Minha Por Contrato - Livro 02

Prólogo

Descendo as escadas, já podia sentir o maravilhoso cheiro das guloseimas de Verônica. Chego a cozinha, cumprimentando-a, e logo me sento para tomar o meu café da manhã.

- Está inspirada na cozinha, Verônica. Como sempre. - Sorrio, enquanto me servia daquela mesa repleta de coisas.

- É tudo feito com amor. Coma à vontade.

- Me diz, onde está James? Quando acordei ele não estava mais na cama. - Pergunto, levando o copo de suco de laranja à boca.

- Ele já saiu para a empresa.

- Mas já? Tão cedo...

- Foi o que eu disse para ele. Ele disse que teria uma reunião logo cedo, então precisava rever alguns contratos antes disso.

- Tudo bem. Esse jornal é de hoje? - Observo no balcão, e Verônica logo trás até mim.

- Sim. Peguei na banca quando vinha para cá, por mais que quase ninguém ainda veja notícias em jornais, de vez em quando é bom folear um. Agora se me der licença, vou dar uma olhada naquelas flores do jardim, pois o jardineiro não vem essa semana. - Diz ela já saindo.

Sorrio ao pegar aquele jornal em mãos. Sentindo uma leve nostalgia do meu passado, tempos em que não se tinha acesso a tecnologias, e só sabíamos das notícias ao nosso redor através de jornais. E agora, eu posso ter acesso sobre tudo, em todo o mundo, com um só clique em um aparelho. Me pergunto agora, como há pessoas que se negam a viver a evolução.

Não que eu concorde com tudo do "mundo moderno" pelo contrário, ainda me considero uma pessoa antiquada em relação à várias questões. Mas, agora, conhecendo como o mundo é fora do Reino, eu não me vejo mais presa à uma crença e costumes à qual fui criada.

— Como foi a viagem ao Alaska?

— Incrível! Passar o natal lá foi sem dúvidas a melhor escolha, o lugar é mágico, e eu me senti em um filme.

— Imagino.

— Já não posso dizer o mesmo de James.

— Aquele ranzinza não é lá grande fã de frio e neve. — Ela sorri, como se lembrasse de alguma memória antiga.

— Com certeza não, mas no fim ele acabou se divertindo, isso que importa.

— Só você pra fazer esse feito.

Sorrio com tal comentário, já olhando as notícias no jornal enquanto tomava o meu suco e paraliso em uma notícia em específico. Era sobre o Reino...

Falava basicamente que as questões financeiras na região em que eu morava estavam desandando.

"A rainha que até então havia ficado viúva e perdido a sua filha mais nova, estava levando o futuro daquele lugar às ruínas, sem um homem para comandar as coisas do Reino."

Como se só o homem fosse capaz de fazer tal função. E como eles sabem de tudo isso?

Ainda lendo a pequena matéria, não acreditei quando li a última frase.

- Ela não pode fazer isso... - Sussurro para mim mesma, completamente em choque.



A pedido de vocês, o segundo livro desse romance inesperado. Não desistam de mim kkk e acompanhem essa trama cheia de novos obstáculos.