as vezes, soa de forma falha.
Lar, é sim onde você mora, mas as vezes, lar, pode ser uma junção de coisas, ou, pessoas.
_Quais seus planos para hoje? - Pergunto para Thiago, que está arrumando a gravata, nesse momento.
_Empresa, reunião com o conselho, ver o Bryan, ir ao centro de treinamento, eu acho que é isso! Porquê? - Thiago pergunta.
Sorrio, ajudando ele a fazer o nó da gravata.
_Vou passar algumas horas fora da cidade, nada que deva se preocupar, depois, vou ao instituto, inclusive, sabe se o substituto de Roni já chegou? Preciso falar com ele! E também, avise o conselho que faremos a inauguração do instituto no dia treze de maio! - Falo, beijando seu rosto, quando terminei o nó.
_O que vai fazer fora da cidade? - Thiago pergunta.
_Comprar algumas coisas para o instituto e ir ao médico! - Falo.
_Médico? Está se sentindo mal? Quer que eu fique em casa? - Thiago pergunta, me olhando.
Sorrio, amigável.
_Amor, relaxa! É uma consulta de rotina! Você acha mesmo que é fácil assim para ficar viúvo? - Pergunto.
_Não brinca com isso! Maluca! - Thiago fala, me fazendo rir.
_Falando nisso, quando foi a última vez que você foi ao médico? - Pergunto.
_Dois meses antes do nosso casamento! E não me mande ir ao médico, estou bem! - Thiago fala, me fazendo começar a rir.
_Dessa vez você escapa! - Falo, piscando para ele.
_Leve os seguranças com você, te amo para sempre! - Thiago fala, me beijando rapidamente.
_Amo você, daqui até a lua! - Falo.
Thiago para na porta, me olha e sorri.
_Você me explicou o significado mas eu não consigo lembrar! Minha missão do dia vai ser essa! Se cuida! - Thiago fala, saindo.
Me arrumei, vestindo uma calça jeans cintura alta preta, uma blusa de manga curta, com estampa, e um sobretudo vinho, uma bota cano curto, preta.
Prendi meus cabelos em um coque, deixando alguns fios soltos, Nickolas e os outros seguranças estavam a minha espera, exceto Igor, que hoje irá ficar no instituto até a nossa chegada, pedi para ele ir, para falar com Cate-a e fazer a lista dos que irão para casa.
Contratamos mais cinco professores, além de Eliot, Silvio Ilayk, Renan Janovick, Luiz Polinoive, Fernando Polusk, Hector Luxem, para ajudar no instituto, também recrutei algumas professoras, mas elas ainda não chegaram, então, teremos que começar sem elas.
Mari, a mulher que ajudou meu pai com o morro durante muitos anos está entre os nomes das mulheres que virão para a Rússia, ela é extremamente inteligente e sabe lidar melhor do que ninguém com adolescente, isso porque, se ela conseguiu lidar, comigo e com meus irmãos, ela consegue lidar com adolescentes obcecados por tecnologia.
_Bom dia filha! - Minha mãe fala.
_Bom dia mãe! - Falo.
_Vai sair? - Ela pergunta.
_Sim! Volto a tempo de ver o Bryan! É a minha noite de dormir no hospital? - Pergunto.
_É sim! Mas eu posso ir caso você tenha que ficar! - Minha mãe fala.
_Nem pensar dona Lia! - Falo, sorrindo.
_Indo para o instituto? - Eliot pergunta.
_Oi bebê, sim! Vai junto? - Pergunto.
_Vou! Tenho que terminar as entrevistas! Cate-a e Hílios ainda não pararam de brigar e tem horas que eu quero socar os dois! É normal? - Eliot pergunta.
_Provavelmente sim! Não se preocupe, eles vão se acertar! - Falo, rindo.
Mariana desceu as escadas como um raio e pulou em Eliot.
_Oi primo que fala estranho! - Mariana exclamou.
_Oi Mariana! Está certo? - Eliot perguntou.
_Está sim! Você é quase brasileiro! - Meu pai respondeu.
_E o meu abraço? - Pergunto, olhando para Mariana.
_Desculpa titia! - Mariana fala, vindo para o meu colo.
_Titia precisa sair, mas amanhã eu levo você para passear, está bem? - Pergunto.
_Eba! Melhor titia do mundo! - Mariana fala, beijando meu rosto.
_Interesseira! - Kauan fala, pegando sua pequena filha do meu colo.
Saio de casa, entro no carro onde Nickolas já me esperava, deixamos Eliot no instituto, e seguimos viagem até o consultório da doutora Iza Santin, que fica a quatro horas de Moscou, em uma cidade nada modesta, cheia de prédios luxuosos, Iza tem seu consultório em um deles, talvez, no mais luxuoso de todos.
_Sophia, oi! - Iza exclama, assim que me vê.
_Saudade de mim? - Pergunto, Iza sorri.
_Sempre! Mas diria que prefiro quando te vejo em eventos e não no meu consultório! - Iza fala.
_Eu entendo! - Falo, suspirando.
_O que te trouxe aqui? - Iza perguntou.
_Tenho oito meses para engravidar, preciso saber se posso e se tem algo que ajude! - Exclamei.
_Oh, o prazo! Fiquei sabendo! Sinto muito! Mas, prometo ajudar no que puder! Vamos começar a te examinar, está bem? - Iza pergunta.
_Claro. - Falo.
Fiquei duas horas dentro do hospital em que Iza trabalha, ela me examinou, coletou sangue, fez ultrassom e uma tomografia, então, voltamos ao consultório dela, enquanto eu me sentia um mini rato de laboratório e Iza olhava atentamente os exames.
_Sophia, eu vi todo o seu histórico, o acidente, a tentativa de homicídio, e tudo isso realmente deixa sequelas, mas, elas são mais mentais do que físicas, nesse momento, o único problema que temos que resolver, é o fato de o seu útero ser mais frágil que o normal, isto é, as chances do bebê precisar de vitaminas para conseguir sobreviver aos primeiros três meses são maiores, mas, para isso, você vai tomar um remédio, que consequentemente vai aumentar as chances de gravidez e fortalecer seu útero, além disso, Sophia, tente cuidar do seu mental, sei que o prazo está acabando e que as coisas podem ficar ruins, mas, se acalme, viva um dia de cada vez e respire fundo! Tudo vai ficar bem! - Iza fala, começando a fazer a receita.
_Obrigada, de verdade! - Falo.
_ Você me paga muito bem! E Sophia, boa sorte! - Iza fala.
Quando sai do consultório, respirei fundo e tentei relaxar, entrei no carro, ao lado de Nickolas.
_Sophia, você está bem? - Nickolas pergunta.
_Já te mandaram cuidar do mental? - Pergunto.
_Eu faço terapia, então, já! Você está prestes a enlouquecer? Se estiver me avisa porque eu corro para me esconder! - Nickolas fala.
_Idiota! Não, mas Iza me mandou relaxar e cuidar do mental! - Falo, rindo logo em seguida.
_Você veio falar sobre o prazo, não é? - Nickolas perguntou.
_Eu estou com medo, não tenho um plano B, sabe? O plano B já é estar na Rússia, eu não quero estragar o que Thiago demorou anos para conseguir! - Falo.
_Sophia, para! Você é o amor da vida daquele homem e ele não iria ficar aqui sem você! Quando ele achou que você estava em perigo ele quase colocou o Brasil a baixo para saber de você! Não existe uma realidade onde você é Thiago não estão juntos! E Sophia, eu sou seu amigo, acredita em mim que, se vermos que não vai ter outra escolha ao fim desse prazo, vamos arrumar uma saída! Eu escondo vocês na minha casa no Alasca! - Nickolas fala.
_Você tem uma casa no Alasca? - Pergunto.
_Eu preciso ter um plano B! - Nickolas fala.
_Tudo bem! - Falo, sorrindo.
Sei que Nickolas não brincou, ele realmente nos esconderia na sua casa no Alasca, e por dois segundos isso pareceu divertido.
Já no instituto, conversei com todos os participantes, depois, fiz uma reunião com os professores.
_Senhores, eu pedi para fazerem uma lista dos que devem ir embora, dentre eles, salvei dois, acho que eles tem potencial e espero que vocês os testem novamente dentro de trinta dias, quando mandaremos mais sete deles embora! Senhores, Eliot, Hílios e Cate-a tem a minha autorização para mandar nesse lugar, não os desrespeitem! A data de inauguração e apresentação dos selecionados será treze de maio! Quero eles prontos, arrumados, perfeitamente instalados nos alojamentos até esta data! Hílios e Eliot compraram tudo o que faltar, Mari, uma pessoa da minha confiança irá vir para a Rússia para tomar conta dos que ficarem! Não vou permitir erros com essas crianças! Tenham uma boa noite, descansem, amanhã, vocês terão doze selecionados a menos! Boa sorte! Obrigada por estarem aqui! - Falo, olhando para cada um deles.
_Para o hospital, senhora? - James pergunta.
_Sim! Minha mãe te entregou a mochila para Bryan? - Perguntei.
_Sim! - James fala.
_Nickolas! - Chamo o mesmo.
_Oi! - Nickolas fala.
_Daqui a quinze dias, é seu aniversário! - Falo, olhando para ele.
_Droga, falei para não ler minha ficha! - Nickolas fala.
_Você leu a minha! Direitos iguais! - Falo.
Ao chegar no hospital, fui direto para o quarto de Bryan, assim que abri a porta, vi meu irmão, saindo do banheiro.
_Oh sua praga, é para ficar de repouso! - Falo, Bryan começou a rir.
_Oi gêmea! - Bryan falou.
_Eu tentei fazer ele me deixar ir com ele, mas quem disse que ele deixou? - Meu pai perguntou.
_Mereço! Pode ir descansar pai! Vou passar a noite aqui! - Falo, colocando a mochila com roupas em cima da cama.
_Tchau meu amor! - Meu pai fala, beijando minha testa.
_E aí gêmeo do mal, como foi seu dia? - Pergunto.
_Cheio de exame de sangue! Estou até desidratado! A doutora falou que amanhã eu provavelmente vou conseguir a alta! - Bryan fala.
_E aí vai ficar quietinho em casa, não vai? - Pergunto.
_Quietinho é forte demais! - Bryan fala.
_Eu te amarro na cama! - Falo, olhando sério para ele.
_Ah, vou precisar usar a carta de "eu quase morri"? - Bryan pergunta.
_Vai sim, e aí eu uso a de, "sou sua irmã e vou contar para a nossa mãe " , que tal? - Pergunto.
_Gêmea do mal sempre honrando o apelido! - Bryan fala.
_Quer tomar banho, eu ajudo! - Falo.
_Você não vai me ver pelado, Sophia! - Bryan fala.
_Garoto, a gente tomava banho juntos! - Falo, revirando os olhos.
_Quando éramos bebês! Eu sei me lavar! - Bryan fala.
_Bryan você fica de cueca e eu ajudo, não pode molhar essa sua cabeça oca! - Falo.
_Sai daqui peste enviada do poço! - Bryan fala pegando a toalha.
_Bryan Novack para de ser infantil! - Falo, segurando o riso.
_Não me estresse que eu vou dar um pirepaque da cabeça de novo! - Bryan fala.
_Não ameace ficar em coma logo após sair de um! Ao menos sente na cadeira de banho! - Falo, revirando os olhos.
_Eu sei andar, Sophia! - Bryan fala.
_Bryan, eu não sei se você notou, mas, você foi operado a vinte dias, isso quer dizer que, cinco dias atrás, você estava dormindo igual um bebê nessa cama aí com um tubo enfiado na sua garganta e que, você ainda está meio doente! Sente nessa cadeira antes que eu te force! - Falo, colocando a cadeira em frente a ele.
_Tenho pena dos seus filhos! - Bryan fala, sentando na cadeira.
_Também te amo, bebê! - Exclamei.

Deixei Bryan tomar banho sozinho, mas, fiquei na porta perguntando se ele estava bem a cada cinco minutos, quanto ele saiu, começou a rir de mim e me chamou de chata, então, respirei fundo.
_Chata né? Vou lembrar disso! - Falo, olhando para ele.
_Porque não trouxeram minha sobrinha? - Bryan perguntou.
_Eles não deixam ela entrar! - Falo.







Votem e comentem!!!!
Observação: esse seria o último capítulo da maratona, mas, vou postar mais DOIS em seguida!!!
Lembrando que as postagens voltam ao ritmo normal e acontecerão toda SEXTA FEIRA as 10 horas da manhã!
5 capítulos serão postados!
Bjo mores!

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