stay

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POV MATTHEO
Estou em hogsmeade. Saí da escola à espera de encontrar um presente interessante para ela. Sinceramente, gostaria que fosse algo especial e que acabasse tendo um significado para ela.

Enquanto caminhava, minha mente tentava formular alguma coisa interessante para dizer, mas o que seria certo? "Feliz aniversário, Princesa. Quer namorar comigo?" ou que tal "Feliz aniversário, Maia. Você é incrível e acho que gosto de você, tipo, pra caralho".
Nenhuma das opções me agradava, e nada que eu encontrei chamou a minha atenção.

Volto para Hogwarts de mãos vazias, ainda pensativo. Torço para não encontrá-la ao entrar na comunal.
E, felizmente, minhas preces são atendidas. Assim que entro na sala, me deparo com somente duas meninas de fuxico em um canto, nada muito relevante. Vou em direção ao meu quarto e me sento na cama, ainda refletindo.

POV MAIA
Estou exausta. Vi muitas pessoas e falei com muitas delas, isso cansa.
No momento, estou na torre da astronomia com um livro em mãos, pra variar. Na espera de Mattheo, tento ler algumas páginas, mas falho. Minha mente está a mil por hora, impossibilitando-me de focar em algo. Então me permito olhar a vista enquanto deixo os pensamentos fluírem. Odeio ser uma pessoa que pensa muito, as vezes gostaria de poder desligar a minha mente.

Não sei quanto tempo se passou até o momento em que escuto os passos do garoto, meu estômago revira e meu coração palpita, mas ignoro os sinais.

— Maia? — ouço o garoto chamar antes mesmo de subir todos os degraus.

— Oi, estou aqui — respondo.

Quando ele chega, me levanto com um sorriso tímido no rosto, acho que estou nervosa. Não sei bem o que dizer e tenho medo da minha voz denunciar minha ansiedade, então o deixo falar primeiro.

O garoto não fala, me deixando apenas mais apreensiva. Ele apenas de aproxima de mim e envolve seus braços em minha cintura, num abraço.

— Feliz aniversário, princesa — diz baixinho em meu ouvido, fazendo com que minha pele esquente e meus pelos se arrepiem.

Eu, novamente, não falo, mas o entrego um sorriso com muito mais significado e gratificação que qualquer palavra que eu pudesse dizer. E ele percebe, pois solta o abraço e me olha por um tempo. Sinto meu rosto esquentar.

— Hm... — ele começa, meio hesitante. — Tenho algo para você.

Me sento novamente, desta vez, com Mattheo ao meu lado.
Observo o garoto tirar uma caixa de tamanho médio de dentro do seu bolso, e então a abre em minha frente, mostrando-me o que há dentro dela. Um colar. Um colar com uma joia verde em seu centro e sua corrente prateada.
Passo meus dedos no objeto, e então olho para o garoto.

— Mattheo, eu... — tento começar a dizer, mas o garoto me interrompe no mesmo momento.

— Não diga nada, apenas sorria novamente. Daria tudo para ver aquele sorriso mais uma vez — suas palavras me atingem de um jeito diferente, um jeito bom. E no mesmo momento, meus lábios se curvam em um sorriso involuntário. Os olhos dele brilham ao ver.

Ele sorri de volta e, antes que ele pudesse dizer algo, junto nossos lábios em um beijo, pegando-o de surpresa. Mil sentimentos me invadem de uma só vez, o beijo é doce e delicado, e suas mãos estão tocando meu pescoço, é uma sensação boa.

Separamos depois de um tempo, e então, olhando em seus olhos, digo:
— Obrigada, é perfeito — digo não me referindo apenas ao colar, mas torço para que ele não perceba isso.

Agora é a vez dele de sorrir, e então, percebo que seus olhos sorriem também.

— Posso? — o garoto pergunta, apontando para o colar.

Eu apenas confirmo com a cabeça e e viro de costar para ele, puxando meus cabelos para o lado. Um arrepio passa por meu corpo ao sentir sua mão roçando minha pele de forma delicada, ao passar a joia.

Em alguns segundos, o colar está em meu pescoço. Volto a ficar de frente pra o garoto, toco na joia em meu pescoço, e então pergunto:

— O que achou?

— Ficou perfeito em você, minha Afrodite — o garoto responde, deixando um beijo em meu pescoço em seguida, fazendo-me suspirar.

Ficamos ali por algum tempo, e vamos para seu quarto em seguida. Nada demais acontece, além de conversas aleatórias e alguns beijos. Quando percebo que está tarde e decido ir embora, ele me impede.

— Fique, por favor — sorrio ao escutar seu pedido. Não estou acostumada a terminar desse jeito. Geralmente um de nós sempre vai embora.

Me deito em sua cama novamente, e ele se aconchega em meu peito. Uma das minhas mãos vai em direção ao seu cabelo, acariciando-o, enquanto a outra brinca com o colar que estava em meu pescoço.

— Me conte uma história, Maia. Algo sobre você — ele pede, me deixando desconcertada. Era a primeira vez que alguém demonstrava tal interesse em mim. Sinto uma pontada de felicidade em meu coração, e então começo a narrar uma boa lembrança da minha infância. Gostaria de começar assim, com uma boa memória.


oii, voltei!
espero que gostem do capítulo e ignorem qualquer erro de escrita, o capítulo está sem revisão.
espero que vocês tenham pego a referência da última frase!!

Tell me a history - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora