15 - Culpado

49 9 3
                                    

Acordo na manhã seguinte, percebendo que estou sozinha na cama.

James havia deixado um bilhete onde dizia ter ido até a cidade comprar algumas coisas.

Levanto-me indo direto para o banheiro, tomo banho e desço as escadas.

Ele deixou o café da manhã pronto para mim.

Que cavalheiro.

Como tudo em silêncio e agora não sei mais o que fazer aqui.

Subo novamente as escadas passando pelos quartos, abro cada um para ver do que se trata.

Ao todo são três quartos e um escritório.

Os quartos são todos iguais, e quando abro a porta do último quarto me espanto com o que vejo.

É um quarto infantil, todo decorado com cores neutras, um berço no centro, cadeira de amamentação, uma pequena cama em tons de verde claro e branco, um trocador, cômoda.

Toco cada móvel existente ali, sentindo um grande vazio dentro de mim.

Dá para sentir todo o amor que foi dado em cada escolha desse quarto.

Toco o pequeno berço que estava um pouco empoeirado.

Automaticamente minhas mãos vão até a cicatriz na minha barriga, e ao mesmo tempo sinto uma pontada forte na cabeça, me fazendo grunhir de dor.

Me ajoelho sentindo a forte dor na cabeça, e desmaio.

°°°

— Que dor... — Abro os olhos devagar, levando uma das mãos a cabeça.

— Aqui, toma isso, o seu médico receitou em casos como esse. — James me estende um comprimido e um copo d'água.

— Obrigada. — Pego de suas mãos o tomando.

Olho em volta percebendo que estou agora deitada em seu quarto, ou melhor, nosso quarto.

— Não devia se esforçar tanto meu anjo. — Uma de suas mãos passa a acariciar a minha.

— Não foi minha intenção... Eu só queria saber o que tinha atrás daquelas portas do corredor.

— Está tudo bem, melhor ficar de repouso o resto do dia. — Diz subindo suas carícias até o meu rosto.

— E o que você vai fazer...? — Tento mudar não me importar com os seus toques em mim, mas não adianta.

Ele me deixa nervosa, desconcertada, e os seus toques, por mais sutil que seja, me deixa quente.

— Você quer que eu fique aqui? — Posso ver seus olhos brilharem.

— Não precisa...

— Tudo bem. — Seu semblante agora é de frustração.

— Só se quiser... — Falo por fim, trazendo o sorriso de volta ao seu rosto.

— Então espere aqui, eu já volto.

Minutos depois James retorna com uma vasilha grande de pipoca nas mãos.

— Pipoca? — Sorrio. — Eu amava pipoca quando criança...

— Sério? Você nunca me disse isso. — Diz se sentando ao meu lado da cama.

Minha Por Contrato - Livro 02 Onde histórias criam vida. Descubra agora