Capítulo Setenta: O Começo De Uma Era.

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Eliot na mídia.

Entro na sala de ultrassom, Bryan está empurrando a minha cadeira de rodas, já que, ainda não posso fazer esforço.
_Vamos lá! - Doutora Mariza fala.
_A hora da verdade! - Meu pai fala.
_Bernardo se você fizer piada eu juro por tudo que eu te soco! - Minha mãe fala, fazendo o mesmo rir.
_O que acham que irão fazer sem a minha presença? - Rafaela entrou na sala, junto com Tayson e Eliot.
_Jesus de onde sai esse povo todo? - Mariza perguntou.
_Você precisa ver as reuniões de familia! - Thiago falou.
_Eu acho que não quero ver! - Mariza falou.
_Doutora, logo agora que eu estou quase te pedindo em casamento? - Bryan falou.
_Muita informação Bryan! - Tayson falou, rindo.
_Menino! - Minha mãe fala repreendendo Bryan.
_Vamos ao ultrassom! - Doutora Mariza fala, rindo.

O som do coração de um bebê ainda na barriga é diferente, é como um ruído, um som único, algo que somente os pais conseguem sentir o quão mágico é, o quão imensa é a vida e os presentes que ela nos reserva.
O som do coração dos bebês é uma grande confusão aos meus ouvidos, agitados, altos, como se quisessem garantir para mim que não irão me deixar.
_É, espero que tenham bastante tempo livre, pois são três bebês! - Doutora Mariza falou.

Comecei a tossir, Thiago que já estava chorando, começou a rir.
_Três? - Perguntei.
_Três! Você tem histórico de gêmeos, e os remédios podem ter influenciado! - A médica falou.
_Eu vou ser tio de três crianças! Puta merda! - Kauan falou.
_Vocês não faziam filho, porque estavam preparando logo o combo! - Tayson falou, levando um tapa de Rafaela.
_Como eles estão? Quero dizer, eu fiquei em coma e isso pode ter afetado eles! - Falei, sentindo meu coração disparar.
A médica sorriu, suspirando logo em seguida.
_Seus bebês estão bem Sophia, eles tem três meses, estão seguros e não vejo motivos para preocupação por enquanto! É hora de comemorar! - Doutora Mariza falou, sorrindo.
_Três bebês! - Minha mãe exclamou, sorrindo, enquanto chorava.
_Certinho um para cada padrinho! - Bryan falou, sorrindo.

Padrinho...
Nickolas...

Nickolas estaria pulando de alegria nesse momento, assim como quando contei sobre a gravidez, engulo o choro que brota na minha garganta, Thiago segurou firme a minha mão.
_Três bebês? - Thiago perguntou.
Sorri.
_Três bebês! - Exclamei, com os olhos repletos de lágrimas.
_Ah que fofos! - Rafaela falou.
_Eu vou tirar vocês do CTI e colocar ambos em um quarto juntos, um acompanhante irá poder ficar! Dentro de dois ou três dias estarão liberados! - A médica falou.

Já no quarto, sozinha, olhei para o teto e pensei em Nickolas mais uma vez, lembrando de como seus olhos brilharam quando contei sobre a gravidez, como ele me abraçou e acolheu, cada um dos meus piores dias, desde que cheguei a Rússia, e ele, meu melhor amigo, se foi, se sacrificou por mim, para que eu pudesse descobrir que estou carregando três bebês
Infelizmente meus filhos ou filhas, ou, ambos, não saberão o quão incrível seria o Padrinho deles, o quão protetor ele era, o quão feliz, ele era.
Se existe um depois, e eu realmente quero acreditar que existe, sei que nesse momento Nickolas está orgulhoso, de todos nós e comemorando junto de mim.

_Ei, porque você está triste? - Eliot pergunta, entrando no quarto.
Limpo as lágrimas.
_Não estou! Só acho que não aguento mais perder ninguém! - Falo, sincera.
_Você lembrou do Nickolas? - Eliot perguntou.
Confirmei com a cabeça.
_Sophia, o que aconteceu não foi culpa sua! - Eliot falou, me olhando.
_Porque eu sinto que foi? Sinto que falhei em algo! - Falo.
_Uma vez, uma pessoa que eu admiro muito, me falou que, heróis cometem erros e que se culpam por eles, mesmo não tendo culpa, que nem sempre podem vencer todas as batalhas, mas que isso não faz de nós mais fracos ou cruéis! A verdade está no seu coração e todo mundo pode ver o quão mole e doce você é! Nickolas era seu melhor amigo e ele nunca iria se perdoar se você estivesse morta! - Eliot falou.
Eu sorri.
Ele amadureceu tanto.
_Eu pensei sobre Lavigne, sobre como ela me usou para tentar te matar, quero que essas pessoas paguem por tudo, quase tiraram você e Thiago de mim... vocês são, tudo que eu tenho! Não estou falando isso porque vocês me acolheram, mas porque me deram uma família, e eu não me sentia em casa ... - Eliot falou, abracei ele.
_E como você se sente sabendo que vai me ajudar a cuidar de três bebês? - Perguntei, Eliot sorriu.
_Desesperado! Mas vai ser engraçado! Talvez eu possa adiar a faculdade e ficar mais um ano, ou, dois! - Eliot falou.
_Você quer ficar? - Perguntei.
_Eu quero, para falar a verdade! O instituto está indo bem, mas acho que posso ensinar ainda, talvez se eu passar mais tempo planejando as inovações possa ajudar ainda mais! - Eliot falou, vi seus olhos brilhando.
_E Cate-a? Victoria? - Perguntei.
_Sophia! - Eliot me repreende.
_O que? Elas são bonitas! - Falei.
_Você já viu meu péssimo gosto para namoradas, tem certeza? - Eliot perguntou.
_Não torne o caráter duvidoso de Lavigne uma verdade sobre você! Essa não é a sua verdade! - Falei.
Eliot sorriu.
_Estão escutando isso bebês? A mãe de vocês é Incrível! - Eliot falou, sorrindo.
_E psicóloga! Vai ser difícil mentir para a mamãe! - Falo, piscando para Eliot.
Eliot ficou como nosso acompanhante, minutos depois de Thiago chegar ao quarto, fui levada para fazer uma tomografia, depois, um cirurgião plástico veio até o quarto avaliar as queimaduras, apesar do médico garantir que as cicatrizes e lesões serão mínimas, minha cabeça ainda doía quando ele saiu do quarto, por conta da lembrança, do desespero, a agonia que senti diante da possibilidade da minha morte.
_Acha que são meninos ou meninas? - Thiago perguntou.
_Não sei! Eu só imagino eles com o seu sorriso! - Falei.
_Aí que fofos! - Eliot falou.
_Preciso comprar um carro para você! - Thiago falou, olhando para Eliot.
_Precisa comprar fraldas! - Eliot falou.
_Acha que podemos fazer uma casa na árvore? - Thiago pergunta para Eliot.
Comecei a rir.
_Não é muito cedo para isso? - Perguntei.
_Ah Sophia, se a gente começar agora os bebês vão estar adultos quando conseguirmos terminar! - Eliot falou.
Thiago gargalhou.
_Não fala assim! Eu posso chamar Bryan e Tayson para ajudar! - Thiago falou.
_Aí a casa vai cair com meus filhos dentro! - Falei.



Amanhã tem mais!
O que estão achando?
Três bebês!!!!!
O que será que serão?

A Mulher Do Boss - Livro 2 - Onde histórias criam vida. Descubra agora