Capítulo Dois: O Agora

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Se você pesquisar no google sobre máfia, vão aparecer diversas coisas, algumas reais e outras, nem tanto. Máfias, são como uma família, existem regras, cada um tem uma função,
trair a mesma leva a morte.
Algumas regras são mais fáceis de se aceitar do que outras, dependendo do papel que você ocupa dentro dela, você tem ou não, mais chance de acabar morto.
Membros da máfia, em hipótese alguma irão falar a qualquer pessoa que são
membros de uma máfia, quanto mais normal parecerem, melhor serão na função de ocupam, ficar em silêncio, na maioria das vezes, é sabedoria, não ignorância.
Entretanto, não se pode mentir. Deve-se contar a verdade para aqueles que
pertencem a mesma família ou são iguais a nós.
Você nunca verá, dois membros de máfia conversando sozinhos pela primeira vez, sempre haverá um terceiro homem que estará junto a eles, apresentando os dois e observando a conversa.
Algumas coisas são extremamente proibidas, traição, prostituição, sequestro e qualquer coisa que coloque a polícia de olho na máfia e em seus membros.

Durante meses eu me preparei para assumir o posto de conselheira, e ser a primeira mulher de um Boss, a ocupar um cargo tão grande.

Se eles faziam cem flexões, eu fazia duzentas, se eles corriam, eu corria mais rápido, se eles batiam forte, eu batia mais ainda, tudo para mim, tinha que ser em dobro, pois a pressão e os inimigos também seriam em dobro, assim que meu nome fosse falado no
microfone, depois da votação oficial da máfia.

*********

Agora..

O beijo lentamente, aproveitando nossos ultimos minutos antes que tenhamos que sair de casa resolver assuntos da máfia
_ Você é incrível! - Thiago fala e eu sorrio.
_ Se continuar me olhando assim, não vamos sair de casa hoje! - Falo e ele ri, negando com a cabeça.
Thiago se aproxima da minha orelha e roça sua barba no meu pescoço, enquanto suas mãos firmes seguram minha cintura.
_ Eu adoraria te jogar naquele sofá agora mesmo, mas, o conselho entraria nessa casa e me mataria! - Thiago fala e eu ignoro o arrepio que percorreu meu corpo.
_ eu tambem tenho algo para resolver - Falo e ele concorda, se afastando.
Fazem oito meses desde que, Thiago assumiu o comando da máfia, desde então, nos mudamos para a Rússia.
Thiago está sendo precionado pelo conselho para descobrir quem está roubando os carregamentos de armas.
Espero ele sair de casa para pegar a chave do galpão onde três homens estão presos.
_ Senhora! - Nickolas, meu segurança, fala assim que passo por ele, saindo de casa.
_ Bom dia Nickolas, você está comigo hoje? - Pergunto e ele concorda com a cabeça.
_ Sim Senhora, Fabrício está trabalhando em outro caso e foi liberado pelo senhor Thiago! - Nickolas responde.
_ tudo bem. Vamos para o galpão! - Falo e Nickolas vai para o seu carro, embarco no meu, e dirijo por alguns minutos até chegar ao galpão.

Os três homens, que estão amarrados, são três dos principais fontes que temos para chegarmos até as pessoas que estão por trás dos roubos de carregamentos.
Nickolas me segue, abro a porta do galpão e encontro um dos soldados fazendo a vigia, faço sinal para ele ir descansar e o mesmo se retira.
_ Tudo bem senhores, deixa eu ver se lembro os nomes! Samuel Hedrick. Nathan Vastovisk e por ultimo, Frank Stan. Podemos fazer isso, da maneira fácil ou da maneira divertida. - Falo indo até a mesa de instrumentos de tortura.
_ Сука!* - Um dos homens exclama, reviro os olhos.
_ já sei com quem começar. Agora, vou te dar uma opção, você me fala, quem é o mandante do roubo das cargas e eu não uso essa belezinha aqui! - Falo mostrando a tesoura extremamente afiada em minhas mãos.
_ Jamais! - O homem fala e eu sorrio, em seguida fecho o semelhante.
Pego a tesoura e posiciono entre seus dedos da mão, cortando dois deles.
Ele grita, soltando algum xingamento.
_ Agora, vou te dar outra chance de falar, antes que eu use essa outra belezinha aqui e acredite, eu vou colocar ela entre as suas costelas e alcançar o seu pulmão, seu sangue vai te matar lentamente, enquanto você me vê fazendo o mesmo com seus dois colegas! - Falo mostrando a adaga em minhas mãos.
_ Não vou falar nada, vocês serão destruídos! - O homem fala e eu sorrio.
_ Você perdeu sua chance! - Falo e cravo a adaga entre suas costelas, em seguida, tiro a mesma, e faço o processo novamente, aumentando ainda mais o corte.

Deixo que ele sufoque lentamente enquanto ando até o outro homem, que me olha apavorado.
_ Você parece ser mais inteligente! - Falo erguendo a sobrancelha.
_ Chamam ele de Hunter, ele é americano. É tudo que eu sei, eu juro! - o homem fala e eu me surpreendo com a rapidez.
Tiro minha pistola da cintura e atiro em sua cabeça. Olho para o outro homem que nesse momento, me fuzila com o olhar amedrontado.
_ Algo a falar? - Pergunto.
_ Se eu falar, me mataria rápido? - O homem pergunta.
_ Sim - Respondo com sinceridade.
_ Hunter Ballard. É tudo o que sei! - O homem fala e eu o encaro.
Atiro no mesmo, reviro os olhos e limpo a minha calça, que agora, está suja de sangue.

_ Agora sei porque você é mulher do Boss! - Nickolas fala e eu sorrio, revirando os olhos.
_ Pode pedir para alguém limpar esse lugar? - Pergunto.
_ claro. - Nickolas fala e me segue enquanto liga para alguém.
_ Para onde vamos? - Nickolas pergunta.
_ Casa! - Falo entrando no carro, Nickolas vai para o carro dele e me segue.

Quando cheguei em casa, liberei Nickolas alegando que não iria mais sair de casa durante o restante do dia, tomei banho e troquei de roupa, colando as que eu estava para lavar.
Thiago chegou pouco antes do horário do almoço, se juntando a mim, na sala de tevê, onde eu olhava atentamente para a tela do computador, intrigada.
_ Oi amor! - Thiago fala me puxando para os seus braços.
_ Oi Baby! tenho boas notícias! - Falo e ele ri, me soltando de seus braços e dando atenção ao que eu estava fazendo.
_ me conte! - Thiago fala e eu sorrio, tentando me consentrar no que descobri e não em olhar para ele.
_ depois que você saiu, fui ao galpão, descobri que o homem que contratou aqueles três, se chama Hunter Ballard, sua ultima localização foi no Canadá, a dois meses, depois disso, ele sumiu! - Falo.
_ Tem foto? - Thiago pergunta.
_ As vezes você me subestima demais - Falo entregando para ele a foto do Hunter.
_ vou confirmar a identidade e depois mando uma equipe! - Thiago fala e eu o abraço, satisfeita.
_ eu comprei flores para levarmos para ele! - Falo e Thiago entristece imediatamente.
_ Obrigada por fazer isso ser mais fácil - Thiago fala e eu beijo sua bochecha.
_ Senhores, perdão, vim avisar que o almoço está servido! - Francine, a cozinheira da casa, fala.
_ Não se desculpe Fran! Já estamos indo! - Thiago fala e vejo ela sorrir.

Normalmente, os empregados da máfia não são tratados como nada além de serviçais, entretanto, não consigo tratar alguém com inferioridade apenas porque trabalha para mim, então, eu e Fran nos damos muito bem, nossa amizade surgiu quando fiz brigadeiro para ela, que amou imediatamente.
Fran tem quarenta e dois anos, tevê três filhos, os três seguiram o caminho do pai, se tornaram espiões, mas Fran, preferiu ficar trabalhando para Thiago.

Depois do almoço, Thiago vestiu uma roupa mais confortavel e seguimos para o cemitério, onde Mikhail foi enterrado, todo mês, nós deixamos flores em seu túmulo, já que Kenya em algum lugar do mundo, tentando matar Nicolai, ele não recebe muitas visitas.
_ Sinto sua falta, senhor! - Escuro Thiago falar quase em um sussurro enquanto arrumo as flores em um vaso.

******

_ Você está bem? - Pergunto assim que entramos no carro.
_ Estou. - Thiago fala e eu seguro sua mão, ele sorri levemente.

Voltamos para casa e passamos o resto do dia, no quarto, cumprindo o prometido feito pela manhã, só que, na cama, e não no sofá.

Cyka
Tradução: vadia

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