14 - Você se lembra?

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Durante todo o trajeto de volta Isabelle não disse sequer uma palavra

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Durante todo o trajeto de volta Isabelle não disse sequer uma palavra. Pelo contrário, ela evita ao máximo encostar em mim, parece até que sou uma brasa.

Foram longas, muito longas horas em um tremendo silêncio. Mas não irei pressioná-la.

— Chegamos. — Falo enfim quando paro o carro na garagem de casa.

— Hum... — Acorda ainda sonolenta.

— Desculpa, eu nem percebi que estava dormindo. — Olho em seus olhos que são desviados do meu, como ela fez a semana inteira. — Vamos entrar.

Pego as malas do carro e caminho até a porta de entrada com Isabelle logo atrás.

— Não é como um castelo mas dá pro gasto. — Comento abrindo a porta. — Bem vinda a nossa casa.

Ela olha a tudo parada na porta e então começa a andar pela grande sala.

— Vamos tomar um banho para comer, aquela comida de avião não sasseia fome nenhuma.

Só percebo o que disse quando vejo seu rosto vermelho envergonhado.

— Quer dizer, pode tomar banho no banheiro do nosso quarto, eu uso o outro.

— Tudo bem...

Finalmente disse alguma coisa.

— Vem, eu te mostro onde é.

— Segunda porta a direita... — Sussurra para si mesmo.

— Você... Você se lembra?

— Não... Eu só... Só saiu. — Abaixa a cabeça sem jeito.

Ela se lembra da maldita porta do quarto e não se lembra de mim. Quão fodido eu devo ser.

 Quão fodido eu devo ser

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— Suas roupas estão no closet, se precisar de alguma coisa me chame

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— Suas roupas estão no closet, se precisar de alguma coisa me chame.

Concordo com a cabeça e fecho a porta do quarto.

Que situação, sou casada com um homem que eu sequer me lembro agora.

O quarto é bem organizado, uma cama enorme no centro, móveis e paredes em tons frios ou acidentados.

Com certeza não fui eu quem escolheu tudo isso.

Vou até a pequena varanda sentindo o vento correr pelo meu corpo enquanto observo o enorme jardim lá fora.

Aqui é bem bonito e aconchegante, me sinto estranhamente bem aqui.

Vou para o banheiro tirando minhas roupas em frente ao grande espelho e noto uma cicatriz sutil no meu ventre e passo a mão sobre o local sentindo-a.

Não sei o que aconteceu para tê-la, mas com certeza não deve ter sido coisa boa.

Após tomar banho, visto um vestido que achei no closet e desço para a cozinha.

— Ficou perdida? — James Taylor pergunta ao perceber minha presença.

Ele está só de calça moletom, sem camisa e seus cabelos estão úmidos recém saído do banho.

— O que? — Desvio o olhar de seu corpo percebendo que estava olhando tempo demais, e vejo um sorriso diferente se formar no rosto dele.

— Você. Tem horas que subiu e só voltou agora. — Comenta enquanto abre a geladeira.

— Ah... Eu me distraí, desculpa... — Sorrio sem jeito.

— Não peça desculpas, a casa também é sua.

Me sento em uma das cadeiras percebendo a mesa ainda vazia.

— Espero que não se importe, mas eu pedi pizza.

— Tudo bem.

Ouvimos o som da campainha e James saiu da cozinha apressado.



°°°


— Boa noite Elle. — Diz ele do meu lado da enorme cama.

— Boa noite Taylor...

— James. Você me chama de James, só quem não me conhece direito me chama de Taylor.

— Bom... No momento eu não te conheço direito... Mas tudo bem, James.

Seu olhar queimava sobre minha pele coberta pela camisola fina que vestia.

Me cubro desconfortável e me deito fitando o teto.

Ele continua de lado a me observar, é constrangedor.

— James?

— Sim?

— Como... Nos conhecemos?

— Acho melhor deixar essa história para outro dia.

— Certo... — Me viro de costas para ele e tento dormir.

Não demora para que o seu corpo esteja colado ao meu e suas mãos em volta do meu corpo.

Eu só fico paralisada fingindo que estou dormindo, até pegar no sono de verdade.

Minha Por Contrato - Livro 02 Onde histórias criam vida. Descubra agora