27 - Verônica?

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Foram horas de agonia até chegarmos em um hospital

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Foram horas de agonia até chegarmos em um hospital.

Às dores só pioram com o passar do tempo, não sei por quanto tempo irei aguentar a sentir isso.

— Vai ficar tudo bem, querida... — Minha mãe diz após me colocarem em uma maca.

— Quais são os sintomas? — O médico pergunta enquanto me levam para uma sala.

— Dores lombares, pequeno sangramento, dores de contração. — Uma enfermeira responde para ele.

— Acho que ela está em trabalho de parto.

— O que? Não pode ser doutor. — Diz minha mãe.

Sinto aos poucos minha visão escurecer e logo vou perdendo a consciência.

— Ela está prestes a ter uma parada cardíaca!

— Ouço por fim um enfermeiro gritar.

°°°

Sinto meu rosto ser acariciado e aos poucos vou despertando.

— Querida... — Vejo minha mãe sentada ao meu lado com um sorriso no rosto.

— O que aconteceu...? — Levo uma mão à cabeça sentindo uma leve dor.

— Você é uma guerreira, sabia disso? — O doutor entra no quarto. — Você teve duas paradas cardíacas durante o processo de cirurgia.

— A minha filha é muito forte.

— Se quiser, já pode vê-los agora.

— Vê-los? — Olho para ele confusa.

Só então me lembro do que ele disse antes de eu apagar.

Que eu estava em trabalho de parto.

Não pode ser...

— Seus bebês, filha... São lindos.

— Bebês...? — Sinto as lágrimas começarem a vir.

— Sim... São gêmeos... — Chora junto comigo.

Fico longos minutos chorando, abraçada a ela, e quando me recomponho, ela me leva em uma cadeira de rodas até a encubadora para vê-los.

Não contenho o choro ao ver aqueles seres tão pequenos e indefesos.

Em meio a todo esse caos, eles estavam dentro de mim, e eu sequer percebi.

— Eu disse que tinha algo diferente em você. — Sorri ao meu lado.

°°°

— Tem certeza disso, filha?

— Sim... Afinal, ele também é o pai.

Por mais que james já tenha seguido em frente, ele é o pai dessas crianças, merece saber da existência deles.

— Boa viagem Isabelle. — Adam diz.

— Obrigada, logo estarei de volta.

Me despeço deles e entro no carro, que me levaria até o avião particular da família.

Não posso negar que estou bem nervosa em revê-lo depois de tanto tempo.

Não faço ideia de como ele reagirá ao me ver, ou como eu irei reagir, e agora com duas partes de nós comigo, é inevitável não pensar.

A viagem é longa até a Califórnia, mas que bom que tenho dois anjinhos comigo, que não choraram em nenhum momento.

Ao pousarmos, um segurança me ajuda a abrir o carrinho duplo de bebê até outro carro que nos espera.

Estou exausta.

Durante todo esse tempo, um segurança de James ficou comigo, no reino, nunca precisei dele, afinal eu nem saia.

— Chegamos. — Avisa ao parar em frente a casa.

— Certo...

Coragem Isabelle...

Saio do carro, o segurança me ajuda mais uma vez abrindo o carrinho de bebê, e a colocá-los e assim sigo até a entrada.

— James está...? — Pergunto aos outros que guardavam a entrada.

Ao me verem, eles se assustam, surpresos e já me dão passagem para entrar.

— Não, ele saiu, mas pode entrar, não deve demorar.

— Obrigada...

Caminho até a casa sentindo meu coração acelerar em cada passo que dava.

Abro a porta e entramos enfim.

Por aqui está tudo igual, exceto por alguns móveis novos, e esse cheiro...

Não sabia que sentia falta daqui até chegar.

Da cozinha sai uma senhora que ao me ver se espanta.

Parece até que sou um fantasma, todos estão se assustando ao me verem aqui.

— Menina Isabelle... — Ela diz baixo se aproximando.

— Verônica...? — O seu nome sai pela minha boca.

— Você se lembra de mim? — Sua surpresa aumenta e ela vem ao meu encontro me abraçar.

— É... Eu... Eu me lembro de você. — Sorrio ao perceber isso.

— Que bom menina, eu soube do seu ocorrido, e depois que você se foi... Essa casa não é mais a mesma.

Apenas baixo a cabeça ao me lembrar disso.

— E essas coisinhas lindas? São seus...?

— Sim. — Sorrio ao vê-los dormirem tranquilamente.

— São lindos, pena não poder ficar mais, já deu o meu horário e eu preciso ir.

— Está tudo bem.

°°°

Alguns minutos se passaram, estou sentada no sofá quando ouço a porta ser aberta.

Minhas mãos estão trêmulas, coração descompassado, são tantos sentimentos...

Minha Por Contrato - Livro 02 Onde histórias criam vida. Descubra agora