12 - Quem é você?

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É como se uma parte de mim estivesse morrendo junto com ela, minhas mãos estão trêmulas, minha respiração descontrolada, meu mundo está desabando diante de meus olhos.

Cá estou eu mais uma vez perdendo a mulher da minha vida, de novo ela está a beira da morte nos meus braços, eu não vou aguentar perdê-la. Não posso sequer imaginar essa hipótese.

Assim que pousamos no hospital, Adam volta com dois enfermeiros e uma maca.

Coloco o corpo de Isabelle com cuidado e eles a levam às pressas para dentro, e claro eu vou junto.

— Espere aqui senhor. — Um deles me para na porta da sala de cirurgia.

— Eu quero ficar com ela, me deixe ficar com ela. — Peço impaciente.

— James, escuta, se você quer ajudá-la, então deixe que eles façam o melhor por ela. — Adam toca o meu braço.

Me afasto indo até o banheiro.

Me olho no espelho vendo minha camisa social branca encharcada de sangue, e minhas mãos também.

— O que eu faço... O que eu faço... — Repito sucessivamente enquanto caminho de um lado para o outro.

Lavo as mãos na pia e volto até a sala de espera, onde Adam se encontra sentado em uma das cadeiras.

— Judith está vindo para cá, eles disseram que ela perdeu muito sangue, e precisa de uma transfusão.

— E ela vai ficar bem?

— Ainda não disseram...

— Porra...

°°°

A mãe de Isabelle já fez a transfusão de sangue para ela, e também trouxe outra camisa para mim a pedido de Adam. Faz um dia que ela está em coma.

— Com licença... — O médico entra na sala com sua prancheta em mãos.

— Como ela está? — Me levanto.

— Estável. Além do tiro no tórax, Isabelle também sofreu uma lesão na cabeça devido a queda, foi uma cirurgia de risco para tirar o sangue coagulado, mas agora ela está estável, ainda em coma, é claro.

— Podemos vê-la? — Judith pergunta.

— Sim, mas só uma pessoa, pelo menos até que ela acorde, ainda estamos observando-a.

— Eu posso ir? — Peço a ela.

— Claro, é mais do que justo.

Entro naquela sala vendo meu pequeno anjo deitada naquela cama, é a segunda vez que a vejo assim, e a dor é tão ruim quanto foi a primeira vez.

Me sento na ponta da cama e seguro uma de suas mãos.

— Não me deixe Elle... Você não pode fazer isso comigo...

Até em seu estado mais vulnerável não deixa de ser a mulher mais linda que já vi, que faz meu coração bater forte, meu sangue ferver, e que dá sentido a minha vida, eu literalmente amo tudo nela.


Beijo sua mão delicada e quando me afasto, sinto-a mexer de leve.

— Elle...? Você está aí?

Novamente ela mexe seus dedos.

Seus olhos vagarosamente vai se abrindo, ela olha em sua volta sem mexer um músculo e tenta falar.

Tiro a máscara de oxigênio de seu rosto e me aproximo para tentar ouvir o que ela tem a dizer.

— Pode falar Elle, eu estou te ouvindo.

— O.. onde... Eu... Estou... — Fala com a voz extremamente fraca.

— Você está no hospital, está tudo bem agora, não se preocupe. — Seguro a sua mão novamente.

Ela olha para as nossas mãos juntas e em seguida me olha.

— E... Q-quem... É.. você... — Me olha confusa.

— O que...? — E foi nessa hora em que o meu mundo caiu.


? — E foi nessa hora em que o meu mundo caiu

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