A Mulher Do Boss - Livro 2 -

Capítulo Sessenta & Oito: Com As Minhas Mãos

Narrado por: Bryan Harvelle Novack.
Brasil, Rio de Janeiro - 18 horas antes -

_Liga para alguém, para o papa se precisar, mas eu quero um avião disponível AGORA! - Thomas esbraveja no celular, gritando com alguém.
Estou furioso, minha mãe precisou de calmantes para dormir um pouco depois de tanto chorar, meu pai se trancou no escritório junto comigo, onde estamos tentando primeiro, reunir aliados para conseguirmos entrar na Rússia sem sermos mortos e depois, termos com quem contar na hora do resgate.
Kauan está em silêncio, conferindo as armas, ele arrumou cerca de vinte malas repletas de armas até agora.
Kauan faz isso quando está nervoso, ele entra em modo automático e só pensa em uma coisa, matar, foi assim com os homens que estavam atrás de Clara e agora, é com Sophia e Thiago.
Tayson e Rafaela estão seguros, ao menos por agora, eles conseguiram se esconder em um lugar no centro de Moscou, onde ninguém irá conseguir rastrear eles, o instituto.
Sophia programou aquele lugar para de fechar completamente em casos assim, nada passa por aquelas paredes, literalmente, nada.
Minha irmã pensou em todos, menos nela mesma.
Xingo ela mentalmente por isso, olhando para a tela do computador, esperando Jay - chefe da máfia alemã - retornar às minhas ligações, chamei Roni também, odeio colocar ele nisso mas preciso de alguém que conheça a Rússia e ninguém melhor que ele para isso.
Jay finalmente retorna a minha ligação.
Jay: Bryan o que aconteceu?
Bryan: Retaliação indevida, estão com Thiago e Sophia! Irão matar os dois se não fizermos nada!
Jay: Me fala onde e de quantos homens precisa que eu leve!
Bryan: Rússia, amanhã! Todos que puder.
Jay: Diogo pode saber... sobre isso?
Bryan: Pode.
Jay: Okay! Te vejo em algumas horas!
Bryan: Obrigada.

A conversa foi breve, meu pai estava no telefone com Eduardo - Zé maconha - em seguida ligou para Pitty e para os outros aliados dele, todos confirmaram a ajuda, Eduardo e Pitty comprometeram-se em ir junto para a Rússia, liguei para os Vladock também, pedindo ajuda, Elias e Mathias chegaram em poucas horas, para irmos juntos para a Rússia.
Laura Bonamorte conseguiu falsas identidades do governo russo para nós, justificando o fato do voo ser internacional e não rastreado, e também o tanto de armas que estaremos transportando. Lorenzo Albuquerque, pediu se queríamos a ajuda do morro, falei que sim, então, Pedro - PR - E Diego - DG - me ligaram, ao saber da situação, falaram que em poucas horas estarão aqui conosco.
_Temos cento e cinquenta! - Falei.
_Por Deus, se tocaram na minha filha.... - Meu pai fala, fazendo uma pausa.
_Ela está grávida, porra! Não era isso que eles queriam? - Kauan perguntou.
Alguém bateu na porta.
_Entra! - Falei.
_Oi! Eu fiquei sabendo! Não perguntem como! - Izabella, a menina que trabalha fazendo a segurança do morro fala, entrando no escritório.
_O que tem para a gente? - Thomas perguntou.
_Eu nada, mas eles... - Izabela fala, dando espaço para algumas pessoas entrarem.
Fabrício é o primeiro a entrar, em seguida, Enzo, que havia se mudado do morro a alguns meses, depois de ser aprovado no vestibular, Isac, um dos seguranças de Sophia em São Paulo, e outros homens.
_O que querem aqui? - Kauan perguntou.
_Se irão matar aqueles filhos da puta, vamos junto! - Fabrício falou.
Meu pai sorriu.
_Acham que isso é brincadeira? Sabem o que está em jogo? A vida da minha filha, do meu neto e do marido dela! Fabrício, você vem com a gente, sei que está esperando por essa vingança, mas o restante vai ir para casa, ficar com a família! - Meu pai falou, revirando os olhos.
_Sophia é a minha melhor amiga, eu não vou deixar ela morrer! Vou ir junto! - Enzo falou.
_ISSO É BESTEIRA! VAI PARA CASA MENINO! NÃO TENHO TEMPO PARA SALVAR VOCÊ QUANDO A COISA FICAR FEIA! - Meu pai grita, indo para cima de Enzo.
Seguro o corpo do meu pai antes que ele acerte Enzo.
_Pai se acalma! - Exclamei.
_A minha garotinha está lá.... estão machucando... minha menina! - Meu pai falou, desabando.
_Pai! - Thomas falou, se aproximando dele, abraçando o mesmo.
Eu não consegui, não consigo abraçar ninguém, não agora, onde sinto meu corpo inteiro sendo repuxado, como se meus nervos implorassem para socar algo, quebrar os ossos do crânio de alguém.
Meu coração está disparado e a minha cabeça doendo, passo a mão por a mesma me sentindo suar frio.
_Ótimo, querem ir? Estão dentro! Iza fala com a Laura e pede identidade falsa, se vira! - Falo, curto e grosso.
_Tem mais uma coisa! - Izabella fala.
Kauan suspira, irritado.
_Eu fiz isso a alguns meses, não sei se vai funcionar, era um protótipo para mandar para o instituto, são apenas onze, elas são resistente a balas de armas de alto calibre e tem camuflagem com nanotecnologia! Quero que usem! - Izabella fala, colocando uma imensa mala em cima da mesa do escritório.
_Obrigada! - Thomas falou.