Capítulo Sessenta & Dois: Não Será Ela.

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Narrado por: Thiago Miranda.
Seis meses antes do ataque.
Sala de reuniões - indústrias Bakhtin.

_Entendeu? - Pergunto, olhando para Nickolas.
O melhor amigo da minha esposa também é o chefe de segurança dela, fazer as coisas escondido de Sophia nunca foi o meu maior sonho, mas dessa vez, se tornou necessário.
_E quanto há você? - Nickolas perguntou, arrumando a postura.
_Não importa! - Falei.

Eu precisava de um plano, um que realmente funcionasse, e sei que, o conselho não vai se contentar com dois sobreviventes, por isso Sophia não pode saber do plano.
Desde que o conselho colocou os olhos em Sophia, quando não estávamos juntos ainda, eles começaram a temer, o quão grandioso seria o meu poder ao lado dela.
A regra diz que ao completarmos um ano e meio de casados, sem filhos, eles podem nos retaliar, isto é, matar a nós dois e eleger um novo Boss.
_Sabe que ela nunca vai aceitar! Deve ter outro jeito. - Nickolas fala, me encarando.
_Sei que são amigos mas preciso que seja profissional, você sabe que o conselho vai intervir e vão matar a nós! Espero que se contentem com a minha vida! - Falei.
Essa é a decisão mais difícil que já tomei em toda a minha vida, justamente por estar decidindo como morrer.
Os membros do conselho, terão poder para fazer isso, poder para acabar com a melhor parte de toda a minha existência, mas se eu conseguir salvar à ela, terá válido a pena.
_Que droga! - Nickolas exclamou.
_Faça o que eu te pedi e não deixe Sophia saber! - Exclamo.
_Sim, senhor! Eu lamento que talvez esse seja o fim! - Nickolas falou.
_Acredite, eu também! - Falei.

Nickolas saiu do escritório, então, afroxei a gravata e me debrucei em cima da mesa, sentindo o peso enorme, inevitável e inexplicável, cair por cima de mim.
Respirando fundo, me lembrei do exato momento em que conheci Sophia, e soube com toda a certeza que poderia existir no mundo, que ela era a mulher com quem eu passaria a vida.

Tayson tinha a mania de ir contra as minhas ordens, e por isso, se aproximou de Sophia, eu tinha consciência da amizade dos dois, tinha visto ela de longe algumas vezes, mas na praia, ao ver ela, mesmo com o medo a flor da pele, apenas entrando no meu carro, me fez ficar fascinado.
Eu jamais tocaria em alguém que não fez nada contra mim, mas sabia que, ali seria apenas a ponta do iceberg.
Bernardo, pai de Sophia aceitou que namorassemos e tudo parecia perfeito, até o acidente.
Sophia não queria me ver depois dele, ao invés de me tirarem uma pessoa, me tiraram duas, ela e nosso filho, que mal havíamos começado a planejar a escolha do nome.
Eu chorei por dias, meses. Os pais e irmãos de Sophia me davam notícias dela, então, Mikhail me fez a proposta, e eu achei que não tinha mais nada a perder, estava ferido, dominado por o orgulho.
Com a conta, perante a vida no vermelho.
Então eu sai, larguei tudo e foquei na máfia, e assim, quase a perdi novamente. Sophia estava sendo monitorada vinte e quatro horas por dia, eu sabia que ela estava se envolvendo com alguém, mas quando o primeiro ataque aconteceu, mandei Tayson ir resolver.
Diogo Santini parecia inocente, mas só parecia.
Ver Sophia sendo reanimada, me fez entrar em pânico, nem a pior tortura do mundo poderia se comparar a cena de ver ela, sem batimentos.
Dessa vez, se alguém for ferido, serei eu.
Não ela.

Seis Meses Depois...
Dia do Ataque.

Durante a conversa com Gabriel Polinoive, ainda que concentrado, vi Sophia entrar no salão, juntamente com Nickolas, Eliot, Rafaela e meu irmão, Tayson, fiz sinal para que ela se juntasse a nossa conversa, a mesma se aproximou, com um lindo sorriso no rosto.
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Durante a retaliação.

Vejo quando Nickolas entrega o colete aprova de balas para Sophia e os dois saem correndo, continuo a troca de tiro, já tem alguns corpos espalhados por o chão que anteriormente era branco e agora está se tornando vermelho.
_Parem de atirar! - Escuto uma voz familiar, falando.
_Onde ele está? - A voz feminina, de Marta, ecoa em meus ouvidos.
_Aqui! Sua cadela! - Tayson fala, atirando contra ela, surgindo no meu campo de visão.
_Eu mandei sair! - Exclamei.
_Cala a boca, se você vai morrer eu também vou! - Tayson falou, voltando a dar início a troca de tiros.
_Precisamos sair daqui! - Falei.
_Coloquem isso! - Vladmir fala, surgindo no meu campo de visão.
Vladmir joga óculos protetores para a gente, sem questionar eu coloco. Então vejo uma granada de luz sendo arremessada.
_Corram! - Vladmir grita.
Começamos a correr, para fora do local onde estamos, assim que passo por a porta, paralisei.
Dez homens, com armas apontadas para mim, no meio deles, um rosto conhecido.
Filho da puta.
Juliam liam, o membro do conselho.
_Peguem ele! - Juliam ordena.
_Tayson corre! - Falei.
_Thiago não! - Tayson exclamou.
_AGORA! - Grito, Vladmir pega Tayson e volta para dentro do castelo, rapidamente, onde o maior número que homens é a nosso favor.
_Sua morte vai ser muito lenta! - Juliam exclama.
Fechei os olhos, lembrando do sorriso de Sophia, quando ela me contou sobre a gravidez.
Por favor, esteja segura.






Será esse o fim do nosso mafioso?
Votem e comentem!!!

A Mulher Do Boss - Livro 2 - Onde histórias criam vida. Descubra agora