As coisas tem ido bem entre mim e Isabelle. Parece que finalmente não temos mais nada a esconder um do outro, e estamos totalmente entregues a esse amor que surgiu da forma mais estranha possível. Como eu amo aquela mulher!
Por falar nisso, eu preciso urgentemente planejar outra viagem para o Brasil, lugar onde passamos a nossa lua de mel, especificamente no Nordeste. As praias de lá são simplesmente as mais lindas que eu já vi, sem contar no clima que eu amo.
Na empresa tudo tem sido uma maravilha. Tenho trabalhado o dobro quase sempre também, já que tenho viajado com mais frequência, mas vale a pena. Se quer levar uma vida de rei, tem que estar disposto a trabalhar feito um condenado antes. Viva o capitalismo.
Após um longo período de trabalho, chego enfim em casa, encontrando tudo em silêncio, como de costume. Isabelle deve estar no quarto, presumo, ou estudando. É o que ela tem feito desde que decidiu que quer trabalhar com coisas relacionado a moda. Ou seria design? Eu sempre me esqueço.
Passo pela sala vazia, e já subo as escadas esperando encontrá-la no nosso quarto, de braços abertos para me receber. Ao menos era isso o que eu fantasiava agora. Mas para a minha decepção, ela não estava lá. Tomo um banho demorado e quente para relaxar, visto uma roupa confortável e desço novamente, seguindo para a cozinha.
E nada dela por aqui também.
Vou para a área externa, finalmente a encontrando, distante, em frente à única árvore que tem desse lado da casa. Ela parecia falar com alguém, ou com alguma coisa. Ando devagar em sua direção para que ela não perceba minha presença e quando já estou perto o suficiente, envolvo meus braços em volta da sua cintura, fazendo com que ela se assuste de imediato.
— James... Não me assuste assim! — Me repreende se virando para me olhar.
— Desculpa, anjo. — Beijo sua testa, como eu sempre faço quando ficamos algum tempo separados. — Com quem estava conversando?
— O que? Com ninguém... — Ela desvia o olhar do meu, constrangida.
— Não era o que parecia. Se estiver vendo coisas, me avise, tem uma boa clínica nessa região.
— Não seja bobo. — Suspirando, ela tenta se afastar, mas não permito, deixando meus braços firmes em volta do seu corpo.
— Você me parece tensa. — Beijo seu pescoço, sentindo o seu cheiro doce que eu tanto sou vacinado.
— Impressão sua...
— Está acontecendo alguma coisa?
— Já disse que não! — Com voz ríspida, Isabelle se afasta de mim.
— Calma, só te fiz uma pergunta. — Estranho, pois nunca a vi desse jeito.
— Vou para dentro. — E assim ela me dá as costas e entra para dentro de casa.
O que deu nessa mulher? Será que ela está naqueles dias?!
— E então, o que fez hoje? — Sigo ela até a cozinha, tentando ignorar o fato dela estar estranha.
— Nada demais... Como foi na empresa?
— Uma merda.
— Que bom. — Responde distraída.
Que bom?
— O que acha de sairmos para jantar fora?
— Melhor não. Prefiro ficar em casa.
Agora eu sei que a coisa não está nada bem.
— Então tá. — Apenas concordo, incomodado, mas respeitando o seu espaço.
— Vou para o quarto. — Diz, já saindo.
— Isabelle?
— Sim? — Ainda de costas, ela responde.
— Você quer me contar alguma coisa?
Ficando em silêncio ela permanece parada.
— Está tudo bem, certo?! No seu tempo. — Falo por fim, me sentando à mesa.
Ela apenas concorda com a cabeça e sai da cozinha.
No seu tempo... Por que eu fui falar isso? Agora ficarei aqui quebrando a cabeça tentando descobrir o que ela tem para me falar. Se é que tem algo mesmo!
Muito bem James!
Decido ocupar minha cabeça como alguma coisa. Aceitando então, o convite dos sócios da empresa que me mandaram mensagem mais cedo, me chamando para uma social com eles.
Se eu não beber hoje, ficarei maluco só pensando nisso, então, com certeza irei sair.
Subo para trocar de roupa, pego a chave do carro e saio de casa. Ao chegar no local de convite me surpreendo por achar que seria algo mais íntimo com poucas pessoas.
— James! Que bom que veio. — Um dos sócios me recebe, já colocando um copo de uísque na minha mão.
— Disse que teria bebida, então eu vim. — Dou de ombros.
Ele sorri alto e me puxa para uma roda de homens que conversavam distraídos.
— Pessoal olha quem está aqui, o famoso James!
— Famoso? — Questiono intrigado.
— Isso mesmo, tanto das empresas Taylor como com as mulheres.
Que fase...
— Bom, não sou mais. Da parte das mulheres, quero dizer. — Sorrio mostrando minha aliança de ouro branco brilhando no meu dedo anelar.
— Não seja modesto. — Diz ele, batendo no meu ombro.
Que cara chato.
— Para fazer com que usasse algo tão chamativo no dedo, ela deve ser mesmo um mulherão. — Outro cara que participava da conversa diz.
— Sim. Conte-nos mais sobre a jovem garota que está com você. Para fazer com que parasse de pegar tantas mulheres que sempre esteve à sua disposição, ela deve ser mesmo incrível.
É mesmo impossível fugir do passado.
— Qual é, viemos aqui para falar de mulher? Vamos beber, porra!
Muito obrigado! — Agradeço mentalmente, quando outro homem nos interrompe.
As horas passaram como passe de mágica. Cheguei no final da tarde, e agora já era tarde da noite. Confesso que estava um pouco alterado, com tanta bebida também, não é pra menos. Mas também sei dos meus limites, apesar de ter passado um pouco do meu hoje, já deu pra mim, precisava ir, então, liguei para um dos seguranças vir me buscar.
Assim que chego e abro a porta, vejo Isabelle sentada no sofá, parecia me esperar e logo que me vê, comprova a minha teoria, vindo até mim.
— James... Preciso te contar uma coisa.
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Minha Por Contrato - Livro 02
RomanceIsabelle e James vivem suas vidas felizes, ambos estão em suas melhores fazes. Porém algo acontece, Isabelle se surpreende novamente com mais uma notícia do Reino em que morava. O caos se instalava no castelo, sua mãe que perdeu o marido e "também"...