17 - Janta comigo

48 7 5
                                    

Eu me casei com um monstro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu me casei com um monstro...

Como ele diz me amar tanto, e eu só me lembrar de coisas horríveis, momentos humilhantes com ele.

Isso não faz sentido... Nada faz sentido.

Me deito na cama fria do quarto de hóspedes e choro ao sentir um vazio dentro de mim.

— Eu sinto muito... — Coloco as mãos sobre a barriga.

Me encolho na cama, e assim permaneço, até adormecer.

°°°

Acordo sentindo meu estômago pedir por comida.

Nem sei a quanto tempo estou aqui dentro.

Só saio desse quarto para usar o banheiro, ou pegar alguma coisa para comer lá embaixo, e depois volto.

Não vejo James faz quase uma semana, e é melhor assim.

Já cronometrei seus horários. Quando acorda, sai para trabalhar, e quando normalmente volta.

É somente nesses momentos em que eu saio do quarto. Ele sempre volta no mesmo horário, e às vezes, mais tarde.

Mas isso irá mudar logo, quando eu for embora daqui...

°°°

— tem certeza disso, minha filha?

— Sim mamãe... Não posso mais ficar aqui.

— James é um pouco difícil, mas... Eu nunca tive dúvidas de que ele te amasse.

— Eu tenho que desligar mamãe... Depois lhe passo o meu endereço.

— Tudo bem filha, se cuida...

Desligo o telefone e vou para a cozinha.

Pego uma maçã da fruteira e abro a geladeira à procura de algo para beber. E de repente ouço o barulho do carro de James chegar.

Meu corpo estremece e o coração acelera.

Olho para o relógio na parede e me assusto com o horário que já é.

Fiquei tempo demais conversando com a minha mãe.

Faz uma semana e meia que não o vejo.

Saio da cozinha rapidamente, levando comigo só uma maçã, e quando estou subindo as escadas ouço a porta da sala se abrir.

— Isabelle? — James me chama com sua voz pouco rouca, me causando um arrepio.

Por mais que eu não me lembre de nada, até a sua voz me causa sensações estranhas.

Permaneço de costas na escada.

— Pode por favor olhar para mim. — Diz suspirando pesado.

Me viro devagar o olhando finalmente.

— Janta comigo esta noite. — Seus olhos estão escuros devido a pulpila dilatada, e ele em nenhum segundo desvia o olhar do meu, diferente de mim que não consigo olha-lo por muito tempo.

— Eu já comi... — Minto.

— Sei que está mentindo, aliás, você não tem comido direito a dias.

Não falo nada, apenas fico alí paralisada.

— Só hoje Elle...

Meu coração bate mais forte quando ele me chama assim, é como se algo dentro de mim reconhecesse isso, mas eu não.

— Vou para o quarto. — É tudo o que falo antes de me virar para subir novamente.

Ao subir o último degrau me bate uma tontura, o que faz com que eu me opoie na parede.

— Isabelle? — Ouço James subindo as escadas rapidamente e tocar o meu braço.

— Eu estou bem... — Tento me afastar dele mas minha visão está turva demais para enxergar alguma coisa.

— Você está pálida, vem eu te ajudo.

Sem esforços ele me pega no colo e me leva para o quarto, e logo sinto o meu corpo ser depositado sobre a cama.

— Vou pegar algo para você comer. — Sem esperar por uma resposta ele sai.

Em alguns minutos ele está de volta com uma bandeija em mãos e vários alimentos.

— Coma.

Decido não falar nada e apenas como tudo em silêncio, e sempre sentindo o seu olhar sobre mim o tempo todo.

Não pode ficar sem comer, ou se alimentando só de fruta, ou vai acabar tendo uma anemia.

Só agora percebo que estou em seu quarto, estava tão faminta que nem notei.

— Eu... Vou para o outro quarto agora... — Me levanto de uma vez e outra tontura me invade.

— Calma, devagar. — James me segura pela cintura colando nossos corpos.

O seu cheiro me invade, me deixando desconcertada, é inevitável não olha-lo agora.

Nossas respirações sincronizadas, seus olhos intercalando entre meus olhos e minha boca, meu corpo arrepiado, e uma sensação estranhamente conhecida por mim toma conta do meu corpo.

Abaixo minha cabeça envergonhada por tais sensações até então desconhecida por mim. Mas James segura meu queixo fazendo-me olha-lo novamente.

Em meio a pensamentos e sensações, ele me beija, é como se mil borboletas estivessem no meu estômago agora enlouquecidas.

Sinto o seu gosto misturado ao de álcool, me deixando em êxtase.

Quando volto a realidade, já estamos deitados sobre a cama, James apertando a  minha coxa.

Paro o beijo e o empurro, saindo de baixo dele.

— Aconteceu alguma coisa? — Me olha preocupado.

Balanço a cabeça negando, e saio do quarto indo para o meu.

O que que eu fiz...

Minha Por Contrato - Livro 02 Onde histórias criam vida. Descubra agora